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Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

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De volta à Santa Fé

Pâmelli, 03.12.13

Nossa segunda estadia em Santa Fé, New Mexico, foi tão boa quanto a primeira.  Desta vez encontramos com uma amiga, que mora em Albuquerque,  a uma hora dali .

Como da outra vez,  ficamos no excelente e charmoso Hotel St. Francis , bem pertinho da “Plaza” central,  com todas as suas atrações turísticas.  Sua construção data dos anos 1920 e o lugar  mais se parece “um monastério chique” ,  com os seus arcos em estilo ‘romanesco’, seus pisos em pedra, seus corrimões em ferro trabalhado , as enormes  cruzes de Malta ( também em ferro trabalhado ) decorando vários ambientes – sem falar  em alguns bustos do próprio  São Francisco! ( Ao que parece, ele é o santo  padroeiro da cidade…).   Até seus quartos  são decorados lembrando um monastério , lol, . But,  don’t  get me wrong:  o Hotel St. Francis não é um lugar “religioso” .  É apenas uma construção histórica e original , mas com todo o conforto e as amenidades de um excelente hotel – incluindo um bar animado e um bom restaurante. 

Nosso jantar de Thanksgiving também foi bastante original,  uma vez que ao invés de irmos à um restaurante bem “Americano” ( o que seria o mais normal nesta data…) optamos por um restaurante   espanhol, especializado em tapas!

O El Farol, fica na Canyon Road,  que é “ a rua das galerias de arte de Santa Fé ” ( e são tantas que você precisaria de um dia inteiro só para conhecê-las!).  O local é  super charmoso e em dias normais , além das tapas,  há tambem música flamenca,  ao vivo .  Contudo,  na noite de Thanksgiving ( pois afinal isto aqui é a América e este é o feriado mais importante para muitos Americanos,  até mais do que o Natal!)   não houve show e sim um menu  especial para a ocasião : tapas de peru com o típico molho de cranberries, purê de batatas , vagem com amêndoas e nozes tostadas.  Yummy!  Imagino que em dias normais a comida original ( espanhola)  ali  deva ser muito boa!

Desta vez também aproveitamos para conhecer alguns lugares diferentes,  que não tínhamos conhecidos da última vez,  como a Capela de Loretta ,  que data do século 19 e que tem uma escadaria em forma de caracol , considerada um “verdadeiro milagre da arquitetura”.  O local hoje em dia pertence ao complexo do Spa e Hotel Loretta e tem uma lojinha “religiosa”, lol,  que vale a pena visitar.  

Outro lugar que visitamos em S. Fé ,  desta vez,  foi o Museum of Contemporary Native Arts -  com obras contemporâneas  de artistas (índios) locais.  Trata-se,  na verdade, de uma enorme galleria de arte contemporânea, já que o local só abriga  exposições temporárias.  Eu, que não sou muito fã de arte contemporânea,  ainda assim,  achei algumas peças bastante  interessantes.

Nossa amiga,  que viera passar o dia  conosco ( há um trenzinho  super gostoso que faz o percurso diário entre Albuquerque e Santa Fé em pouco mais de uma hora…) aproveitou a carona que lhes oferecemos na volta, no final do dia,  e nos mostrou um pouco de sua cidade.  No caminho até lá,  passamos por várias reservas indígenas ( hoje subsidiadas pelo governo americano) – cada uma mais pobrinha e deprimente do que a outra. 

A sorte é que muitos desses “native Americans” se tornam artistas e vão vender suas belas bijuterias em prata e turquesa para os turistas ricaços de  Santa Fé.  Aliás, os precinhos para os caras-pálida são “mui amigos”.  Por exemplo,   um colarzinho básico  sai na faixa dos 70 dólares e os menores brincos na faixa dos 45.  Ponto para os índios.

Anyway, quando chegamos em Albuquerque , que é a maior cidade do estado do Novo México, já havia escurecido.   Então nossa amiga nos mostrou a Central Avenue ( a rua principal no centro) e também o centrinho histórico ( The Old Town), aliás,  muito fofo. 

Albuquerque não é tão antiga quanto Santa Fé ( fundada em 1610) ,  mas ainda assim é uma cidade antiga  nos E.U.A  ( f. 1706). , portanto,  com um centro histórico.

De fato são poucas, MUITO  poucas,  as cidades nos E.U.A.  que gozam de uma personalidade própria - além de uma boa dose de  charme.  O fato é que  90% delas são todas muito  parecidas,  cheias das mesmas franquias, os  freeways, os  malls , os subúrbios e a sua inevitável   Wal-mart e Home Depôt.  São raríssimas aquelas  cidades que podemos afirmar terem TANTO personalidade quanto charme.  Aliás,  na minha seleta e restrita lista eu poria apenas:  New York, New Orleans,  São Fancisco, Saint Augustine e Santa Fé! Lol  ( Miami,  um dos destinos preferidos dos brasileiros na América, certamente  tem  personalidade  – além de ser uma bela cidade….- , mas ali  falta charme.  Austin, a capital do Texas,  definitivamente tem uma personalidade bem característica – mas infelizmente  neste caso,  tanto a beleza quanto o charme ficam  a dever.  Já  Las Vegas é outra cidade bem característica e única, mas apesar de todo o seu  brilho e luxo,  charme, mais uma vez,  é algo que passou a milhares de quilômetros de distância…)   Nota:  Vejam que estou falando  apenas das CIDADES na América; o que não quer dizer que não tenham muitos belos locais   a serem visitados -  como vários de seus parques nacionais,  a começar pelo belíssimo Grand Canyon, ou lugares totalmente diferentes e especiais,  como o Alasca ou o Havaí.

Quanto à Albuquerque  e Santa Fe , especificamente falando… Se tivesse de fazer uma comparação com
duas cidades no Brasil,  eu diria que a primeira é Cabo Frio e a segunda Búzios ( embora no caso brasileiro tratem-se  de cidades de praia).  O que quero dizer é que , apesar de  Cabo Frio ser muito maior do que Búzios,  não possui o mesmo charme, a mesma beleza  e nem a mesma fama.  Ainda assim, trata-se de um balneário com suas próprias atrações e que ,  caso você se encontre na Costa do Sol,  definitivamente  vale a pena dar uma parada para conhecer.

Enfim, em Albuquerque  nossa amiga nos levou para jantar  em um café  muito interessante e com uma comida excelente! O lugar se chama “Flying Star” ,  fica perto do Centro ( downtown) e aparentemente tem várias redes pela cidade,  incluindo uma em Santa Fé.  ( Infelizmente não há nenhuma no Texas…).  Sua decoração é  do tipo Art Déco,  lembrando muito aqueles hoteizinhos neste estilo na Av. Collins em Miami.  Já sua comida é bem variada,  com alguns pratos bem típicos e populares na América ( saladas, sanduíches, massas etc.) e uma coleção de tortas deliciosas.  Como estava perto dos 3 graus lá fora,  resolvemos experimentar  a sua Matzoh  Ball  Stew (uma saborosa sopa judaica, feita com legumes e uma bola gigante feita de migalhas de matzoh ) e o seu Reuben ( sanduíche também da culinária judaica, de rosbife e chucrute ( sauerkraut) .  Estavam ambos excelentes e servidos bem quentes! ( o que nem sempre acontece na América…)

 

Voilà.  Eis o resumo de nossa  mais recente escapulida até Santa Fé – uma cidade  no American Southwest  (o faroeste Americano,lol) , que definitivamente vale a pena visitar !  


E agora, mais algumas fotos de nosso fim-de-semana em Santa Fe e Albuquerque:

1) Uma das várias galerias de arte na Canyon Road.  Há de todos os tipos, desde as mais sofisticadas, até as mais simples ou simplesmente fofas ( como esta  da foto {#emotions_dlg.smile})


2) A igreja antiga de Albuquerque, na parte histórica da cidade ( Old Town)


3) Arte contemporânea indígena no Museum of Contemporary Native Arts em Santa Fe.  A mesma escultura , com duas caras...


4) Índio bem que sabe o que é bom, lol.  Que tal este conjunto de arco e flecha da Louis Vuitton?


5) Estátua de São Francisco ( o padroeiro da cidade) , diante da St. Francis Cathedral na Plaza Central de Santa Fé





D.C. - uma das belas capitais do mundo.

Pâmelli, 15.10.13

Afinal hoje volto aqui para postar  as fotos de minha mais recente  viagem à Washington- ou D.C. , como os americanos preferem chamar sua capital.

 

No dia antes do casamento no campo,  mais uma vez “fugi” de Columbia  no commuter bus ( que sempre pego em frente ao Shopping de lá) ,  até a cidade , onde  passei o dia.  

Ah, Washington é definitivamente uma das grandes e belas capitais do mundo!   Uma cidade imponente, cheia de avenidas largas , de prédios históricos e com  uma elegante arquitetura neoclássica.  E tem muita,  muita cultura e museus maravilhosos.  Não deixa nada a dever à Londres, Paris ou Madri.  Sério.  É apenas uma cidade mais ‘jovem’.

No dia que estive lá o governo ainda continuava fechado, no seu ridículo shutdown,  devido à pirraça dos republicanos. (Aliás, enquanto escrevo estas linhas o impasse continua, agora agravado pela ameaça do calote da dívida americana...) .  Portanto desta vez não pude visitar nenhum dos museus do Smithsonian Institute , como sempre costumo fazer. ( Era a minha intenção conhecer o  American-Indian Museum ,   que tem uma arquitetura super interessante , tipo ‘adobe’ , e dizem,  possui  o melhor restaurante de todos os museus no Mall).

Mas meu dia foi LONGE de tedioso ou desperdiçado ,  uma vez que resolvi fazer outro tipo de programação, igualmente interessante ou até mais:  um completo City-Tour por toda a cidade, em um dos seus trolleys abertos , já que o clima estava ótimo,  ensolarado mas fresco.  ( Outubro pelo visto  é um ótimo mês para se visitar a cidade pois trata-se do começo do outono...)

Na primeira vez que visitei Washington,  há dez anos,  fiz o mesmo tipo de tour.  Mas desta vez,  já tendo uma boa noção da cidade e conhecendo alguns de seus principais monumentos e avenidas,  foi muito melhor! 

Ao chegar à D.C.,  desci  do commuter bus  bem perto da famosa Pennsylvania Avenue,   onde caminhei até a Casa Branca.  ( Hoje em dia não é mais possível se visitar a C.B. de dentro,  em visitas guiadas, então tive de me contentar em tirar fotos apenas do lado de fora das grades...).  

Como ainda era cedo e eu não tinha tido tempo de comer nada,  segui até o Hotel W ( Washington) e lá tomei um digno breakfast, antes de começar minha excursão pela cidade.  ( O “W” é um belo hotel,  bem pertinho da Casa Branca e tem um ótimo restaurante.  Além disso, é um dos lugares históricos da cidade pois existe desde cerca de 1917...  Também é um ótimo lugar para se comprar os tickets dos City Tours,  que saem de um ponto ao lado do hotel.)

De lá segui em minha excursão no bondinho aberto por TODA  a cidade, visitando seus principais pontos turísticos.  Fiz o percurso ao longo das duas linhas,  a verde e a laranja. (Existe mais de uma companhia que faz os tours, mas escolhi o “Old Town  Trolley” , que é aberto, já que o tempo estava tão agradável.

Ao todo levei cerca de 5 horas para fazer o  tour completo.  Detalhe:  você pode descer em qualquer um dos pontos turísticos e depois voltar e tomar novamente o próximo bondinho, já que os tickets (cerca de $40)  são válidos pelo dia todo.  Desta forma passei  por todos os pontos famosos da cidade:  os museus do Smithsonian no Mall, os monumentos dedicados aos ex presidentes  Lincoln e Jefferson, a Casa Branca,  o Teatro Ford ( onde o Presidente Lincoln foi assassinado), a famosa estação de trem de Union Station, a rua das embaixadas ( incluindo a do Brasil)  etc.  Em especial, adorei o bairro de Georgetown - que mais se parece uma cidadezinha inglêsa...-  e o charmoso museu da “Phillips Collection”,  que pude visitar, já que este não é do governo e sim de uma coleção particular.

O ‘Phillips’ é perfeito pois é  bem menor do que os Smithsonians e portanto pode ser visitado em pouco mais de uma hora.  Me lembrou muito o  ‘Musée D’Orsay’ de Paris em seu acervo -  embora seja bem menor -  já que tem uma coleção fantástica de arte do  Século 19 e começo do 20, incluindo muitas obras impressionistas , pós-impressionistas e modernas.  O quadro mais lindo de todos , para mim,  foi o do Renoir  “The Luncheon of the Boating Party”, de 1880. ( Pra dizer a verdade, foi o quadro impressionista mais lindo que já vi em toda a minha vida!! – incluindo todos os que já vi no Orsay ou qualquer outra exposição por aí a fora ).   Fiquei tão ‘in love’ com o quadro, que no final da visita tive de seguir para a  lojinha do museu e comprar alguns souvenirs com a sua reprodução  - um mousepad ( que estou usando neste momento! Lol),  um chaveiro, postais e até um livro ( um romance) , baseado no quadro e nas pessoas que aparecem nele.   Sim,  se você for ao Phillips,  não esqueça de reservar alguns minutos para conhecer a sua museum shop

 

Enfin,  melhor do que escrever a respeito,  é dar uma olhada nas fotos , não acham? 

 

1)

A Casa Branca- a residência do homem mais poderoso do mundo! lol

Este foi o mais próximo que consegui chegar e tirar a foto do outro lado da grade.  Segurança total - e não é pra menos, né?

 

2)

O prédio do Capitólio - onde os Republicanos estão tentando transformar num INFERNO a vida do Presidente. (Essa eu tirei de dentro do bondinho...)

 

3)

O Lincoln Memorial- um templo dedicado ao Presidente Lincoln.  Um dos pontos turísticos  mais  belos  da capital.

 

 

 

4)

O excelente Hotel W, onde tomei meu café-da-manhã e comprei os tickets para o City Tour. Fica bem perto da Casa Branca.

 

5)

Meus "colegas" de bondinho ( trolley), lol

 

E agora, alguns dos meus quadros preferidos no Phillips Collection:

 

6)

"The Mediterranean" ( O Mar Mediterrâneo)  , de Courbet - 1857.  De todos,  o meu mar preferido...{#emotions_dlg.heart}

 

7)

"Circus Trio" de Georges Rouault -1924

 

8)Este Cézanne de 1902-6 certamente influenciou Picasso em sua fase azul..., não acham?

 

9)Picasso em sua fase azul...  "The Blue Room" (Perto da mesma época)

 

10)

 "The Open Window" de Bonnard - primeira metade do Século XX

 

11)E o mais lindo de todos, O highlight do Phillips : "Luncheon at the Boating Party", de Renoir - 1880 ( Não sei o nome original em francês)

          

Renoir é só alegria e romantismo, gente.   O cara adorava pintar "as coisas belas e os bons  momentos da vida",  pois dizia que o mundo já tinha coisa triste e feia o suficiente!  Gênio. {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Depois do estudo penoso, a escapulida até o Novo México e o Colorado!

Pâmelli, 22.08.13

Nota: este post vai ser meio  longo.  Então, pegue uma boa  xícara de chá ou café  e sente-se numa poltrona confortável antes de começar…

 

Primeira parte:  o desabafo!

Finalmente meus dois cursos de verão na U.T. acabaram – e diga-se de passagem,  cada um foi  mais chato e ridículo do que o anterior.  Francamente,  a U.T. , so far,  só tem me decepcionado.  E não, não creio que se trate de “implicância da Pâmelli com coisas texanas”  (quem me conhece poderia até pensar isso).  Afinal ,  minha experiência no ACC ( a universidade pública e portanto  “dos pobres”, em Austin) foi bastante  positiva -  apesar de um ou outro professor maluco ou pentelho que tive de aturar…  Mas vários dos cursos  na  Austin Community College  foram bons,  eu aprendi muito e tirei o meu Associate’s Degree em Antropologia com “ todas as honras”. {#emotions_dlg.smile}

 Já na U.T.  -  a  cara e metida   Universidade do Texas -   aqui estou  eu,  penando desde o começo do ano.  Até agora já foram  4 cursos,  e cada um mais decepcionante do que o outro.

Ora é a professora que não presta (o caso desta última, uma israelense bem grossa, sem a menor didática e todos os dias  mandando  os alunos “apresentarem um powerpoint”, pra  no fundo ela não precisar trabalhar!);  ora o curso é uma clara “agenda política”, com um programa visivelmente  distorcido e parcial ( no caso, o sobre a “Violência no Brasil”,  dado pela antropóloga ativista “petista”);  ora os professores  são até  bons (o caso do professor de História da Grécia e  de Latim),  mas dando  cursos  mal programados, CARREGADOS de gramática ou  com livros ruins e de leituras desinteressantes.

 Enfim,  embora  continue tirando boas notas,  no término de cada  programa,  só o que consigo fazer  é levantar as  mãos e os olhos para o  céu e  suspirar  um “Thank God!”,   como se tivesse acabado de passar  dois  gigantescos cestos de roupa.

Então aí vem a pergunta que não quer calar:

Será que neste segundo semestre a coisa vai finalmente  melhorar??

 

Segunda parte:  Santa Fe

Agora  vamos ao que interessa…

Esta semana ,no intervalo entre o curso de verão e o início do segundo semestre, demos uma escapulida (de carro, como sempre) primeiro ao Novo México e depois ao Colorado.  Sim,  nós estamos no Southwest! (ou Faroeste,  como se diz no Brasil…)

O Novo México,  como o nome bem indica,  um dia foi “México”.  Mas depois da Guerra de 1848, foi …bem…  tomado dos mexicanos!  Coitados.  E agora eles precisam até  de “visto” pra entrar aqui…

 Mas  o fato é que trata-se de uma região dos E.U. bastante interessante,  com  seus quilômetros e mais  quilômetros de deserto,  pouquíssima gente (o estado inteiro só tem cerca de 2 milhões de pessoas!), seu clima seco e suas  principais cidades no alto das montanhas.  Santa Fe, por exemplo, fica a mais de 2 mil metros de altitude e foi lá que fizemos nossa primeira parada oficial (depois de termos dormido em um “buraco” no meio do nada chamado Clovis,  a cerca de 7 horas de Austin).

Bem que eu já havia ouvido falar de Santa Fe - a cidade das “artes plásticas’, com forte influência da cultura indígena e também hispânica. E de fato,   a capital do estado do Novo México é realmente um blend muito interessante de tudo isso. Além disso, a maioria dos Americanos por lá tem o aspecto claramente “native American” ou “mexicano” e alguns até falam inglês com um ligeiro sotaque hispânico!

A verdade é que na América as cidades são quase todas muito parecidas, com os seus típicos subúrbios, o downtown e é claro,  sempre cheias das mesmas franquias.  Poucas são aquelas que têm uma “personalidade própria”,  assim como New Orleans, São Francisco, Nova Iorque,  Saint Augustine  ou mesmo Miami.  Então,  chegamos em Santa Fe e voilà! – topamos com  um outro  exemplo de uma cidade única,  diferente,  original…

Sendo assim, vejamos alguns fatos interessantes sobre “a mais antiga capital de um estado norte Americano”:

-Santa Fe foi fundada em 1610 pelos espanhóis e hoje é a capital do estado do Novo México, que fica entre o Arizona e o Texas.

-Ali a cultura indígena , dos “native Americans” ou índios Americanos , é realmente a marca registrada da cidade – principalmente  na sua arquitetura em estilo “adobe”.

-Apesar de pequena (com  pouco mais de 70.000 habitantes) a cidade é cheia de hotéis elegantes,  excelentes restaurantes,  muitas galerias de arte e museus que dão  ênfase à arte local e indígena,  além de contar a longa e interessante história do Novo México. (Pra quem acha que  “na América quase não tem história”, é bom lembrar que aqui  volta-se  ao tempo  cerca de 14,000 anos! -  a época das mais antigas pontas de flechas feitas pelo homem, e que são  conhecidas como “Clovis points”).

-Hoje, Santa Fe é não apenas uma conhecida cidade turística nos E.U., mas tambem é  famosa por sua   Feira dos Indios ( Indian Market) que acontece todo verão. Além disso , a cidade é  uma das preferidas dos aposentados “bem de vida” ( o custo de vida ali é bem alto!)  por causa da bela paisagem  envolta, da riqueza da arte local  e de  seu clima fresco e seco típico das altas altitudes.

E por falar no Indian Market,  foi um milagre conseguirmos um  hotel lá nesta época do ano ,já que a cidade fica entupida de turistas.  As coisas expostas na Feira  são maravilhosas ( tapetes dos índios Navajo, cerâmicas feitas por diferentes tribos locais,  jóias trabalhadas em prata e com a pedra típica da região,  a turquesa…), mas tudo é caresésimo!  Eu, depois de muito andar pela cidade,  consegui comprar  em uma loja local,  um par de brincos e anel  por pouco mais de  $100 – uma barganha!

 Aliás,  a coisa interessante de se ver em Santa Fe são as mulheres – tanto as locais quanto as turistas, as  jovens ou as  velhas… -  todas enfeitadas com as jóias e bijuterias locais.  Em todos os lugares,  todo o mundo circula pela cidade  enfeitado de pratas e turquesas ,pois aqui o dourado é definitivamente “out”!  Isto,  em um país ( tirando Nova Iorque)  onde as mulheres raramente se arrumam ou se enfeitam,  é no mínimo  uma visão “original”.

E agora,  vejamos  algumas fotos de Santa Fe e  dos lugares que mais gostei por lá:

( A segunda parte de nossa viagem,  o Colorado,  fica pra próxima)

 

1)

 A bela catedral de St. Francis data  de 1886 e é em estilo romanesco francês.

 

 

 

2) O Indian Market ( Feira dos Indios) na Plaza Histórica da cidade. Tapetes, cerâmicas ,  jóias em prata e turquesa - tudo belíssimo e caríssimo!

 

3) 

 O  popular restaurante The Shed - comida mexicana com um toque espanhol.  A entrada tem  a porta baixa e o  prédio,  de 1692,  é em adobe é claro.

 

4)

 A igreja da  Missão de San Miguel data de 1710 e é  a mais antiga dos E.U.A.  O adobe é feito de tijolos de terra seca ao sol, água e palha.  As paredes são reforçadas com argila. (clay)

 

 

5)

 O Museu de Arte de New Mexico.  Desde 1912 todos os prédios da cidade devem seguir o estilo adobe de arquitetura indígena.

 

6)

 No carro da polícia do estado, o símbolo americano e o mexicano ( a águia)  unidos...

 

7)O lobby do charmoso hotel St. Francis ( um dos mais tradicionais da cidade e bem no centro) construído em 1880. 

8)

Um dos  quadros da pintora Georgia O 'Keefe,  que residiu no Novo México e representa o movimento Modernista Americano.  Em Santa Fe há um museu inteiro dedicado à artista.

 

 

A risada do americano

Pâmelli, 19.04.13

 

Ninguém no mundo dá uma risada igual ao Americano. Pode observar.

 

Estou falando daquela risada forte, alta e espontânea, mas também meio brega e aparentemente exagerada,  que volta e meia ele solta,  em todo e qualquer tipo de lugar. Digo “aparentemente exagerada”  porque para um estrangeiro ela pode de fato parecer meio afetada, mas no fundo , vinda do americano,  frequentemente é 100% genuína.

 

Parece irônico eu  vir  no blog falar sobre “a risada do americano" justamente  em uma semana onde a América sofreu  com dois terríveis e trágicos acontecimentos – o atentado em Boston e a explosão na fábrica de West,  no Texas.  Contudo,  quando colocamos as coisas na sua devida perspectiva , mesmo diante de tragédias nacionais tais como Newtown,  Boston e West...,  (e sem querer minimizar o enorme sofrimento na vida de todos os que estiveram direta ou indiretamente envolvidos nesses eventos),  é preciso lembrar que os Estados Unidos são o quarto maior país em extensão no mundo, com uma população de mais de 330 milhões de pessoas e que, portanto, casos como estes são bastante raros de acontecer.  Afinal , estamos  falando de um lugar maior do que a Europa  inteira! – tirando a Rússia, é claro.

 

 É preciso lembrar disso quando se fala no “número de pessoas assassinadas todos os anos na América”, seja por armas de fogo (que os americanos continuam comprando a torto e a direito...) ,seja por atentados tais como os que ocorreram em Boston ou na escolinha de Newtown, em Connecticut.   O fato é que nos E.U.  ,  ao contrário do Brasil, por exemplo,  50.000 pessoas  NÃO são assassinadas todos os anos ; nem cerca de 200 policiais tampouco.  Nem de muito, muito longe, as estatísticas por aqui chegam perto disso.

 

Mas voltando ao tema do "riso do americano"...

Desde que vim para cá., há dez anos,  isto é uma coisa que logo percebi e sempre me vejo observando nas pessoas. 

O "riso do americano" não é uma coisa exclusiva dos americanos, mas  também  se vê  em muitas pessoas que moram nos E.U. há anos,  e que portando,  já incorporaram algumas características do povo local.  É também interessante notar que ele cruza todas as fronteiras sócio-econômicas da sociedade e pode sair tanto de uma senhora da alta roda,  de um caminhoneiro,  de um estudante de medicina de Harvard , de um  alto executivo, uma astronauta, um senador  ou  um atleta olímpico. Em suma:  é o riso de um povo feliz. {#emotions_dlg.happy}

 

Um exemplo disso ocorreu ontem no meu encontro quinzenal de “Conversation” em francês, onde um dos nossos colegas,  no meio da conversa, de repente soltou uma daquelas risadas estrondosas.  Tratava-se de um jovem indiano que reside nos E.U. há anos;  um rapaz muito bonito, poliglota,  bem sucedido e noivo de uma bela e simpática brasileira ( Imagine!).  Ou seja:  exatamente o tipo do “bem resolvido” que costuma dar este tipo de risada por aqui, lol.

Por um momento nosso grupo de ex-pats ( em sua maioria formado por franceses e alguns outros europeus)   tomou um susto.  Mas as pessoas logo se recompuseram.  Afinal isto é a América,  e eles próprios ,  depois de morarem aqui por tantos anos,  hoje já são bem mais leves, bem humorados e até mesmo sorridentes, do que os seus velhos conterrâneos.

Apesar disso,  assim  como eu,  nenhum deles costuma dar (e provavelmente nunca dará)  aquela risada tipica do americano.   

 

O fato é que  durante  todos os anos que morei e viajei  pela Europa e pelo Brasil, nunca  encontrei gente rindo desta maneira.  Nem mesmo o  brasileiro,  com sua fama de “alegre e folião”, ri como o americano. (Muito menos se ele tiver um certo grau de instrução e educação e gostar de pensar que é “civilizado”, lol).

 

Já o americano, física e culturalmente isolado do resto do mundo (e na maioria dos casos, se lixando para o que não acontece nos E.U. ou esteja diretamente relacionado à eles!),  pouco se importa com o que dizem ou pensam dele (Por exemplo,  que são "gordos, mal vestidos , ignorantes ou sem classe").  Daí que,  volta e meia,  quando está entre amigos, colegas ou  membros da família,  o gringo vai lá e me solta  aquele  CÁCÁRÁ- CÁCÁ !!, em alto e bom tom, para quem quiser (e quem não quiser também...) ouvir.

 

Eu,  mesmo depois de todos estes anos nos E.U. , confesso que  não consigo soltar aquela gargalhada totalmente à la gringa - até porque sempre achei, principalmente a sua versão feminina, especialmente desclassificada. Sinceramente,  algumas  mulheres por aqui  quando riem parecem uma hiena no cio.  Really.  

 

Mas uma coisa é certa:  o riso (ou a falta dele) é o reflexo da alma de um povo,  e o do americano é assim:  forte, alto , espontâneo e, sim..brega! -  às vezes chegando mesmo a ser estrondoso demais  e inadequado no ambiente e local onde a pessoa se encontra. 

Mas este mesmo riso  é também a  marca de um povo genuinamente feliz  (e não apenas da boca pra fora, querendo fazer gênero para o resto do mundo...) . Um povo orgulhoso de ser o que é,  de ter as coisas que tem e de viver no país em que vive,  e que ele realmente acredita ser o melhor lugar do mundo.

Para muitas pessoas pode até parecer o riso do ‘bobo alegre’,  mas no fundo,  é o riso do cara que muitas vezes ,mesmo sendo  "gordo, mal vestido, ignorante  e sem “classe...”,  está muito bem resolvido consigo mesmo.  Para a raiva ou a inveja de muita gente.

 

 

Un dimanche à la campagne...

Pâmelli, 11.03.13

 Este mês faz dez anos que cheguei nos E.U.A.!

Tambem  faz quase cinco anos que peguei a Lila do Abrigo de Animais  e que comecei com o  blog do "Parada Essencial".

Como o tempo passa!!

 

Já esta semana estou de férias da U.T. , pois é a semana de Spring Break...  Quer dizer, voilà uma boa oportunidade  para relaxar e aproveitar para adiantar a leitura dos capítulos das próximas aulas!

 

Meu curso de Grécia Antiga continua interessante.  Já o de latim... Que PORRE !  (Até cheguei a mudar o meu major , de "história antiga" simplesmente para 'história",  só para não ter mais que estudar latim no futuro!! lol)   O problema , pra mim,  é que a coisa é muito parecida com o estudo da matemática :  MUITA decoreba, tudo MUITO  racional e lógico {#emotions_dlg.snob}... E sem o menor espaço para a  imaginação, a naturalidade e  intuição!  

Nas aulas fazemos TUDO ao contrário do que se faz quando se estuda línguas vivas e modernas: aprendemos  TONELADAS de regras  de gramática, fazemos  traduções de quase tudo e praticamente nada de prática oral.  Quer dizer: Tô fora!! (Além do mais , nunca vou poder mesmo  falar ou praticar com ninguem,  já que todo o mundo que um dia falou latim já bateu as botas faz tempo!  lol)

 

Anyway,  hoje, em homenagem ao  'resgate' de cinco anos atrás, que mudou sua vida {#emotions_dlg.smile},  deixo aqui esta foto da Lila no "Salt Lick" ,  um barbecue place  tipicamente texano  onde  fomos no domingo passado.  O lugar é bem rústico, no meio do Hill Country (o campo nos arredores de Austin ) , a cerca de uma hora do centro da cidade.  Êeeeta programinha cowboy!!  

 

1)    

 Debaixo da mesa, Lila saiu de sua dieta habitual de ração e comeu vários  pedacinhos de um legítimo "churrasco texano".  Quase enlouqueceu!

 

2

Na fonte , perto do estacionamento,  uma visão do local -  tudo muito árido e no meio do nada!

 

3)

Na entrada do restaurante,  a escultura de uma bota típica de cowboy , com um cactús fincado dentro. 

Ainda resta  alguma dúvida de que você está no Texas? lol

 

 

Alto astral em dose dupla

Pâmelli, 05.12.12

Bem,  quem frequenta o Parada regularmente com certeza notou a mudança nas cores no cabeçalho do blog. 

Pois é.  Achei que já estava na hora de mudar o visual um pouquinho...

Mas que sufoco! 

Ok, eu confesso que em matéria de informática sou um zero à esquerda;  anarfa em último nível... Mas ainda assim, o Sapo bem que poderia fazer a parte da "configuração" e , em especial,  a de colocar fotos no blog mais simples!!

 

Anyway,  a foto antiga ( em tom de rosa  e com um pedaço de sol no horizonte...) foi tirada em Jericoacoara, no Ceará, já faz alguns anos.

 

Já o azul  da atual, mostra somente o céu de St. Augustine, após um lindo dia de sol.

 

    Voilà a foto original,  que eu intitulei de "Pôr-do-sol em Vilano Beach"     

                                                                            

Afinal,  o azul turquesa  e o verde esmeralda ( as cores do mar na Florida ) são minhas cores preferidas; a Florida o meu estado preferido e  St. Augustine minha cidade  preferida nos E.U. , lol! 

Sendo assim,  queira ou não,  a partir de hoje  ao entrar no Parada  você vai tambem estar dando uma paradinha em St. Aug!   {#emotions_dlg.smile}

 

 

E agora,  pra finalizar  ( este é pra galera que já passou dos 40...),  quem se lembra do The Hues Corporation e o seu mega disco hit  "Rock the Boat" , de 1974?  

 

Eu consigo me ver na praia de St. Augustine, dançando ao som desses caras , lol! 

Você não??

 

 
 
 
 

 

 

 

 

 

Thanksgiving ou o Dia de Ação de Graças nos E.U.

Pâmelli, 23.11.12

Hoje ,  dia de Thanksgiving (Dia de Ação de Graças) aqui nos E.U., temos um  dos feriados mais importantes  ( tanto ou talvez até mais do que o Natal!).   É o dia em que tudo quanto é  americano se reúne  com a família para , juntos,  comerem  a  tradicional ceia de peru  e  “agradecer a todas as coisas boas que a vida lhes deu e continua lhes dando até hoje…” lol.

 

Nós  ,  que temos metade de nossa  família brigada,   e a outra metade morando em diferentes estados (sem falar na minha , no Brasil!) , resolvemos voar para a Flórida!

 

( Chegada em Orlando, na Flórida ao entardecer...)

O voo no dia de Thanksgiving    estava em promoção ( já que  99% do pessoal  já voou  no dia anterior para encontrar a família…),   o aeroporto em Orlando estava uma maravilha ( completamente vazio!)  e para coroar,   a National  nos deu nada menos do que este  BMW   “de brinde”!  ( Nós normalmente alugamos os carros mais simples,  mas hoje , como todos os carros ‘de segunda”  já tinham sido tomados na véspera,  pudemos sair  com O BMW  pelo mesmo preço  .  Nada mal, heim?      

Já quanto ao nosso peru  - e todos os pratos que acompanham a tradicional refeição do Thanksgiving…-   comemos na estrada, lol,  em uma das franquias do  Cracker Barrel .

 O C. B . é  uma rede de restaurantes bem  tipo ‘família’ {#emotions_dlg.sarcastic} ( alias o lugar é religioso e por isso não serve bebida alcóolica…) ,  mas na verdade é  muito gostoso, aconchegante (  com lareiras e tudo…) e serventes atenciosos.  O restaurante pode ser encontrado na maior parte das estradas na América  e tem, anexo, uma lojinha  cheia de coisas fofas e gostosas!  

Ok,  o lado da abstinência forçada é de lascar e não vou negar que  um copinho de vinho rosé teria casado perfeitamente com o peru com molho de cranberry e o stuffing ( a “farofa" do Americano, lol).  Mas tudo bem.  Nem tudo é perfeito e afinal, nos próximos dias estaremos na alegre Flórida,  na histórica St. Augustine e ainda por cima desfilando de BMW! {#emotions_dlg.smile}

Sim,  hoje é  um bom  dia para  agradecermos a todas  as coisas boas que temos em nossas vidas:  Nossa saúde,  nossos amigos  (pelo menos aquelas pessoas que têm bons amigos! )  nossa família (se você tem uma que preste…)   nosso emprego ( se você ainda tem um!) , nossos  bichos ( que nos amam incondicionalmente  e nos trazem tanta alegria e bem estar...)  ,  os passeios e as viagens que podemos nos dar ao luxo de fazer {#emotions_dlg.pimp},  a praia que curtimos, a torta de maçã que ainda podemos comer sem nos preocuparmos com o colesterol… 

 

A verdade é que  todo o mundo sempre tem algo de bom em sua vida , que vale a pena agradecer,  e os americanos sabem disso melhor do que ninguém.  

 

Enfim,  hoje é um bom dia para dizermos a nós mesmos:    Não tenho tudo o que amo,  mas amo tudo o que tenho e sou agradecida por isso.

Austin e a Fórmula 1

Pâmelli, 17.11.12

Ok,  este week-end a coisa tá animada aqui em Austin.  É tudo girando em torno do Circo da Fórmula 1!

 

Ontem , no show de Bossa Nova do Copa Bar,   tinham vários fãns ( e possivelmente estrelas ) do esporte,  mas como não acompanho mais as corridas desde a morte do Senna , em 94,  não reconheci nenhum rosto famoso, lol. 

 

Já hoje, aqui em casa,  nosso programa  é ir ao teatro.  Vamos assistir à peça "Pride &Prejudice" ( Orgulho e Preconceito) , de Jane Austen - e lá , com certeza não terá ninguém do Circo. 

Sim,  pasmem.  Nós  temos teatros e até ópera e balé aqui na capital do Texas ... Nesta cidade que,  que segundo o  Globo Esporte,  "É  uma terra árida , de índios e bangue-bangue..."

É mole??

Pelo visto a imprensa brasileira  pensa que por aqui ainda estamos vivendo no Século 19!!

 

Enfim,  eis algumas fotos que tirei ontem à noite,  no meio do burburinho,  no centro de Austin  neste fim-de-semana de F1. 

Sorry,  não houve nenhum bangue-bangue,  não tinha nenhum índio por lá e o frio tava de cortar os ossos...  A cidade tava, sim,  era cheia de EUROPEUS! lol

 

 

 

1)

Downtown :  várias ruas foram transformadas em "palco" para o Circo da Fórmula 1...

 

2)

Exemplar de um dos  carros exposto como curiosidade.  Afinal o esporte nunca foi popular aqui nos E.U....

Com certeza , deve ser um dos carros-reserva.

3)

 A Congress Avenue,  com o Capitólio ao fundo,  foi fechada para o trânsito .

 

 4) Do Café Annie's ,  onde jantamos depois do show,  a visão de alguns carros antigos que  também participaram da festa no Centro de Austin neste  fim de semana.

 

Saudade mesmo eu tive foi dos anos 80 e 90... Da época do Senna, do Prost, do Mansell, do Berger, do Damon Hill,  do Piquet e Co!  {#emotions_dlg.smile} 

 

O senso de humor Democrata

Pâmelli, 06.11.12

Tanto no Facebook, quanto no blog,  eu tento não ficar muito politizada.

Mas hoje é um dia especial  não apenas na América, mas no mundo todo!

Sendo assim,  aí vão dois “posters”  que uma amiga em comum ( esta sim,  MUITO politizada!) colocou na sua página do Facebook,  e que hoje eu venho aqui no Parada  dividir com vocês.

 

O primeiro é do meu comediante Americano preferido ;  o "nosso Diogo Mainardi” , lol , e uma figura com a língua afiadíssima, além de  culto, bem informado e um destilador implacável das mais puras “verdades inconvenientes”!   

Estou falando, é claro,  do Bill Mayer , que ,  para nossa sorte,  esteve em Austin no ano passado e nos brindou com um show num dos teatros mais novos da cidade.  

(Nem vou tentar traduzir pois acho que não conseguiria fazer jus ao talento , humor e visão deste grande humorista contemporâneo...)

 

Já este aqui,  bem menorzinho, como dizem os americanos:  "Made my ( childfree, lol)  day"!

 

(Basicamente:  " Se você não gosta de casamento gay, deve culpar os heterossexuais ,pois são ELES que continuam produzindo bebês gays!  "

 

 

Ou seja,  os posters são um ataque direto contra os  republicanos e suas ideias retrógradas , e em especial, ao seu  maior representante neste momento:  Mitt Romney

 

Que Deus nos proteja e mantenha a Idade Média bem longe da Casa Branca!

 

 

O Parada e as eleições americanas em 2012

Pâmelli, 05.11.12

O Parada já tem quatro anos e meio ( nossa!) e muita coisa mudou desde o seu début aqui no cyberspace.  Até agora são 332 posts e 423 comentários.  Wow!!

 

É interessante ver que volta e meia recebo algum comentário sobre algum post antigo,   no entanto quase ninguém comenta sobre o que escrevo hoje em dia!   Das duas uma:  ou eu fiquei muito boazinha  e politicamente correta {#emotions_dlg.barf} ,  ou tem mais e mais gente concordando ( mesmo em silêncio) com o que escrevo por aqui! lol

Se no começo de sua vida cibernética,  o Parada contava principalmente com  posts  sobre o Brasil ...,  com o passar do tempo  fui escrevendo menos e menos sobre meu país de origem e mais e mais sobre meu país de adoção e a vida aqui  nos E.U.A. 

A medida que o tempo passou,   depois  de me naturalizar americana e  ficar  cada vez menos tempo na Terra Natal,  era inevitável que a cada ano eu me sentisse cada vez mais "distante" do Brasil  - tanto física quanto emocionalmente.   Se isso é bom ou ruim , não sei dizer.  Mas não é algo que me incomode , talvez pelo fato de eu nunca ter , em época alguma de minha vida, completamente me encaixado naquela  terra e cultura.  De fato,  muito antes de ir morar na Europa e depois nos E.U.,  sempre me senti uma  espécie de “peixe fora d ‘agua “  no Brasil.  ( O que não quer dizer que eu seja exatamente um “peixe dentro d'água " aqui! -Penso  que estou mais para  amfíbio, lol).  A verdade é que o lugar no planeta onde realmente me sinto 'em casa',  é e sempre será a França!{#emotions_dlg.heart}  É o lugar onde me identifico com 99%  das coisas,  da maneira de se ver o mundo, de viver e aproveitar  a vida. (Quem sabe,  numa outra vida,  eu não nasço e vivo por lá ?? lol) 

 

O fato é que o Parada hoje em dia é bem mais pessoal e subjetivo do que já foi no passado. 

Mas  continuo tentando escrever sobre  “o  mundo e a vida”  e nem tanto sobre “ o meu mundo e a minha vida” .  Neste ponto o blog não mudou.

 

Ainda outra  coisa que notei  ao reler alguns dos meus antigos posts,  é que naquela época ( quando eu tinha mais tempo livre pois ainda não tinha voltado a estudar…),  estes  eram bem mais longos e com o português bem melhor! Lol    Hoje, como  praticamente só leio em inglês e, principalmente depois de cancelar  minha assinatura da VEJA,  sinto que meu português piorou. 

 

Anyway,  de uma maneira ou de outra,  o Parada continua aqui :  firme e forte , e espero, sempre   informando,  divertindo e, vez por outra exprimindo algum  desabafo. 

  O Parada é " A vida  através dos olhos da Pâmelli”.{#emotions_dlg.dork}

 

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 E amanhã é o Grande Dia!!

Aqui em casa já votamos adiantados - no fim de semana passado.

Foi a primeira vez que votei como americana, já que me naturalizei somente em 2009. 

Foi tambem a primeira vez que votei com VONTADE e de maneira TOTALMENTE VOLUNTÁRIA ,  pois aqui nos E.U. ,   ( aliás,  em praticamente todo o resto do mundo democrático e civilizado...),  ao contrário do Brasil,   ninguém é obrigado a votar. 

Aqui,  o voto é um DIREITO do cidadão e não uma OBRIGAÇÃO ( ou "dever" , como muitos brasileiros costumam defender o voto obrigatório {#emotions_dlg.evil} )

 

Sendo assim,   VIVA a democracia americana e God Bless America and OBAMA!!