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Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

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Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

A mais bela região da França

Pâmelli, 01.06.13

 

Bom, já faz uma semana que voltamos da França!

Depois dos dias passados em Paris,  meu hubby chegou e juntos partimos para a Côte D’Azur.  Foi em Nice (a “capital” da região),  que resolvemos ficar estacionados,  e  lá alugamos um carrinho (um Fiat 500) para explorarmos um pouco a região.

 

O Sul da França é , sem dúvida,  a mais bela  e fascinante  região do Hexagon – principalmente se você gosta de sol, mar, boa mesa, cultura e história!

Ali é tudo de bom:  a comida mediterrânea,  o alegre colorido das construções, a riqueza da história local,  a influência italiana (Nice pertenceu à Itália até cerca de 1860…), o bom humor das pessoas e o seu savoir-vivre , aquele ar leve e seco e é claro,  o maravilhoso Mar Mediterrâneo com sua cor azul turquesa do jeito que não se  vê em nenhum outro lugar no planeta .  Ok,  talvez o mar do Caribe chegue perto…

 

Bem,  primeiro saimos de Paris de trem (o TGV, que é o trem-bala francês…) e durante mais ou menos 6 horas pudemos apreciar todo o beautiful French countryside e,  ao chegar na costa,  os lindos vilarejos e cidades mais famosas , como Cannes e Antibes  , que ficam  na beira do mar.  A vista , principalmente nesta última parte da viagem, é linda demais!

 

Uma coisa que aproveitei para fazer nestas duas semanas de França foi colocar meu francês em dia, já que aqui no Texas,  como bem se pode imaginar,  não tenho muita oportunidade de praticar a língua.  Quer dizer,  foi T.V. francesa todos os dias no hotel,  quatro  filmes franceses em Paris (3 comédias e um documentário sobre o Presidente François Hollande) e por fim,  a leitura de  um romance  que está muito anunciado em cartazes espalhados nas várias estações de metrô na capital:  o mais recente  thriller de Jean Christophe Grangé intitulado “Le Passager”.  ( Ele é uma espécie de Dan Brown francês,  embora  imagino eu,  não tão rico quanto!  lol).  Estou ainda no começo, pois o livro tem quase mil páginas,  but so far so good!

 

Anyway,  em se tratando da França e em especial da Côte D’Azul,  melhor do que qualquer escrita,  mais vale deixar aqui algumas fotos tiradas na região. 

 

Voilà la Côte D’Azur !   (nome mais  apropriado para um lugar tão AZUL e iluminado  não há...)

 

É como eu sempre digo:  Deus era  HOMEM  -   e francês!  lol

Está claro,  não? {#emotions_dlg.pimp}

 

 

1)

A Promenade des Anglais de Nice - o "calçadão" deles {#emotions_dlg.smile}

 

 

2)

Na Vieille Ville , ou parte antiga de Nice, a influência italiana nas construções.

 

3)

Reprodução de um quadro de Dufy na praia de Nice.  É claro que alguns dos maiores pintores do mundo se mudaram exatamente para a o Sul da Franca - no wonder! Nota:  a praia é de pedras, portando é uma boa ideia levar uns sapatos de praia para nadar...

 

4)

Esse beaglezinho de apenas oito meses estava viajando no trem de Paris para a Côte D'Azur. Aqui, estamos no vagão restaurante.  Isso é uma das coisas que eu gosto  na França: os cachorros entram em todo lugar! ( Coisa de país rico e civilizado, hehehe). E um extra bónus para os childfree:  tem muito pouca gente viajando com crianças pela Côte d'Azur!  lol.  Pelo menos nesta época do ano.

 

5)

Cafezinho da manhã bem francês com baguetes fresquinhas e o café-crème como só francês sabe fazer.  Paradinha no alto do morro, no vilarejo de Eze,  a caminho de Mônaco onde passamos o dia. 

 

6) 

Vista da Baia de Monte Carlo.  Cidade bonita mas meio 'estressante'-  com muitos prédios altos , em pouco espaço.  Me lembrou Miami:  o tipo de lugar meio show off; de gente que gosta de "See and be seen".  É o ideal para quem tem muita adrenalina no corpo e gosta de desfilar com modelos - tipo os pilotos de F1!  ( Pra quem gosta de mais romance e sossego,  eu sugiro Antibes...)   Apesar disso, os monegascos são muito simpáticos e o Museu Oceanográfico  e Aquário, no alto do morro, valem definitivamente uma visita. Jacques Cousteau costumava ser o seu diretor...

 

7)

O balneário de Antibes foi o nosso preferido.  Aqui,  demos uma longa caminhada beirando a costa em direção à Vieille Ville - a parte antiga da cidade.

 

8)

Casa fofa no meio do caminho: Tudo azul: as janelas, o céu e principalmente o mar!

 

9)

Um dos vários iates dos milionários na costa em Antibes.  A região é pra quem pode e principalmente quem SABE viver!  ( Ai, que se um dia meu livro 'Copadrama' virar um sucesso, me mudo pra lá no dia seguinte! lol)

 

10)

Pra quem quer nadar em praia com AREIA,  é só seguir até Juan les Pins, a uns vinte quilômetros de Nice...

 

11)

Gaivotas?? , felizes e privilegiadas, porque vivem na Côte D'Azur...{#emotions_dlg.smile}

 

 

"Billie Holliday", o show em Paris

Pâmelli, 18.05.13

Ontem fui assistir ao show "Billie Holliday" com minha amiga americana  e seu namorado  no teatro Rive Gauche.

Simplesmente fantástico!!

A cantora tem um nome esquisito : Viktor Laslo (o mesmo do personagem de Casablanca...) e incarnou a grande Billie de maneira impressionante.

Francesa,  canta em inglês,  com uma voz belíssima e praticamente sem sotaque.

O grupo,  que toca com ela, (incluindo  um sax, um piano, um baixo e bateria) também é excelente.  Adorei em especial o pianista!

O teatro,  pequeno e charmoso, fica  bem no centro do animado bairro de Montparnasse.

O espetáculo está em cartaz desde abril e já está perto de terminar , mas o sucesso tem sido tão grande que eles fizeram uma "prolongation" por mais alguns dias.

 

Então aí  vai a dica:  Se você estiver em Paris por estes dias e adora jazz,  este é simplesmente  imperdível!  Em "Billie Holliday" você vai poder ouvir todos os seus grandes sucessos, intercalados com bits and pieces de sua estória. 

 

Sugestão final:   Antes do show,  vá comer uma crêpe em uma das várias crêperies ao longo da rue de la gaité,  a mesma do teatro. 

 

P.S.  Este post é dedicado à D. Isolda, que teria AMADO o show e , com certeza, conhecia TODAS as músicas !! {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

1)

 Teatro Rive Gauche, pouco  antes do espetáculo.  SHOW!

 

2)

"Les Cormorans" - uma das várias crêperies ao longo da Rue de la gaité,  a poucos metros do teatro.

 

 

 

De volta ao Musée D'Orsay e Louvre

Pâmelli, 17.05.13

  Ontem  a programação foi ir ao Musée D’Orsay para assistir  a duas expos :  uma sobre o “romântico gótico -  de Goya à Max Ernst"  e a outra de uma coleção particular com quadros de Vuillard, Bonnard, Matisse e outros grandes do começo do Século XX. 

 

O Orsay é o museu que abriga a mais famosa coleção impressionista em Paris,  mas como tanto minha amiga (que mora na França metade do ano) quanto eu já conhecíamos seu acervo  permanente,  decidimos usar nosso tempo lá apenas para ver as duas exposições temporárias.   E é claro,  aproveitar o museu em si!  - que é , ao meu ver,  o  mais bonito e charmoso de Paris já que faz parte de uma antiga estação de trem da  Belle Époque parisiense.

 

À noite fui me encontrar com outra amiga que mora em Paris e que me levou para jantar em um restaurante especializado na comida da região central da França , o Auvergne.  Pra falar a verdade,  achei a coisa muito parecida com a comida alemã:  muita salsicha e com acompanhamento de batata.  Mas,  como estamos na França,  é claro que a salsicha estava ótima e a truffade ( espécie de puré de batata com queijo)  idem. 

 

  

Já hoje minha escapulida foi no Museu do Louvre , principalmente  para ver  a parte de arte da Grécia e Roma antiga.  (Como já conheço bem o acervo de pinturas do museu, desta vez me concentrei na parte da Antiguidade Clássica e o período Hellenístico,  que têm a ver com o curso que acabei de fazer na Universidade do Texas).

 

Finalmente , duas  coisas que tenho notado em especial desde que cheguei aqui:  1) Todo lugar em Paris , seja nas ruas, nos cafés, nos museus está INFESTADO de brasileiros!  Arre.  O que é isso??  Qualquer hora dessas eles vão bater os turistas japoneses em concentração por metro quadrado!

E, 2)  Como os garçons estão gentis e sorridentes em todos os restaurantes  e cafés da cidade!! lol Isso mesmo,  pasmem.   Aliás , as pessoas de um modo geral, (até aquelas que trabalham nos guichés das estações de metro e que costumam ser as mais insuportáveis...)  estão todas muito mais afáveis e até sorridentes!  É que parece que o governo francês anda fazendo uma campanha pedindo aos franceses para tratarem melhor os turistas and guess what... a ideia pegou! 

Então, se você é daquelas pessoas que diz que não gosta de vir à França porque os franceses são podres ( digo, de personalidade...) e tratam os turistas mal,   pense novamente.  {#emotions_dlg.smile} 

 

 

E agora,  algumas fotos que tirei nestes  dois últimos dias  na Ville des Lumières:

 

1)

O lindíssimo Musée D'Orsay visto de uma ponte sobre o rio Sena...

Coleção Impressionista impressionante em uma antiga estação de trem da Belle Époque.

 

2)

O restaurante Belle Epoque do museu.  (Recomendo este ao invés do outro ,  mais moderno - principalmente para aqueles com o espírito romântico, lol .

 

3)

 Vista de dentro do museu com o seu belo relógio...  Outra coisa boa do Orsay é que ele é bem menos tumultuado que o Louvre!

 

4)

As duas exposições temporárias que assistimos no Musée D'Orsay.

Desta vez não vimos nossos quadros impressionistas preferidos.

 

5)

Na estrada do Louvre, debaixo da pirâmide,  formigueiro total.  Tem gente DEMAIS neste planeta! {#emotions_dlg.barf}

 

6)

Gente saindo, entrando e cruzando por todos os lados. É preciso ter MUITA paciência e determinação para visitar o museu mais famoso do mundo.

 

7)

Estas moedas são da época de Alexandre o Grande e seu pai , Phillipe II.  Adorei por causa do meu recente curso na U.T. !

 

8)

 Esta amphore , da Grécia Antiga,  tem pelo menos 2500 anos.

 

9)

 A famosíssima Venus de Milo, descoberta em 1820 na ilha grega de Melos,  data de 120 A.C.  Pra variar,  formigeiro humano total em volta.  

 

10) 

Quando sai do Louvre estava começando a chover.  Então, aproveitei para entrar num café ao longo do Sena e tomar uma soupe à l'oignon ( a clássica sopa de cebolas francesa) .  Mas antes,  tirei esta foto da Pont Neuf com a Torre Eiffel ao fundo. {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Paris, a recompensa!

Pâmelli, 14.05.13

Ah,  Paris!

Afinal, após o término de meus cursos na U.T.  , eis que me encontro aqui na Ville des Lumières!  

Boa escapulida depois de tanto trabalho chato e penoso, principalmente naquele curso de latim.  Urgh, como eu penei!  Mas pelo menos acho que fiz bem nas provas finais...

 

Pois então.  Esta semana estou em Paris.  Vim sozinha, uma semana antes de meu marido,  já que ele teve que ficar trabalhando na Dell Hell, coitado.  

Cheguei ontem, morta e acabada, após um vôo de mais de nove horas em slum classNeedless to say,  dormi menos de 2 horas,  até porque 90% do tempo tivemos turbulência.  Mas tudo bem.  Agora a  recompensa está aqui e se chama: PARIS. {#emotions_dlg.smile}

  

Hoje,  meu  dia  foi só para matar a saudade, depois de 2 anos!

Foram 4 horas de caminhada praticamente ininterrupta pelo Quartier Latin,  passando pelos  Boulevards St. Germain,  St. Michel,  fazendo um pit-stop em  Notre-Dame e finalmente seguindo até o Jardin du Luxembourg onde está havendo uma  exposição do Chagall .  Ufa!

 

Agora estou aqui no meu apart-hotel em Montparnasse,  esticando as pernas após um almocinho de salade de mâches , baguette e queijo brie.  Tem coisa mais francesa?? lol

 

Enfim,  voilà algumas fotos que tirei hoje durante minha excursão a pé por um dos bairros mais charmosos de Paris:

 

1)

Vista de Notre-Dame à beira do Sena.  Imbatível!

O dia estava nublado e a temperatura por volta dos 15 C. , na verdade bem agradável...

 

2)

 Jardin du Luxembourg,  onde assisti à exposição de Marc  Chagall no Musée. 

 

3)

Este chamoso jardim fica bem ao lado de Notre-Dame.  Vejam como  as flores já estão chegando pois a primavera está logo ali!

 

4) 

 Ainda era cedo quando sai, então muitos lugares ainda estavam abrindo.  Mas vejam  que charme este "Salon de Thé" ( Casa de Chá) no meio do Quartier Latin. 

 

5)

Vista do Sena da Ponte dos Cadeados.  Não sei direito , mas parece que os turistas deixam os cadeados lá e fazem um pedido. Alguem sabe qual é a estória?  Há MILHARES deles, dos dois lados da ponte!!

 

6)

Meu quadro preferido na Expo do Chagall.  Como ele gostava de cabras!!( Isto é uma cabra??)  lol

 

7)

Como diz minha mãe... "Em Paris , até a banca de jornal é chique!" 

O pior é que é verdade.

 

 

 

A maravilhosa região do sudoeste da França

Pâmelli, 28.04.11

 

(Foto tirada do carro, em uma das várias estradas por onde passamos...)

 

Bem, já faz mais de um mês que voltamos da Europa. 

Felizmente tomei algumas notas em uma bela agenda de capa dura e PAPEL, lol,  com muitas fotos da região,  que comprei na cidadezinha medieval de Sarlat.  Aliás, taí uma coisa quase impossível de se encontrar hoje em dia : uma agenda tradicional que não seja eletrônica!!

 

Mas, sigamos para o Périgord ( ou a Dordonha)…

Patos, muitos patos e gansos!! Lol  Voilà as primeiras coisas que nos vêm a mente quando pensamos nesta região da França.  Além de muita, muita Pré-história,  arquitetura medieval e , é claro,  como não poderia faltar…castelos!

 

A culinária local:

Ah,  a Terra do foie-gras

Sim, estou falando do famoso ‘fígado de ganso’  ou pato ( foie-gras de-canard) – mais (vulgarmente)  conhecido como ‘patê de fígado’ no Brasil .  Impossível falar na Dordonha sem mencionar esta especialidade local.

E sinto em dizer que este é um de meus guilty pleasures... Uma contradição em minha personalidade pois,  apesar de amante e defensora perpétua dos animais, confesso que como e ADORO foie-gras! (Afinal, todo o mundo tem o seu lado ‘meio bárbaro’, certo?)

   

Coitadinhos dos patos e gansos.  Sinto realmente pela maneira detestável como são engordados e , na livraria onde encontrei a agenda de capa dura – e que tinha vários belos postais da região…- me recusei a comprar um que mostrava justamente uma velha camponesa , usando uma espécie de tubo pra enfiar comida goela abaixo no  pobre bicho.   

 

Que idéia! {#emotions_dlg.annoyed} Isso lá é coisa pra se colocar em um cartão postal??

 

  Mas nesta viagem , ao menos vi uma coisa que me fez sentir um pouco menos culpada cada vez que degusto um belo bloc de foie-gras com uma taça de Prosecco…

 Ao dirigirmos pela região,  vimos várias fazendas de criação de gansos e patos e em muitas delas eles estavam andando LIVRES no meio da natureza.  Sim, isto me serviu como um pequeno consolo  já que os bichos me pareceram bem satisfeitos ( e GORDOS!) , simplesmente, tic-tic-tic… andando pelos campos em grupos e, felizmente, TOTALMENTE IGNORANTES do que estava por lhes acontecer!  (  Ser bicho tem as suas vantagens e alí eu diria que a frase ‘Sou gordo, mas sou feliz…’ até que faria sentido...)

   

Além do world-famous foie-gras, outra especialidade da região é o magret de canard ( escalopes de pato, servidos  em um molho rico…) .  E como não poderia deixar de ser,  aproveitamos para conhecer alguns vinhos locais  - o Bergerac e o Cahors ,  ambos meio ‘rústicos’ e nada a serem comparados à um Bordeaux ou Bourgogne , mas ainda assim,  apropriados para acompanhar a típica cozinha local.

 

História e Cultura no Périgord:

Esta região , no sudoeste da França,  é uma das mais ricas em termos de história e arqueologia.  É alí que se encontra a famosa Caverna de Lascaux ( com suas pinturas pré-históricas) , além de muitas outras, menos conhecidas, mas igualmente fascinantes. 

  Nos três dias que exploramos a região, conhecemos o Vale do Dordogne ( o rio), que é cheio de monumentos e parques pré-históricos  , além de castelos!    Sim, não é somente no Vale do Loire que a França tem castelo saindo pelo ladrão!! lol

 

Sarlat, a cidadezinha onde nos hospedamos, tem cerca de 10.000 habitantes e é uma pequena jóia medieval com suas construções em pedra cor- de- mostarda  ,  uma déli de foie-gras a cada esquina e uma animada rua de comércio .  Alí nos hospedamos no agradável hotel  ‘St. Albert’ , bem no centro,  e jantamos duas noites no ‘Bistrôt de L’Octroi’ – sob a recomendação da recepcionista, que realmente sabia das coisas e nos deu ótimas dicas do que fazer na região.  Aliás, volto a dizer,  os franceses FORA de Paris parecem outra ‘raça’:  São gentis, pacientes e frequentemente até sorridentes!! lol

 Sempre com nosso carrinho alugado , tiramos um dia inteiro somente para explorarmos  o Vale do rio Dordogne e conhecemos algumas cidadezinhas charmosas e românticas como Beynac  , Limeuil e St. Leon- Sur- Vezère…,  cheias de construções românicas( Como esta igrejinha aqui no centrinho de St. Leon...)   – ou seja, da época medieval, pré-gótica. ( Em francês,  é conhecido como o estilo  roman,  e que não tem nada a ver com os romanos!!)

Nota:  Como visitamos  a região fora de temporada ( no inverno)  ,  não tivemos qualquer problema em arrumar hotel, mesmo sem reservas e chegando nas cidades tarde da noite.  Contudo, para quem quiser passar por lá durante a alta temporada, é um MUST fazer suas reservas com antecedência !

 

A Famosa Caverna de Lascaux:

 Nossa visita à caverna de Lascaux II tambem foi muito excitante – principalmente para mim, agora, como estudante de arqueologia.

A gruta foi descoberta em 1940 por dois meninos e seu cão e imediatamente se tornou um ponto turístico famosíssimo.  Contudo, em 1963 foi fechada ao publico já que o número de turistas  (respirando e andando pelo local) estava causando a deterioração das pinturas de mais de 17.000 anos!     A solução foi construírem uma réplica da caverna e das pinturas originais ( alias, muito bem feita!),   e é isso o que hoje em dia os turistas visitam – Lascaux II.  

De minha parte , só pude agradecer aos céus o fato de estarmos lá no inverno e fora da alta  temporada  ( o verão) , pois ainda assim, éramos 40 turistas visitando a caverna de uma vez  – e em algumas partes a coisa fica bem estreita e apertada ( algo nada, nada recomendado para claustrofóbicos como eu…) .  Já imaginaram o pesadelo fazer o mesmo tour no verão, quando, segundo nossa guia,  os grupos chegam a ter 65 pessoas?!!

 A boa notícia é que a temperatura  lá dentro é mantida a 13 graus centígrados constantes – para preservar as pinturas. Então pelo menos ninguem se sente sufocado!  lol.  (Portanto aí vai outra dica:  quem resolver se aventurar a visitar Lascaux II no verão,  lembre-se de levar um casaco dentro da bolsa na hora de entrar na caverna pois a visita lá dentro dura cerca de 45 minutos e uma vez que se entra, não dá mais pra voltar atrás...)

 

O que mais me impressionou em tudo isso?  

A semelhança que não pude deixar de notar entre os cavalos, bisões e touros pintados pelos trogloditas de Cro-Magnon em Lascaux,  e os desenhos dos mesmos animais, feitos no século XX, por Picasso! Lol   Sim,  toda aquela pintura supostamente ‘moderna’ do grande gênio espanhol ,  certamente deve muito da sua inspiração à arte paleolítica de Lascaux ( que Picasso certamente visitou durante os anos que morou, auto-exilado,   na França...) .

 

Ainda antes de deixarmos o Périgord,  dirigimos até a impressionante cidadezinha de Rocamadour - toda construída em cima de um penhasco.  Coisa de louco, linda de morrer e um  absolute must ao se visitar a região!

Nota:  o castelo no topo não está aberto a visitação pública  pois é habitado pelos monges lá do local ou algo assim...( Ao meu ver , uma folga e um grande desperdício turístico!! lol)

 

Paris, a etapa final:

Depois da Dordonha seguimos para Paris para passarmos os últimos dois dias antes de embarcarmos de volta ao Texas. 

Ok, Paris é sempre excitante, mas confesso que fiquei melancólica ao deixar o Périgord.   Pra mim não há melhor lugar na França do que a province –esteja você na Provence ( o sul da França), na região do Vale do Loire ou na Dordonha. De fato, é engraçado: no Brasil e Estados Unidos eu tenho verdadeiro horror  ao campo/interior. A coisa me deprime e entedia terrivelmente!  lol  Já na França,  ( alias, na Europa de um modo geral…) eu simplesmente adoro aquelas cidadezinhas calmas, cheias de história e cultura,  boa culinária e longe do estresse e mal-humor dos europeus metropolitanos.

 Aliás, devo  dizer que  em Paris nós nunca comemos  tão bem quanto na province.  (Bem, talvez se você fôr jantar no Tour d’Argent sua experiência seja realmente inesquecível. Mas este não é o tipo de restaurante que podemos nos dar ao luxo de frequentar…)

  

Anyway,  na capital do Hexagone , resolvemos pegar ‘leve’ e não nos obrigarmos a visitar ou ver nenhum local específico.

Apesar disso, é claro que  não pude deixar de voltar à catedral de Nôtre-Dame ( aqui vista de trás, através do rio Sena...)  , onde desta vez , meu hubby aproveitou para subir nas torres e ver a cidade toda lá do alto ,  enquanto eu segui  até  minha livraria preferida ( a ‘ Gilbert Jeune’) a poucas quadras dalí , no coração do Quartier Latin. ( Em Austin não há livros em francês para se comprar; é preciso ir até Houston! Portanto toda vez que vou à Paris, aproveito pra fazer meu pit-stop na Gilbert Jeune e comprar alguns classiques français...{#emotions_dlg.smile})

À noite tentamos assistir ao balé ‘Coppelia ’ no Opéra  , mas neste dia nossa programação ‘improvisada’ não funcionou.   Os ingressos já estavam todos esgotados.  Resolvemos então passar a noite descansando em nosso apart-hotel ( o Citadines) em Montparnasse,  comendo o foie-gras que eu havia trazido da Dordonha e degustando uma demi-bouteille de Sauternes.  Quem é que vai reclamar?? lol

 

Nossa viagem tinha terminado , mas as doces lembranças de todos os lugares por onde passamos , de todas as belezas históricas que conhecemos e a excelente culinária local e o vinho que degustamos ficariam em nossa memória para sempre.

 

Pois é, caros amigos.  Se a cegonha que me levava ( certamente tendo a França como o seu destino final! )  não tivesse sofrido uma pane mid-flight  e deixado o saco com o bebê  cair no lugar errado...Eu  certamente não teria o menor  problema ou falsa modéstia em dizer para o mundo,  do fundo de minha alma:  'Tenho orgulho de ser francesa!'  

 

Vive la France!  Aujourd’hui et toujours.

 

Visitando o sudoeste da França ( Primeira parte)

Pâmelli, 03.04.11

Afinal hoje volto ao blog para terminar os posts sobre nossa viagem  à Europa.

Na verdade,   já saimos de Austin novamente,  e este fim-de-semana estamos no Colorado – mais precisamente na estação de esqui de Breckenridge onde meu marido gosta de praticar o snowboarding .  ( Ver  posts com tags de ‘Breckenridge’ ou ‘Colorado’)  

Uhm , boa oportunidade para colocar o blog em dia , já que não esquio e aqui estou livre das aulas! Lol

 

Então vamos lá:

Depois da cidade de  Bath,  tivemos de retornar à Londres para pegar o trem que nos levaria até Dover , (na costa da Inglaterra)    para de lá pegarmos o ferryboat para a França. 

A travessia mesmo durou apenas uma hora e meia e o barco era  bem grande e bastante  confortável, com vários ambientes, um bar e uma boa cafeteria.

 

Calais, França

 

Nossa chegada ao  porto de Calais se deu já no final da tarde e ,  até então  ,  tudo o que sabíamos é que queríamos  seguir o quanto antes para a região do Périgord ( ou a Dordonha), no sudoeste da França, pois era lá que pretendíamos passar a maior parte de nossa estadia no Hexagone. 

 Conseguimos um hotel  bom e barato ( o ‘Ibis’)   para passarmos a noite e no dia  seguinte alugamos um carrinho ( um Citroen ‘Picasso’ ,lol)  para seguirmos em nossa  viagem improvisada.

O bom de se viajar de carro é justamente isso.  Não  temos  compromissos com horários de trem,  saídas, chegadas, paradas obrigatórias…  Você segue conforme o vento e sua inspiração e foi exatamente isso o que fizemos!

 

Chartres

 

A medida que seguíamos em direção ao sul,  resolvemos dar  uma parada  de algumas horas na cidade de Chartres.  O objetivo foi visitarmos sua  famosa e gigantesca catedral gótica, que já da estrada, pudemos ver se destacando no meio da paisagem e dos outros edifícios da cidade.  

Naturalmente, em meus estudos de cultura francesa  eu  havia ouvido  falar na catedral de Chartres . Portanto,  estando alí, tão perto e não parar para visitá-la,  me pareceu um absurdo.   Resolvemos então atrasar um pouco nossa viagem  e ,  needless to say,  a visita mais do que valeu  a pena pois não é todo o dia que um americano e uma brasileira ( ainda mais em se tratando de um  agnóstico e uma deísta… Lol)  entram uma  catedral de quase mil anos!!

 

 A catedral de Chartres do Século 12/13 A.D.

 

 

O Vale do Loire

 

A França é aproximadamente do tamanho do Texas – o que significa que não é exatamente pequena.   (Embora muitos americanos e brasileiros pensem que sim…lol).   O resultado é que  depois de nossa parada em Chartres,  ainda tivemos de dirigir  por várias horas até chegarmos  à  charmosa cidadezinha de Blois, no Vale do Loire.    

Eu já havia visitado o castelo de Blois em ’96, com minha mãe e uma amiga ,  mas na ocasião nossa excursão incluía apenas uma visita ao seu castelo do Século XV , já que no mesmo dia ainda iríamos visitar dois outros castelos na região – Chambord e Chenonceau.

 

Desta vez,  optamos em não visitar o castelo por dentro ( apenas o vimos do lado de fora),  mas em compensação aproveitamos para  conhecer melhor a cidade e passarmos a noite lá.   Nosso hotelzinho ( bastante simples, mas muito charmoso) ,   era em  uma construção do Século XV  – o que fez com que meu marido tivesse que se abaixar cada vez que entrávamos no quarto, lol .   

Jantamos em um ótimo restaurante local  ( o ' l’Hôte Antique')  , nada turístico e evidentemente frequentado pelos habitantes locais ,  e lá tomamos o  excelente  vinho de um dos castelos da região ( Cheverny).   No  dia seguinte,  conhecemos a feirinha  de rua  de Blois,  onde meu hubby quase enlouqueceu na barraca dos queijos   pois sua vontade era de experimentar e levar um pedacinho de cada um deles!! Lol)

Ainda antes de deixarmos a  região do Loire e sem resistirmos a parada,   visitamos um outro castelo –  Loches.   É difícil você dirigir 30km no Vale do Loire sem ver algum castelo!!  

A fortaleza data do Século 12 /13 ( a torre)  e 15 ( o castelo propriamente dito...)

   Assim como a cidade de Chartres,  ele simplesmente ESTAVA  no meio de nosso caminho, lol e, apesar de estarmos ansiosos para chegarmos à Dordonha,  como não parar pelo menos para tirar algumas fotos?? 

O dia havia sido longo e com todas as paradas irresistíveis,   não conseguimos chegar à Sarlat – nosso destino final -  aquela noite .  Então, já cansados após várias horas de viagem,  acabamos dormindo na cidade de Brive la Gaillarde,   onde jantamos em uma creperia  e fizemos planos de seguir cedo no dia seguinte para a capital da Dordonha.  

( Fim da primeira parte)

 

 

La Marseillaise

Pâmelli, 15.07.09

 

 E já que hoje ( ainda estamos no 14 de julho na América...) é o dia da Liberte', Égalité , Fraternité na França...   Em outras palavras, o dia que marca o começo da Revolução Francesa de 1789... Que  tal um vídeo duplo com a letra e tradução em inglês da Marseillaise ( O hino francês)?

 

O primeiro é só a música acompanhada de  imagens de alguns dos mais belos lugares e monumentos na França;  o segundo a letra original e completa ( não apenas a primeira parte , que é a que se costuma cantar...) , com a tradução simultânea para o inglês.

 

Em português não me atrevo a traduzir.  É literário  e violento  demais!! 

Mas a mensagem é basicamente essa:

'Cidadãos,  peguem suas armas!  Os soldados ferozes  estão vindo e vão trucidar nossas mulheres e filhos.  Marchem!  Marchem! '  E por aí vai...lol

 

O fato é que o Hino da França data de 1792 ,  uma época quando o país estava 'rodeado de  vizinhos inimigos...'  -   os alemães e ingleses sendo alguns dos piores deles! 

Quem imaginaria naquela época  ver essa  Europa unificada de hoje ,  os países  sem fronteiras , com uma mesma moeda,  um mesmo passaporte !!

 

 A Marseillaise ,  com sua letra tão exageradamente  patriótica, violenta  e xenófoba,  pode  nos  parecer absurda e totalmente  anacrônica hoje em dia.  Mas é um hino  inegavelmente lindíssimo e ...tão francês! 

São poucas,  muito poucas as pessoas que realmente gostariam de vê-lo 'modernizado e atualizado, para se adaptar melhor  aos tempos modernos...' 

  Que ninguem , jamais,  pense em 'reformá-lo' !

 

 

1) Primeiro Vídeo  - Pra quem quer VER...

 

 

2) Segundo Vídeo  - Pra quem quer APRENDER...

 

 

 

A capital

Pâmelli, 21.10.08

  

 

Paris, Paris, Paris...

 

Houve uma época em que eu fui tão,  mas tãooooooo , apaixonada pela 'Ville des Lumières' !

Não mais.

 

É claro que Paris continua sendo a capital da França e uma das cidades mais bonitas e charmosas do mundo. 

Mas muita coisa mudou desde que estive lá pela primeira vez em 88.  ( Ou  será que fui eu que mudei??)

Naquela época era estudante na Alliance Française no Boulevard Raspail .  Passei 6 meses na capital francesa .  Era tão novinha ( tinha 22 anos),  tão ingenua...Achava aquilo o máximo!!

Mas foi minha primeira viagem à Europa.  Meu primeiro contato com a 'civilização' -  saída direto do Rio de Janeiro ...

Adorei tudo.  Os prédios,  a comida, a língua,  a maneira como os parisienses se vestiam, ( ninguem, simplesmente NINGUEM  sabe amarrar uma écharpe em volta do pescoço com o charme de uma parisiense! )   o que pensavam, o que liam e discutiam.

Além de tudo estava apaixonada -  ou pelo menos achava que sim.  :-)

 

Voltei muitas vezes.  Oito ao todo. 

Mudei.  ( Ou foi Paris que mudou??)

 Um ano passado em Lisboa.  Dois em Berlim.   Mais de cinco na América.  Muitas e muitas viagens...

Com certeza fui eu que mudei. 

 

Hoje acho Paris simplesmente  uma bela cidade -  mas tambem bastante suja,  poluída, estressante...

 Com gente demais por todos os lados,  já não tem mais a mesma elegância e glamour de antes .  O French touch  há muito diluído no meio de tanta globalização ( americanização?)

Reparo  nos cabelos oleosos e sujos das pessoas...Em suas roupas surradas e mal lavadas. Todo o mundo sempre  com um cigarro na mão.  Papéis jogados  nas ruas.   Os lindos prédios da cidade  'negros' e com o aspecto enferrujado  de tanta sujeira e poluição!  

 O ar  é pesado...

Paris,  ( I'm so sorry to say it ) simply  doesn't agree with me anymore!  :-(

 

 

 

Ainda assim , o Louvre  não deixou de ser fascinante...

 

As pontes sobre o Sena  continuam lindas,  especialmente a minha favorita :  a Alexandre III

 

O céu (  Ah,  sempre dou sorte em Paris!!) azul e sem uma única nuvem...

Em um café no alto do  Centre-Pompidou ,  comi um sanduíche maravilhoso servido por um garçom  de terno preto de corte  impecável...:-)

A exposição temporária de  Rouault ,  no Centre,  assim como toda a coleção permanente  dos fauves e pintores da École de Paris foi um verdadeiro treat !

O bairro do Ópera continua sendo o meu favorito e sempre animado.    

 

 

A Ópera Garnier sempre linda...  ( Como não lembrar do Fantasma??)

 

Notre-Dame...

Sempre que vou à Paris , nunca posso deixar de visitar Notre -Dame..  Olho para as torres lá em cima e parece que estou vendo o padre libidinoso,  a sensual Esmeralda e o pobre Corcunda jogando chumbo derretido em cima das pessoas lá embaixo... Ah, o genial romance de Victor Hugo! 

 

 

Os bouquinistes  ,  com seus quiosques ao longo do rio Sena , continuam  vendendo seus livros usados ,  as gravuras, as brochuras...

 

                A vontade que se tem é de comprar um monte daquelas bugigangas e encher uma mala inteira!

 

Trouxe dois Zola da livraria Gilbert Jeune,  a minha preferida no Quartier Latin. 

Adoro Zola. Adoro comprar aqueles romances  classiques  que eles vendem no útimo  andar da livraria ...  

 

E os cachorrinhos franceses , heim? :-)

 

 

Sempre que vou à Paris simplesmente tenho que tirar foto de algum cachorrinho parisiense!

Anos atrás tirei uma de um poodle sentado à mesa de um café  ( na cadeira)  , ao lado de sua dona e , como ela e os outros clientes do restaurante ,  simplesmente   observando  os passantes  do outro lado do vidro...

 

 

Sim, Paris continua sendo Paris,  mas muito  tambem mudou.

Eu mudei. 

A maior diferença hoje,  quando viajo para lá ...É que ao término da viagem ,  enquanto sigo de táxi para o aeroporto de volta para casa,   não sinto mais como se meu coração fosse  se partir  ao meio  e eu morrer de tristeza e desgosto.  Em outros tempos eis o que eu  pensava :   

  "  Se o avião explodir e eu morrer , tudo bem.  Como sinto-me  infeliz de estar indo embora!"

 

Hoje eu penso assim  : 

" Foi bom.  Viremos  de novo ,  mas que bom que agora estamos voltando pra casa ! 

 E por falar em casa,  será que a Lilinha e o Senninha ficaram bem durante a nossa ausência ?? "

 

 

A França romana e medieval...

Pâmelli, 16.10.08

Mas , deixando as mazelas cariocas pra trás ,  voltemos aos dias que passamos na França...

 

Após Sête,  seguimos para Carcassonne  ,  que eu sempre tive  vontade de conhecer.

Descobrimos um hotelzinho ao pé do morro ,  bem próximo à entrada da cidadela.

 

Carcassonne é uma cidade para se passar ao menos um dia inteiro e noite. 

Um verdadeiro cenário de conto de fadas,  no seu auge,  ( lá pelo Século 12) ,  foi governada pela família Trencavel, que construiu o castelo e a catedral da cidade.

Tudo foi  divinamente restaurado pelo arquiteto francês Violet -le- Duc no Século 19.

 

Uma vez dentro da cidadela,  visitamos o castelo  ( foto)  ( Chateau Comtal),  a basílica de St. Nazaire ( em estilo românico e gótico) e passeamos por entre as várias lojinhas de suvenirs,   cafés e restaurantes turísticos da cidade. 

 Fizemos um pit-stop em uma crêperie ( restaurante de crêpes) na hora do almoço   e à noite comemos  em uma brasserie  chamada "Le Donjon"   (o lugar parece um 'donjon' moderno e estilizado...:-)) ,  próxima à entrada do castelo.   

( Nome muito  apropriado aliás ,  já que  donjon  se refere à torre central dos castelos medievais  -que frequentemente tinha uma prisão!  - daí o nome dungeon em inglês...)

 

Em seguida ( já a caminho de Avignon, onde deixaríamos o carro no dia seguinte, antes de seguirmos de trem para Paris...)  partimos para Narbonne  ,  outra cidade fundada pelos romanos no sul da França.

Ao contrário de Arles ,  Narbonne hoje tem muito pouco do que restou daquela  época . 

 Ainda assim,  no centro antigo e medieval da cidade,  pudemos visitar o Museu Arqueológico e da Pré-História (  que mostra  boa parte da herança romana de Narbonne ) ,  descobrimos a  'ruína'  de uma antiga rua  ( via) romana   ( na foto)

 

 

e visitamos o Horreum - um conjunto subterrâneo do Século 1 a.c. ,  que era usado  como armazém ,   já que Narbonne era naquela época  um importante porto e a capital da província romana na Gália. 

 

Resolvemos então seguir para Nîmes ( afinal eu queria fazer o 'triângulo romano'  :-)) - Arles, Nîmes e Narbonne) ,  já que a cidade fica bem próxima de Avignon, onde deveríamos chegar no dia seguinte.  

(Eu havia estado em Nîmes  igualmente no ano anterior e tido  a oportunidade de conhecer o enorme anfiteatro , assim como o templo da Maison Carrée - ambos da época romana .)

 

Já passava das 8 da noite quando chegamos lá.  Deixamos o carro no hotel e seguimos à pé até a área nos arredores do anfiteatro a procura de um restaurante. 

No dia seguinte começariam as ferias   ( os festivais e touradas) de Nîmes e a cidade  já estava cheia de turistas . 

Conseguimos  o último quarto do hotel -  o único que  tinha sobrado e  que era  sem chuveiro no apartamento  , apenas no corredor!!.  Ainda assim demos sorte de encontrar um lugar pra ficar  no centro turístico da cidade,   já que não tínhamos feito qualquer reserva .

 

O passeio à noite pelo centro de Nîmes em direção ao restaurante que nossa recepcionista recomendou foi muito agradável  e àquela hora da noite o anfiteatro romano  me pareceu ainda mais impressionante.  ( O de Nîmes é ainda maior e  está mais bem preservado do que o de Arles...)

 Nosso jantar  aquela noite  foi um dos melhores que tivemos  na França : 

 O lugar se chamava  "Le Cheval Blanc"    ( Cavalo Branco) - afinal a Camargue não estava muito longe dalí. :-)) ... E tanto o gazpacho quanto o foie-gras estavam de tirar o chapéu! 

Adorei especialmente os quadros nas paredes ( bem modernos, lembrando um pouco Picasso) .  O ambiente é no  estilo 'casual-elegant' ( chique sem frescura)  e o lugar, apesar de  bem animado ,  não deixa de ser romântico.  O preço, contudo,  é um pouquinho salgado - principalmente para quem ganha em dólar hoje em dia...  :-(  ( MANY THANKS  George W. Bush for f*cking*&%up the economy!! )

 Anyway,   assim encerramos nosso tour pelo sul da França .

 

 

No dia seguinte pegaríamos o TGV ( o trem bala francês)  rumo à Paris, onde ficaríamos apenas 3 dias , antes de retornarmos aos E.U... 

Ainda ao longo do Rhône...

Pâmelli, 27.09.08

 

 

 

 Vienne foi uma gracinha.  E não -  não estávamos na capital da Áustria , e sim em uma pequena cidade histórica na região do Vale do Rhône na França.

 

O pequeno povoado foi invadido pelos romanos no Século 1 antes de Cristo e ainda daquela  época podemos visitar hoje,  entre outras coisas ,  o templo de Augusto e Lívia  ( em ótimo estado!) , assim como o teatro romano ao pé do monte Pipet, onde subimos com o grupo em um trenzinho...:-)  Este foi um dos maiores anfiteatros romanos da França, podendo acomodar mais de 13 mil espectadores!  Hoje é usado para  uma variedade de eventos , incluindo um festival de  jazz em julho.

De cima do morro há uma vista excelente da cidade, incluindo as ruínas de um castelo...

 

 

Ainda outra construção belíssima em Vienne é a Catedral de St. Maurice - um monumento medieval , construído entre os séculos 12 e 16.  O estilo é uma mistura do românico e gótico.

 

Já a cidadezinha de Tournon-sur-Rhône eu achei bem sem graça.

Não sei quem foi que programou nosso dia alí mas , pessoalmente,  achei ridículo ao invés de  nos levarem para conhecer o castelo da cidade ( uma construção do  Século XV  e que hoje abriga o museu de história local...) ,  fazerem com que visitássemos uma loja ( bem sem graça , diga-se de passagem...) de chocolates às 10 HORAS DA MANHà e depois um museu com pinturas de um artista local ,  completamente sem interesse e totalmente desconhecido do público em geral .

 É verdade que o tempo tambem não ajudou , já que estava nublado e chuviscando...

O que 'salvou' o dia,  foi quando fomos para o outro lado do rio ( ponte)   visitar o povoado de Tain l'Hermitage, famoso por seus vinhedos,  onde pudemos fazer uma degustação de alguns dos melhores Côtes du Rhône.

 

Algumas horas mais tarde chegamos à Viviers, onde teríamos  uma 'excursão à pé noturna'  ... ( Isto  lá  é coisa que se invente de fazer com um grupo de velhinhos ??!   Realmente ,  o Viking deveria escolher melhor a pessoa encarregada de planejar os passeios e excursões  do cruzeiro...)

Enfim,  aquilo  deveria ter sido meio pitoresco , mas a programação teve de ser mudada de última hora já que a chuva tinha aumentado e agora incluía relâmpagos e trovoadas espetaculares!  ( Pra mim tudo bem,  desde que eu não esteja em um avião...lol)

 

A nossa 'animadora de bordo' , Claudia ,   era austríaca (  Os europeus do norte que me desculpem,  mas acho que 'animadores de bordo' deveriam sempre ter sangue latino...Quer dizer,  QUENTE :-)) ; Quer  dizer  ANIMADO !!  -  Quem sabe um  italiano,  um argentino ou até um  brasileiro!  lol ) .

A moça   tinha uma vozinha de dar sono e um risinho sem graça insuportável . ( Tanto meu marido , quanto  um senhor da Carolina do Norte , que gostava muito de sentar-se conosco,  reviravam os olhos cada vez que a moça pegava no microfone...:-))

Enfim,  Cláudia ,  que era ainda nova na tripulação do Viking , ao anunciar o cancelamento da programação noturna em Viviers , resolveu informar  igualmente aos viajantes de que ' as usinas nucleares da região estavam em alerta por causa do temporal...' 

 Aquela noite acho que teve muito velhinho a bordo que não dormiu direito.  lol

É que , conforme nos disse o gerente do hotel/navio na noite do jantar do Capitão:

 

" Nossa animadora de bordo deu mais  informação do que os turistas precisavam  saber.    Mas a moça é  nova no trabalho e ainda inexperiente... "

 

O pior , pensei,  era a vozinha e a risada.

ISTO,  com certeza,  não vai melhorar com a idade nem a experiência...

 

 

Lá fora , durante o dia , a paisagem era sempre serena . De vez em quando avistávamos um castelo ou mansão à beira do rio.  

 

 

 Volta e meia passávamos por uma usina nuclear   e frequentemente por um dos 'locks'  ( comportas ??). 

Interessante aquilo.    Abre porteira,  fecha porteira.  Sobe  o nível do rio  ,  desce  o nível...

Mas pra dizer a verdade , nunca consegui entender direito o mecanismo do negócio.  Coisa de engenheiro, construtor ... - ou pra quem gosta de números , cálculos etc..  Yuk !

 Como de hábito,  eu preferi me concentrar na comida,  nos passeios, na história ,  nos castelos e ruínas locais.

E , é claro,  nos vinhos...