Categoria de post : turismo/viagem
( Já faz alguns dias que voltamos para casa, mas aqui vai o post que escrevi do carro, na estrada, voltando do Colorado para o Texas…)
Nesta semana que passamos no Colorado, como sempre, ficamos hospedados na cidadezinha de Breckenridge - que é uma das mais antigas e históricas da região , além de conhecida estação de esqui no inverno. (Para saber mais, clique no tag “Colorado” do Parada).
Desta vez, ao invés de alugarmos bicicletas (nesta época do ano os passeios de bicicleta pela região são muito populares…), resolvemos COMPRAR as nossas, lol. Também já não era sem tempo: as lá de casa estavam mais velhas que o Matusalém!
O bom aqui no Colorado , é que as lojas compram bicicletas novas no verão para alugar para os turistas, e no outono, se desfazem delas praticamente novas. Ou seja: você pode fazer um bom negócio comprando uma bicicleta de ótima qualidade, semi-nova e a um preço camarada. Daí que agora, dirigindo de volta ao Texas, seguimos com elas penduradas no rack, atrás do carro, lol.
Mas voltando ao Colorado…
As belas e imponentes “Rocky Mountains” são a marca registrada do estado , e nesta época do ano ( o outono) muitas aspens ficam amarelas.( Como se chamam estas árvores em português?) Aliás, vale lembrar que a estação de esqui mais famosa e badalada ( para não dizer metida…) dos E.U., fica a apenas duas horas e pouco de Breckenridge e se chama , precisamente, ASPEN! ( A ver o post que escrevi sobre o lugar no mesmo setor –tags- mencionado acima).
Anyway , no dia seguinte da compra das bicicletas, resolvemos explorar a área em volta de Vail, que é a outra estação de esqui dos “ricos e famosos ”. Eu, confesso que , como turista não-esquiadora, não sou nada impressionada com o lugar. Afinal, ao contrário de Breckenridge e outras cidadezinhas na região, Vail não é, nem nunca foi uma cidade. Trata-se apenas de um ski resort( literalmente, uma “estação de esqui”) e , a meu ver, é uma espécie de “Brasília do esqui”, já que foi criada artificialmente em 1962, no meio das Rocky Mountains. ( Já para quem é esquiador “sério”, assim como meu marido, as pistas de esqui em Vail são as melhores de todas as da região, batendo inclusive as da famosa Aspen e as do luxuoso resort de Beaver Creek…).
Mas, como este blog é escrito por uma brasileira NÃO esquiadora, lol, o que posso dizer de bom sobre Vail é que há várias ótimas trilhas para se andar de bicicleta nos seus arredores ( apenas na primavera, verão ou começo do outono). Nós, por exemplo, descobrimos uma super agradável , no meio de uma paisagem belíssima , que sai do centrinho da “cidade” (o Vail Village) e segue pelo Gore Valley Trail , passando ao lado do campo de golfe. Realmente, um percurso muito lindo, salpicado por algumas casas ‘desbundantes’, lol , cercado de aspens por todos os lados e o melhor (pelo menos pra mim!): com a trilha asfaltada e com poucas subidas íngremes.
Neste dia almoçamos no centro de Vail , em um restaurante italiano chamado “Vendeta’s “ , que para nossa surpresa, tinha até um sanduíche de Reuben muito bom e uma pizza bem decente . O senão foi a garçonete, que era podre de antipática! ( Será isso o normal por ali??) E não. Caso estejam imaginando, não estávamos mal vestidos , nem com cara de “pobres”, lol. Aliás, aqui nos E.U. , não existe este “conceito” de alguém ser esnobado num lugar “por estar mal vestido” - até porque a maioria das pessoas – inclusive quem tem dinheiro!- se veste muito mal.
Whatever. So much for Vail.
Mas o dia ainda não tinha terminado e como já estavamos naquela região, resolvemos seguir ( de carro) até Beaver Creek , outro ski resort, aberto na década de 80 e com a fama de ser ainda mais high classe e metido do que Vail.
De fato, as lojas em Beaver Creek são claramente mais upscale. Havia, por exemplo, uma bela galeria com esculturas em bronze de alguns célebres Americanos como Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e o antigo cowboy e ex-presidente Ronald Reagan. ( O cara era um babaca, mas até que era bonitão…) Havia também uma loja de “cashemirs da Escócia”, cujo item mais ‘em conta’ ficava por volta dos $400!
O fato é que Beaver Creek, com toda a sua ‘perfeição artificial de reduto de milionários’ ( alí nem mesmo os passarinhos se atrevem a sujar as ruas!) , assim como Vail, me deu aquela sensação esquisita de estar visitando uma ‘bolha esterilizada , onde nada realmente sobrevive sem uma máscara de oxigênio.
Apesar do resort estar completamente deserto nesta época do ano, não pude evitar de pensar que mesmo na alta temporada do esqui, quando o lugar fica cheio, Beaver Creek é desprovido de ALMA . Falta uma história. Faltam bairros. Falta uma população local e até mesmo cocô de passarinho nas ruas! Lol É tudo ‘perfeitinho’ demais para ser real. O que nos fez pensar: Afinal, onde moram as pessoas que TRABALHAM alí ??
Com certeza, em alguma cidadezinha da região.
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Antes de seguirmos de volta à Breckenridge, ainda demos um pulo até o vilarejo de Minturn, a poucos quilômetros dali, e que é TUDO o que Vail e Beaver Creek não são : simples e despretensioso. De fato, o lugarzinho tem apenas uma rua principal , mas é 100 genuíno!
Há uns dois ou três restaurantes , uma ou outra lojinha e um pequeno hotel simpático. Mas o local para se fazer um devido pit-stop em Minturn é um autêntico Saloon ( aquele tipo de bar bem “ faroesteano”, típico do final do Século 19…) – o único do local.
Trata-se de uma construção em madeira, de aparência bem rústica por fora, mas muito charmoso por dentro. O bar é cheio de posters e fotos de pessoas famosas que passaram por lá –todos assinados e dedicados ao dono. A maioria é de esquiadores , alguns pilotos de corrida , políticos famosos e até mesmo um do Clint Eastwood!
Pois é. Parece que até mesmo os “ricos e famosos” às vezes se enchem de tanto luxo e, após passarem o dia esquiando em Vail ou Beaver Creek, dão sua escapulida até a bucólica Minturn para uma cerveja ou margarita em seu típico Saloon no estilo do Velho Oeste. E a propósito: a única coisa que não é típica alí é a comida , que ao invés de ser Americana é Mexicana, mas, que surpreendentemente, combina com a rusticidade do local.
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Ok, agora estamos de volta a estrada e hoje à noite já dormiremos em Amarillo, no Texas. ( Confesso que já estou com saudades do Colorado).
And guess what… Justo agora, acabei de ver algo de muito especial na estrada! Uma visão quase anacrônica por estas bandas: um pequeno grupo de búfalos pastando!
Sim, em 2012, ainda restam uns poucos deles para contar a história…
E ainda nesta viagem:
Visita a cidadezinha de Frisco - que não é estação de esqui, mas que fica bem perto de várias delas e tem o seu próprio charme e simpatia ...
( A Main Street, ou rua principal...)
e, last but not least, uma parada especialmente interessante no Royal Gorge!
O Canyon tem cerca de 15 metros de largura em sua base, e 380 de altitude.
Em baixo, o rio Arkansas cortando através do granito das Rocky Mountains.
Isto , gente, é o Colorado!