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Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

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O curso que saiu pela culatra

Pâmelli, 04.07.13

Categoria de post:  desabafo

 

Puxa,  faz séculos que postei algo no blog pela última vez!

Depois que voltamos da França,  já comecei  (e , thank God!)  estou quase terminando  meu primeiro curso de verão na U.T. -  um curso de “antropologia”  intitulado “ Política de raça e violência no Brasil” .  (Ai.   Já deu pra sentir o drama, né?)

Eu poderia ficar uma hora aqui só escrevendo sobre isso.  Mas o resumo é o seguinte: Depois daquele curso penoso e chatérrimo  de latim,  pensei em seguir um cujo o assunto eu  já “conhecesse razoavelmente”.  A idéia era levar a coisa de uma maneira mais light (mesmo que o tema  não fosse exatamente um romance à la Jane Austen…) e ganhar mais  3 créditos para o meu minor,  que afinal,  é Antropologia. Wow , ledo engano!    

Mas, como é que  eu poderia imaginar que, numa universidade Americana,  texana,  eu  toparia justo com  uma professora  TOTALMENTE radical,  petista, e 100% pró-favelados brasileiros?? {#emotions_dlg.barf}

 

Ok,  a moça é inteligente,  doutora , preparada… Mas , talvez por ser uma Americana  negra ,  vê racismo e preconceito  em TUDO!  Chega a ser paranóica.  Pior:    Os textos e artigos que nos faz ler são,  em sua maioria ,  escritos por “ scholars”  brasileiros, igualmente radicais, petistas e pró-favelados! (Há uma ou outra exceção).  Alguns,  apesar de seus PhD’s , são pessoas  visivelmente frustradas e complexadas; aqueles típicos intelectuais falidos, que pouco trabalham e muito estudam – e que DETESTAM  “pessoas que usam sapatos italianos e pisam em chão de mármore nos apartamentos dos  Jardins Paulistas”.     

Em suma,  o curso tem sido um outro martírio pra mim, que sou obrigada a ouvir a professora ensinar em classe que “todos os policiais no Brasil são criminosos e frequentemente membros do esquadram da morte” ;  que lugares como o Morro do Alemão não são favelas, e sim ‘bairros’ do Rio de Janeiro;    que a Baixada Fluminense não é um lugar perigoso;  que o BOPE é composto por  policiais sanguinários , que matam o povo inocente das favelas a torto e a direito;  ,  que o governo brasileiro vem sistematicamente,  desde os tempos da abolição, praticando o “genocídio” contra os negros no Brasil, entre outras coisas,  “esterilizando mulheres negras sem o seu conhecimento” ,  e por aí vai.   

Eu , é claro que não ouço essas barbaridades calada e ontem mesmo  soltei o verbo , quando não aguentava mais ouvir tamanha  apologia das favelas e dos “coitadinhos” dos favelados.  Então virei-me   para a a turma e disse:

“Minha gente,  eu cresci num bairro bom,  classe media ,  da cidade do Rio de Janeiro.  Não cresci no meio de tiroteio , nem de traficantes.   No entanto , como mesmo os bairros bons no Rio estão rodeados de favelas por todos os lados,  já fui atacada e assaltada mais de uma vez ao sair ou voltar para casa.  Mais:  todos os meus amigos e conhecidos,  já foram igualmente  assaltados pelo menos uma vez.  Vocês acham isso normal?? Pois esta  é a realidade da classe media no Brasil.    Acontece que nós lá,  ao contrário de vocês aqui nos  E.U.  , não temos uma segunda emenda em nossa Constituição,   que nos dê o direito de  comprarmos  uma arma e dar um tiro na cara de um ladrão que esteja invadindo  nossa casa,  para nos  assaltar, nos  estuprar ou quem sabe assassinar.  Tudo o que nós,  a classe media no Brasil ,  podemos fazer para nos proteger,   é colocar  uma grade de ferro envolta de nossas casas,  comprar um cachorro e rezar! “ 

O silêncio na sala foi total.  A professora reconheceu que eu tinha o meu ponto de vista, embora não tenha tomado o meu lado. ( Afinal ela está convencida que quem não é favelado no Brasil,  só pode pertencer a elite branca,  racista e opressora)

 

Outro dia  a "antropóloga ativista" nos mostrou  um pedaço do Show da Xuxa, numa cena que fazia troça de um casal de caipiras e uma negra. O  quadro, que era completamente  ridículo,  racista e de mal gosto, era para ser  ‘engraçado’.  Então ela  completou dizendo que “ milhares de brasileiros assistem e adoram o  programa” .  Eu repliquei dizendo que o show da Xuxa era igual ao do Jerry Springer nos E.U. – ou seja,  um programa visto principalmente por gente sem instrução e  de gosto bem duvidoso.     Ela revidou dizendo  que  “ pelo menos 80% dos brasileiros assistiam” , ao que eu respondi que   ‘não duvidava,  já estávamos falando de um país do terceiro mundo..’   e por aí vai. 

Enfim,  esse é o curso no qual eu me inscrevi , pensando que iria ter um break nesse verão.   Um verdadeiro tiro que saiu pela culatra!

 O jeito agora é esperar e rezar pro próximo ser mais agradável  , ou pelo menos neutro , lol .  O tema será sobre o Oriente Médio -  então só pode ser melhor!!

 Só espero desta vez pegar um professor árabe ,  original do lugar  -  e não um outro Americano   transplantado,  fazendo trabalho etnográfico nos piores antros do país e depois querer vir nos ensinar  o quão” injusta, horrível e permeada de racismo e injustiça é a vida de alguns pobres diabos por lá.”

E quanto a classe media?  Onde é que estão os seus aliados e defensores??   

 

A mais bela região da França

Pâmelli, 01.06.13

 

Bom, já faz uma semana que voltamos da França!

Depois dos dias passados em Paris,  meu hubby chegou e juntos partimos para a Côte D’Azur.  Foi em Nice (a “capital” da região),  que resolvemos ficar estacionados,  e  lá alugamos um carrinho (um Fiat 500) para explorarmos um pouco a região.

 

O Sul da França é , sem dúvida,  a mais bela  e fascinante  região do Hexagon – principalmente se você gosta de sol, mar, boa mesa, cultura e história!

Ali é tudo de bom:  a comida mediterrânea,  o alegre colorido das construções, a riqueza da história local,  a influência italiana (Nice pertenceu à Itália até cerca de 1860…), o bom humor das pessoas e o seu savoir-vivre , aquele ar leve e seco e é claro,  o maravilhoso Mar Mediterrâneo com sua cor azul turquesa do jeito que não se  vê em nenhum outro lugar no planeta .  Ok,  talvez o mar do Caribe chegue perto…

 

Bem,  primeiro saimos de Paris de trem (o TGV, que é o trem-bala francês…) e durante mais ou menos 6 horas pudemos apreciar todo o beautiful French countryside e,  ao chegar na costa,  os lindos vilarejos e cidades mais famosas , como Cannes e Antibes  , que ficam  na beira do mar.  A vista , principalmente nesta última parte da viagem, é linda demais!

 

Uma coisa que aproveitei para fazer nestas duas semanas de França foi colocar meu francês em dia, já que aqui no Texas,  como bem se pode imaginar,  não tenho muita oportunidade de praticar a língua.  Quer dizer,  foi T.V. francesa todos os dias no hotel,  quatro  filmes franceses em Paris (3 comédias e um documentário sobre o Presidente François Hollande) e por fim,  a leitura de  um romance  que está muito anunciado em cartazes espalhados nas várias estações de metrô na capital:  o mais recente  thriller de Jean Christophe Grangé intitulado “Le Passager”.  ( Ele é uma espécie de Dan Brown francês,  embora  imagino eu,  não tão rico quanto!  lol).  Estou ainda no começo, pois o livro tem quase mil páginas,  but so far so good!

 

Anyway,  em se tratando da França e em especial da Côte D’Azul,  melhor do que qualquer escrita,  mais vale deixar aqui algumas fotos tiradas na região. 

 

Voilà la Côte D’Azur !   (nome mais  apropriado para um lugar tão AZUL e iluminado  não há...)

 

É como eu sempre digo:  Deus era  HOMEM  -   e francês!  lol

Está claro,  não? {#emotions_dlg.pimp}

 

 

1)

A Promenade des Anglais de Nice - o "calçadão" deles {#emotions_dlg.smile}

 

 

2)

Na Vieille Ville , ou parte antiga de Nice, a influência italiana nas construções.

 

3)

Reprodução de um quadro de Dufy na praia de Nice.  É claro que alguns dos maiores pintores do mundo se mudaram exatamente para a o Sul da Franca - no wonder! Nota:  a praia é de pedras, portando é uma boa ideia levar uns sapatos de praia para nadar...

 

4)

Esse beaglezinho de apenas oito meses estava viajando no trem de Paris para a Côte D'Azur. Aqui, estamos no vagão restaurante.  Isso é uma das coisas que eu gosto  na França: os cachorros entram em todo lugar! ( Coisa de país rico e civilizado, hehehe). E um extra bónus para os childfree:  tem muito pouca gente viajando com crianças pela Côte d'Azur!  lol.  Pelo menos nesta época do ano.

 

5)

Cafezinho da manhã bem francês com baguetes fresquinhas e o café-crème como só francês sabe fazer.  Paradinha no alto do morro, no vilarejo de Eze,  a caminho de Mônaco onde passamos o dia. 

 

6) 

Vista da Baia de Monte Carlo.  Cidade bonita mas meio 'estressante'-  com muitos prédios altos , em pouco espaço.  Me lembrou Miami:  o tipo de lugar meio show off; de gente que gosta de "See and be seen".  É o ideal para quem tem muita adrenalina no corpo e gosta de desfilar com modelos - tipo os pilotos de F1!  ( Pra quem gosta de mais romance e sossego,  eu sugiro Antibes...)   Apesar disso, os monegascos são muito simpáticos e o Museu Oceanográfico  e Aquário, no alto do morro, valem definitivamente uma visita. Jacques Cousteau costumava ser o seu diretor...

 

7)

O balneário de Antibes foi o nosso preferido.  Aqui,  demos uma longa caminhada beirando a costa em direção à Vieille Ville - a parte antiga da cidade.

 

8)

Casa fofa no meio do caminho: Tudo azul: as janelas, o céu e principalmente o mar!

 

9)

Um dos vários iates dos milionários na costa em Antibes.  A região é pra quem pode e principalmente quem SABE viver!  ( Ai, que se um dia meu livro 'Copadrama' virar um sucesso, me mudo pra lá no dia seguinte! lol)

 

10)

Pra quem quer nadar em praia com AREIA,  é só seguir até Juan les Pins, a uns vinte quilômetros de Nice...

 

11)

Gaivotas?? , felizes e privilegiadas, porque vivem na Côte D'Azur...{#emotions_dlg.smile}

 

 

"Billie Holliday", o show em Paris

Pâmelli, 18.05.13

Ontem fui assistir ao show "Billie Holliday" com minha amiga americana  e seu namorado  no teatro Rive Gauche.

Simplesmente fantástico!!

A cantora tem um nome esquisito : Viktor Laslo (o mesmo do personagem de Casablanca...) e incarnou a grande Billie de maneira impressionante.

Francesa,  canta em inglês,  com uma voz belíssima e praticamente sem sotaque.

O grupo,  que toca com ela, (incluindo  um sax, um piano, um baixo e bateria) também é excelente.  Adorei em especial o pianista!

O teatro,  pequeno e charmoso, fica  bem no centro do animado bairro de Montparnasse.

O espetáculo está em cartaz desde abril e já está perto de terminar , mas o sucesso tem sido tão grande que eles fizeram uma "prolongation" por mais alguns dias.

 

Então aí  vai a dica:  Se você estiver em Paris por estes dias e adora jazz,  este é simplesmente  imperdível!  Em "Billie Holliday" você vai poder ouvir todos os seus grandes sucessos, intercalados com bits and pieces de sua estória. 

 

Sugestão final:   Antes do show,  vá comer uma crêpe em uma das várias crêperies ao longo da rue de la gaité,  a mesma do teatro. 

 

P.S.  Este post é dedicado à D. Isolda, que teria AMADO o show e , com certeza, conhecia TODAS as músicas !! {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

1)

 Teatro Rive Gauche, pouco  antes do espetáculo.  SHOW!

 

2)

"Les Cormorans" - uma das várias crêperies ao longo da Rue de la gaité,  a poucos metros do teatro.

 

 

 

De volta ao Musée D'Orsay e Louvre

Pâmelli, 17.05.13

  Ontem  a programação foi ir ao Musée D’Orsay para assistir  a duas expos :  uma sobre o “romântico gótico -  de Goya à Max Ernst"  e a outra de uma coleção particular com quadros de Vuillard, Bonnard, Matisse e outros grandes do começo do Século XX. 

 

O Orsay é o museu que abriga a mais famosa coleção impressionista em Paris,  mas como tanto minha amiga (que mora na França metade do ano) quanto eu já conhecíamos seu acervo  permanente,  decidimos usar nosso tempo lá apenas para ver as duas exposições temporárias.   E é claro,  aproveitar o museu em si!  - que é , ao meu ver,  o  mais bonito e charmoso de Paris já que faz parte de uma antiga estação de trem da  Belle Époque parisiense.

 

À noite fui me encontrar com outra amiga que mora em Paris e que me levou para jantar em um restaurante especializado na comida da região central da França , o Auvergne.  Pra falar a verdade,  achei a coisa muito parecida com a comida alemã:  muita salsicha e com acompanhamento de batata.  Mas,  como estamos na França,  é claro que a salsicha estava ótima e a truffade ( espécie de puré de batata com queijo)  idem. 

 

  

Já hoje minha escapulida foi no Museu do Louvre , principalmente  para ver  a parte de arte da Grécia e Roma antiga.  (Como já conheço bem o acervo de pinturas do museu, desta vez me concentrei na parte da Antiguidade Clássica e o período Hellenístico,  que têm a ver com o curso que acabei de fazer na Universidade do Texas).

 

Finalmente , duas  coisas que tenho notado em especial desde que cheguei aqui:  1) Todo lugar em Paris , seja nas ruas, nos cafés, nos museus está INFESTADO de brasileiros!  Arre.  O que é isso??  Qualquer hora dessas eles vão bater os turistas japoneses em concentração por metro quadrado!

E, 2)  Como os garçons estão gentis e sorridentes em todos os restaurantes  e cafés da cidade!! lol Isso mesmo,  pasmem.   Aliás , as pessoas de um modo geral, (até aquelas que trabalham nos guichés das estações de metro e que costumam ser as mais insuportáveis...)  estão todas muito mais afáveis e até sorridentes!  É que parece que o governo francês anda fazendo uma campanha pedindo aos franceses para tratarem melhor os turistas and guess what... a ideia pegou! 

Então, se você é daquelas pessoas que diz que não gosta de vir à França porque os franceses são podres ( digo, de personalidade...) e tratam os turistas mal,   pense novamente.  {#emotions_dlg.smile} 

 

 

E agora,  algumas fotos que tirei nestes  dois últimos dias  na Ville des Lumières:

 

1)

O lindíssimo Musée D'Orsay visto de uma ponte sobre o rio Sena...

Coleção Impressionista impressionante em uma antiga estação de trem da Belle Époque.

 

2)

O restaurante Belle Epoque do museu.  (Recomendo este ao invés do outro ,  mais moderno - principalmente para aqueles com o espírito romântico, lol .

 

3)

 Vista de dentro do museu com o seu belo relógio...  Outra coisa boa do Orsay é que ele é bem menos tumultuado que o Louvre!

 

4)

As duas exposições temporárias que assistimos no Musée D'Orsay.

Desta vez não vimos nossos quadros impressionistas preferidos.

 

5)

Na estrada do Louvre, debaixo da pirâmide,  formigueiro total.  Tem gente DEMAIS neste planeta! {#emotions_dlg.barf}

 

6)

Gente saindo, entrando e cruzando por todos os lados. É preciso ter MUITA paciência e determinação para visitar o museu mais famoso do mundo.

 

7)

Estas moedas são da época de Alexandre o Grande e seu pai , Phillipe II.  Adorei por causa do meu recente curso na U.T. !

 

8)

 Esta amphore , da Grécia Antiga,  tem pelo menos 2500 anos.

 

9)

 A famosíssima Venus de Milo, descoberta em 1820 na ilha grega de Melos,  data de 120 A.C.  Pra variar,  formigeiro humano total em volta.  

 

10) 

Quando sai do Louvre estava começando a chover.  Então, aproveitei para entrar num café ao longo do Sena e tomar uma soupe à l'oignon ( a clássica sopa de cebolas francesa) .  Mas antes,  tirei esta foto da Pont Neuf com a Torre Eiffel ao fundo. {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Paris, a recompensa!

Pâmelli, 14.05.13

Ah,  Paris!

Afinal, após o término de meus cursos na U.T.  , eis que me encontro aqui na Ville des Lumières!  

Boa escapulida depois de tanto trabalho chato e penoso, principalmente naquele curso de latim.  Urgh, como eu penei!  Mas pelo menos acho que fiz bem nas provas finais...

 

Pois então.  Esta semana estou em Paris.  Vim sozinha, uma semana antes de meu marido,  já que ele teve que ficar trabalhando na Dell Hell, coitado.  

Cheguei ontem, morta e acabada, após um vôo de mais de nove horas em slum classNeedless to say,  dormi menos de 2 horas,  até porque 90% do tempo tivemos turbulência.  Mas tudo bem.  Agora a  recompensa está aqui e se chama: PARIS. {#emotions_dlg.smile}

  

Hoje,  meu  dia  foi só para matar a saudade, depois de 2 anos!

Foram 4 horas de caminhada praticamente ininterrupta pelo Quartier Latin,  passando pelos  Boulevards St. Germain,  St. Michel,  fazendo um pit-stop em  Notre-Dame e finalmente seguindo até o Jardin du Luxembourg onde está havendo uma  exposição do Chagall .  Ufa!

 

Agora estou aqui no meu apart-hotel em Montparnasse,  esticando as pernas após um almocinho de salade de mâches , baguette e queijo brie.  Tem coisa mais francesa?? lol

 

Enfim,  voilà algumas fotos que tirei hoje durante minha excursão a pé por um dos bairros mais charmosos de Paris:

 

1)

Vista de Notre-Dame à beira do Sena.  Imbatível!

O dia estava nublado e a temperatura por volta dos 15 C. , na verdade bem agradável...

 

2)

 Jardin du Luxembourg,  onde assisti à exposição de Marc  Chagall no Musée. 

 

3)

Este chamoso jardim fica bem ao lado de Notre-Dame.  Vejam como  as flores já estão chegando pois a primavera está logo ali!

 

4) 

 Ainda era cedo quando sai, então muitos lugares ainda estavam abrindo.  Mas vejam  que charme este "Salon de Thé" ( Casa de Chá) no meio do Quartier Latin. 

 

5)

Vista do Sena da Ponte dos Cadeados.  Não sei direito , mas parece que os turistas deixam os cadeados lá e fazem um pedido. Alguem sabe qual é a estória?  Há MILHARES deles, dos dois lados da ponte!!

 

6)

Meu quadro preferido na Expo do Chagall.  Como ele gostava de cabras!!( Isto é uma cabra??)  lol

 

7)

Como diz minha mãe... "Em Paris , até a banca de jornal é chique!" 

O pior é que é verdade.

 

 

 

Coisas da Vida

Pâmelli, 19.10.12

Faz  tempo que não passo por aqui!!

Nossa,  nem parece que sou eu quem publico no Parada!! Lol

 

A verdade é que tenho estado meio ocupada com outras coisas – inclusive com o meu atual programa no ACC .  ( Este semestre estou seguindo um curso em Western Civilization , ou História do Ocidente).  Ah,  e afinal tirei o meu diploma de Associate's Degree em Antropologia! {#emotions_dlg.smile}

 

 

Mas, o que tenho de novidades ou assuntos que gostaria de abordar no Parada??

Nada de especial.

No entanto,  há dois ou três pontos que gostaria de mencionar rapidamente...

 

Primeiro:  ( A boa novidade) -   Agora temos aqui em Austin uma música e cantora de Bossa Nova!   Seu nome é Paula Maya e ela costuma tocar em vários lugares da cidade.

Finalmente!  Na  "Cidade da Música" (como a capital do Texas  gosta de se auto-intitular ) ,  é vergonhoso que não haja sequer um único  clube de jazz que se preze. ( O tal do Elephant Room é uma pobreza de lugar e com uns grupinhos bem chinfrim...) 

 

 

Segundo:  Gostaria de saber... Quem foi o MÉDICO  ( e tenho certeza que só pode ter sido um HOMEM , pois uma mulher jamais inventaria um troço desses! )  que inventou aquele aparelho de tortura da era moderna ,  o que faz a Mamografia??  ( Mamogram,  em inglês). 

Ok,  é certo que ele ‘salva vidas’ , já que detecta cedo o problema do câncer de mama... Mas sinceramente,  não dava para inventarem algo menos horrível e doloroso??

Duvido que os homens do planeta se adaptariam e aceitariam uma versão  , digamos,  ‘pênisgrafia’ ou ‘sacografia’   para detectarem o câncer naqueles seus  "arredores".  Nunca!

Eles simplesmente  não fariam o exame preventivo.    

 

Tenho certeza que , se os homens  precisassem fazer  um exame  desses todo ano,  após os quarenta anos,  com certeza algum médico  já teria inventado um aparelho menos horroroso. Mas o  fato é que o aparelho da mamografia  já existe há mais de 30 anos e ninguém até hoje  pensou em desenvolver algo mais 'moderno'  - quer dizer,  algo menos feio, duro, frio e  doloroso  para a mulher .

 

Ok,  então que pelo menos inventassem uma 'pílula' , para ficarmos meio doidonas na hora do exame!  

Sabem o que eu faço antes de entrar na sala?   Eu levo na bolsa uma garrafinha de uísque ( daquelas que se usava antigamente  em avião , lol) e tomo umas "goeladas" antes de encarar o aparelho.   No kidding!

 

Então, já que isto não é do interesse dos homens... 

MULHERES médicas, cientistas, gênios femininos... , POR FAVOR ,  inventem algo de mais novo , moderno e   menos horripilante para nós!!   Já  está mais do que na hora!!  

 

Terceiro e último:  ( Uma nota sobre minha professora de Western Civilization) :

Ela é muito boa, profissional e gente fina.  Uma pessoa agradável mesmo.   Ensina da maneira antiga :  sem qualquer uso de Powerpoints ou a Internet.  Em suma:  sua aula é 100% 'lecture' (Apresentação,  discurso oral).

   

Mas Professor B. tem duas coisas que  nos distraem muito:  um cabelo MUITO  perturbador!  Lol ( Crespíssimo e num tom de vermelho horripilante,   parecendo uma bruxa medieval...) e uma voz CHATÉRRIMA ;  com um timbre desagradável,  de personagem malvado ( tipo bruxa velha)  de  filme de criança.  É sério. 

Muito estranho, pois ela tem um corpo super jovem ( magra e alta,   com cara de trinta e poucos) , mas o rosto e a voz bastante envelhecidos.  Imagino que deva estar por volta dos cinquenta  anos.

 

Então fico eu  ali,  sentada na primeira fila  e pensando:  Puxa como eu gostaria de lhe dar uma dica de uma cor de cabelo ( um castanho douradinho...) que lhe cairia bem e lhe deixaria tão mais jovem e bonita! 

Já quanto à voz de bruxa velha,  penso que umas aulas de impostação melhorariam  consideravelmente o seu timbre cavernoso...

 

Será que eu lhe mando um bilhetinho anônimo??  lol

 

 

Explorando o Colorado

Pâmelli, 01.10.12

Categoria de post : turismo/viagem

 

( Já faz alguns dias que voltamos para casa, mas aqui vai o post que escrevi do carro,  na estrada,  voltando do Colorado para o Texas…)

 

   Nesta semana que passamos no Colorado,  como sempre,  ficamos hospedados na cidadezinha de Breckenridge - que é uma das mais antigas e históricas da região , além de conhecida estação de esqui no inverno.  (Para saber mais,  clique no tag  “Colorado” do Parada).  

Desta vez, ao invés de alugarmos bicicletas (nesta época do ano os passeios de bicicleta pela região  são muito populares…), resolvemos COMPRAR as nossas, lol.   Também já não era sem tempo:  as lá de  casa  estavam mais velhas que o Matusalém!

 

   O bom  aqui no Colorado ,  é que  as lojas compram  bicicletas novas no verão para  alugar para os turistas, e no outono,  se desfazem delas  praticamente novas.  Ou seja: você   pode fazer um bom negócio comprando uma  bicicleta  de ótima qualidade, semi-nova e a um  preço camarada. Daí que agora,  dirigindo de volta ao Texas,  seguimos  com elas penduradas no rack, atrás do carro, lol. 

 

   Mas voltando ao Colorado…

   As belas e imponentes “Rocky Mountains” são a  marca registrada do estado ,  e nesta época do ano ( o outono) muitas aspens ficam amarelas.( Como se chamam estas árvores em português?)   Aliás, vale lembrar que a estação de esqui mais famosa e badalada ( para não dizer metida…)  dos E.U.,   fica a apenas duas horas e pouco  de Breckenridge e se chama , precisamente,  ASPEN! ( A ver o  post que escrevi sobre o lugar no mesmo setor –tags- mencionado acima).  

 

   Anyway , no  dia seguinte da compra das bicicletas,  resolvemos explorar a área em volta  de  Vail,  que é a outra estação de esqui dos “ricos e famosos ”. Eu,  confesso que ,  como turista não-esquiadora,   não sou nada impressionada com  o lugar.  Afinal,  ao contrário de Breckenridge e outras cidadezinhas na região,  Vail não é,  nem nunca foi uma cidade.  Trata-se apenas de um ski resort( literalmente, uma “estação de esqui”) e , a meu ver, é uma  espécie de “Brasília do esqui”, já que foi  criada artificialmente em 1962,  no meio das Rocky Mountains.  ( Já para quem é esquiador “sério”, assim  como meu marido,  as pistas de esqui em Vail  são as melhores de todas as da região,  batendo inclusive as da famosa Aspen e as do luxuoso resort de Beaver Creek…).

   Mas,  como este blog é escrito por uma brasileira NÃO esquiadora, lol,    o que posso dizer de bom sobre Vail é que há várias ótimas trilhas  para se andar de bicicleta nos seus arredores ( apenas na primavera, verão ou começo do outono).   Nós, por exemplo,  descobrimos uma super agradável ,  no meio  de uma paisagem belíssima ,  que sai  do centrinho da “cidade”  (o Vail Village) e segue pelo Gore Valley Trail , passando ao lado do campo de golfe.  Realmente, um  percurso muito lindo, salpicado por algumas casas  ‘desbundantes’, lol ,  cercado de  aspens por todos os lados e o  melhor (pelo menos pra mim!):  com a trilha asfaltada e com poucas subidas íngremes. {#emotions_dlg.smile}

   Neste dia almoçamos no centro de Vail , em um restaurante italiano chamado “Vendeta’s “ , que para nossa surpresa, tinha até um sanduíche de Reuben muito bom  e uma pizza bem decente . O senão foi a  garçonete, que era  podre de antipática! ( Será isso o normal por ali??)  E não.  Caso estejam imaginando,  não estávamos mal vestidos , nem com cara de “pobres”, lol.  Aliás, aqui nos E.U. ,  não existe este “conceito” de alguém ser esnobado num lugar  “por estar mal vestido” -  até porque a maioria das pessoas – inclusive quem tem dinheiro!- se veste muito  mal. 

  WhateverSo much for Vail.

Mas o dia ainda não tinha terminado e como já estavamos naquela região, resolvemos seguir ( de carro) até Beaver Creek  ,   outro ski resort, aberto na década de 80 e  com a fama de ser ainda mais high classe e metido do que Vail.   

De fato,  as lojas em Beaver Creek são claramente mais upscale.  Havia, por exemplo,  uma bela galeria com esculturas em bronze de alguns célebres Americanos como Benjamin Franklin,  Thomas Jefferson e o antigo cowboy e ex-presidente Ronald Reagan. ( O cara era um babaca, mas até que era bonitão…)  Havia também uma loja de “cashemirs da Escócia”, cujo item mais ‘em conta’ ficava por volta dos $400! 

O fato é que Beaver Creek,  com toda a sua ‘perfeição artificial de reduto de milionários’ ( alí nem mesmo os passarinhos se atrevem a sujar as ruas!) ,  assim como Vail,  me deu aquela sensação esquisita   de estar visitando uma ‘bolha esterilizada , onde nada realmente sobrevive sem uma máscara de oxigênio.   

Apesar do resort estar completamente deserto nesta época do ano, não pude evitar de pensar que mesmo na alta temporada do esqui, quando o lugar fica cheio, Beaver Creek  é desprovido de ALMA . Falta  uma história.  Faltam bairros.  Falta uma população local  e até mesmo  cocô de passarinho nas ruas! Lol  É tudo ‘perfeitinho’ demais para ser real.   O que nos fez pensar:  Afinal,  onde moram as pessoas que TRABALHAM  alí ?? 

Com certeza, em alguma cidadezinha  da região.

--

 Antes de seguirmos de volta à Breckenridge,  ainda demos um pulo até  o vilarejo de Minturn, a poucos quilômetros dali, e que é TUDO o que  Vail e Beaver Creek não são :   simples e despretensioso. De fato, o  lugarzinho tem apenas uma rua principal , mas é  100 genuíno!    

 Há uns dois ou três restaurantes , uma ou outra lojinha e um pequeno hotel simpático.  Mas o local para se fazer um devido pit-stop em Minturn é um autêntico Saloon ( aquele tipo de bar bem “ faroesteano”, típico do final do Século 19…) – o único do local.

Trata-se de uma construção em madeira, de aparência  bem rústica por fora, mas muito charmoso por dentro.  O bar é cheio de posters e fotos de pessoas famosas que passaram por lá –todos assinados e dedicados ao dono.  A maioria  é de esquiadores , alguns pilotos de corrida ,  políticos famosos  e até mesmo um do  Clint Eastwood!  

  Pois é. Parece  que até  mesmo os “ricos e famosos” às vezes  se enchem  de tanto luxo e,  após passarem o dia esquiando em Vail ou Beaver Creek,   dão sua escapulida até a bucólica Minturn para uma cerveja  ou margarita em seu típico Saloon no estilo do Velho Oeste.  E a propósito: a única coisa que não é típica alí é a comida , que ao invés de ser Americana é Mexicana,  mas, que  surpreendentemente,  combina com  a rusticidade do  local.

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Ok,  agora estamos de volta a estrada e hoje à noite já dormiremos em Amarillo, no Texas. ( Confesso que já estou com saudades do Colorado). 

And guess what… Justo agora,    acabei de ver algo de muito especial na estrada!  Uma visão quase anacrônica por estas bandas:  um pequeno grupo de búfalos pastando!  

Sim,  em 2012,   ainda restam uns poucos deles para contar a história… 

 

E ainda nesta viagem:

 

Visita a cidadezinha de Frisco - que não é estação de esqui, mas que fica bem perto de várias delas e tem o seu próprio charme e simpatia ...

 ( A Main Street, ou rua principal...)

 

e, last but not least,  uma parada especialmente interessante no Royal Gorge!

    

O Canyon tem cerca de 15 metros de largura em sua base, e 380 de altitude. 

Em baixo,  o rio Arkansas cortando através do granito das Rocky Mountains.

Isto , gente,  é o Colorado!  {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Missão Cumprida!

Pâmelli, 04.09.12

Categoria de post:  diário

 

Já faz uma semana que voltei da Flórida com minha cunhada, e ela para a Califórnia.

Nossa estadia em St. Augustine (cujo objetivo desta vez foi o de arrumar e decorar o apart lá) posso dizer que foi um sucesso:  nós realmente compramos tudo o que  precisava -  desde a cama, até os talheres!  - e eu (sozinha) limpei tudo e deixei o lugar pronto para alugar.  

Fizemos tudo em uma semana (Ufa!) , e no final deixei  na mão de uma imobiliária local.

 De fato,  o lugarzinho é perfeito para dois adultos ( um casal ou dois amigos/as), já que trata-se de um “quarto e sala” ,  todo mobiliado,  a dez minutos do centro da cidade e uns 15 da praia.

 

Quanto à St. Augustine...  A cidade é um charme! {#emotions_dlg.smile}  

Linda , histórica,  com um claro ‘sabor europeu’ e uma praia longuíssima ,  de areia branca e águas calmas.  

Uma verdadeira pérola na costa atlântica.

 

Minha cunhada foi muito profissional e prestativa e me ajudou com bem mais do que aquilo pelo qual eu a tinha “contratado”.

Mas Infelizmente,  fora do "contexto profissional" ,  não combinamos em nada , já que somos MUITO diferentes em tudo:

Ela  não gosta de cultura, não tem o menor interesse em explorar e conhecer lugares novos,  se alimenta pessimamente,  leva uma vida ultra sedentária e vive  grudada diante da televisão ou teclando no seu i-phone 24 horas por dia. Em suma:  uma típica Americana.  Já eu,  posso dizer que sou exatamente o seu oposto! lol 

Sendo assim,  acho que nós duas merecemos um prêmio por termos nos entendido tão bem durante nossa estadia - incluindo 4 dias de viagem de carro! - na Flórida e ainda por cima dividindo um lugar tão pequeno.  O segredo, penso,  foi sabermos respeitar o  espaço , as manias, as diferenças e principalmente as limitações  de cada uma.  Por exemplo:  ela tem pavor de aranhas;  eu de sapo.  Ela sabe instalar e montar tudo dentro de casa;  eu cozinho.  Ela tem um ótimo senso de direção; eu sou do tipo que se perde até nos percursos conhecidos !  lol    Mas uma coisa nós temos em comum:  somos MUITO rápidas e objetivas na hora de decidir as coisas  ( Do contrário nunca teríamos conseguido fazer tanto em tão pouco tempo! )

 

Agora , de volta ao Texas,  já comecei meu novo curso no ACC e este ,  Western Civilization ( Civilização Ocidental)  , eu estou ADORANDO! {#emotions_dlg.smile}    (Sim,  eu já me formei e tirei o meu Associate’s  Degree em Antropologia,  mas agora  comecei a fazer o próximo curso rumo ao Bachelor’s Degree).   O programa inclui tudo o que eu mais gosto:  história e literatura europeia!   E a professora , for once,  é magra,  “jovem” ( deve estar lá pelos seus quarenta e caqueradas , assim como eu , lol) e aparentemente cheia de vida , gozando de  boa saúde  e entusiasmo.  Um contraste e tanto com o meu ultimo professor , o astrônomo, coitado. 

 

E agora, algumas fotos da nossa viagem até St. Augustine, no sempre alegre e alto-astral Sunshine State:

 

1)

 O hotel onde ficamos, na praia de Long Beach, em Gulfport no estado do Mississippi.  Fica  na metade do caminho entre Austin , TX e St. Augustine, FL.  O lugar é super sossegado e a praia no Golfo do México,  imensa,  com a areia branquíssima e fina.  O cenário perfeito para uma estória da Agatha Christie , não acham? lol

 

2)

A linda auto-estrada,  I 10,  que cruza  o norte da Flórida de leste à oeste .  É assim o tempo todo:   quase sem curvas e rodeada de árvores!

 

3)

 Em St. Augustine, o bondinho turístico cruzando a rua Avilés,  a mais antiga da cidade -  e consequentemente dos E.U. ,  já que St. Augustine é a cidade mais antiga da América.   E   o "Sol , Brasileiríssimo" - o restaurante brasileiro que acabou de abrir lá e onde comemos  bolinhos de bacalhau, moqueca e tomamos  caipirinha ...{#emotions_dlg.tongue}

 

4)

A ótima praia de St. Augustine - areia branca,  água limpa e muito, muito espaço pra se caminhar, se deitar e ficar sossegado.

( Em época de feriado e fim-de-semana fica mais cheia, mas nunca tumultuada e entupida de gente ).

Ah,  que a Flórida é a MINHA praia! 

 

 

5)

E o condo,  depois de arrumado e limpo. 

Como dizem os alemães:  Klein aber fein!  ( Pequeno mas bonitinho) 

 

Viva a Flórida - hoje e sempre!

 

 

 

Em St. Augustine, Flórida

Pâmelli, 22.08.12

Faz quatro dias que chegamos em St. Augustine , na Flórida,  e já adiantamos praticamente tudo no apartamento.

Afinal, parece que minha ideia de "contratar" minha cunhada "free spirit"  foi brilhante , já que além de esperta, rápida e despachada... ela não tá nem aí para as excentricidades, fobias ou maluquices dos outros.  Tambem não julga ninguém.  (Não se "horrorizou" , por exemplo,  com o fato de eu não saber colocar gasolina no carro ( meu santo marido faz isso pra mim lá em Austin...),  de eu ter pavor de baratas e sapos e não saber ( nem querer !) NADA  sobre i-phones,  texting e outras coisas eletrônicas.  Tambem não se horrorizou de eu não saber montar NADA - já que tudo quanto é americano monta, instala  e conserta tudo dentro de casa,  seja uma estante de 10 prateleiras,  seja uma privada quebrada!

 

Minha conclusão é a seguinte:  minha cunhada,  primeiro,  não é do tipo de pessoa que julga os outros;  segundo:  ela teve uma vida tão conturbada ( gravidez na adolescência, problemas com drogas, prisões,  reformatórios,  o fato de  ser brigada com a mãe e a filha, não ter endereço fixo  etc...etc...) e conhece e se dá com TANTA gente maluca e desequilibrada - sem falar naquelas pessoas que já passaram pela polícia...-  que no final das contas,  passar alguns dias  COMIGO ,   deve ser como passar alguns dias com uma freira num convento! (Só que com uma freira NADA religiosa... lol)

O fato é que estamos nos dando muito bem e ela,  que trabalhou tantos anos gerenciando condominios em Los Angeles ,  sabe  tudo sobre as coisas de casa e me ensinou bastante.  Até aprendi a fazer a cama do jeito profissional, como se faz nos hotéis! 

 

Bom,  agora estou aqui no meu café preferido-  o Panera (  ao contrário da maioria dos americanos eu NÃO frequento o Starbucks!) , num sossego bendito,  updating o blog, ao som de uma música suave,  com meu descafeinado e bagel de aveia com  mel .

 

Já quanto ao apart...

Quem tivesse visto o antro onde chegamos no sábado à noite  ( eu devia ter tirado uma foto!)... Totalmente imundo, sem móveis, com as luzes queimadas e o cheiro empestiante de cigarro no ar... Não acreditaria que somente 3 dias depois , já transformamos o lugar em um agradável e charmoso cantinho para se passar as férias .

 

 Hoje, vamos sair apenas para comprar umas almofadas  e alguns quadros. 

 

Quem sabe , em sua próxima visita à Flórida,  você  não queira ir passar alguns dias na linda e histórica St. Augustine e alugar o "cantinho da Pâmelli"? {#emotions_dlg.smile}

 

O lugar fica a apenas 10 minutos de carro do centro e uns 15 ou 20 da praia ( que fica do outro lado , na barrier island...).

Definitivamente uma "Parada Essencial"!

 

P.S.  Da próxima coloco umas fotos do condo

 

 

Com o pé na estrada e escrevendo do carro...

Pâmelli, 18.08.12

Bom,  meu curso no ACC ( Austin Community College) finalmente terminou e agora estou pronta para receber meu diploma, ou Associate’s Degree em Antropologia!  

Professor R.  sobreviveu até o final do curso de Astronomia e eu,  aprendi bastante sobre a nossa galáxia, os planetas e a origem do Universo.  ( ou pelo menos o que os astrônomos imaginam ter acontecido).

 

Agora , minha próxima “aventura” ( ou desafio, lol)  é chegar na Flórida,  de carro e  em companhia de minha cunhada! ( Que não é lá muito "normal" , lol) .  São pelo menos dois  dias de viagem!

É que meu  marido desta vez não veio, já que está muito sobrecarregado no seu trabalho estas últimas semanas.  Então resolvi “contratar” minha cunhada ( que está desempregada já há algum tempo e que recentemente cruzou TODO o continente Americano , de leste à oeste, sozinha e num carrinho caindo aos pedaços!)    para me levar até St. Augustine,  na Flórida.  Uma coisa não se pode negar:  ela tem coragem e experiência em dirigir longas distâncias!!  

 

Acontece que em Abril último,  quando estivemos lá,  comprei um pequeno “quarto e sala”  para alugarmos  quando não estivermos usando, e usarmos quando quisermos  escapulir até lá. É o meu pézinho na Flórida! {#emotions_dlg.smile}

 A verdade é que com a crise,  os preços dos imóveis nos E.U. – e em especial na Flórida -  despencaram.   Péssimo para quem já tinha imóveis, mas  muito bom para quem quer adquirir um.  Não é a toa que tem tanto brasileiro comprando casa e apartamento em Miami!!  Imagine: com o preço de um conjugado na ultra decadente  Copacabana, no Rio de Janeiro, hoje em dia você compra um bom apartamento ou casa em qualquer cidade na Flórida!!  Vai entender.

 

Anyway…  O fato é que o meu lugarzinho está fechado desde o mês passado,  quando meu inquilino saiu depois de não pagar o último mês.   Bom,  eu dei Graças à Deus de pelo menos ter me livrado do cara!  

Agora estou indo lá para comprar o que falta ( que é praticamente TUDO!) e decorar o lugar para alugar para os turistas por temporada.  Afinal , a Flórida tem turismo o ano inteiro!  

Então agora aqui estamos nós  no meio da estrada ,  deixando o Texas e prestes a entrarmos na Louisiana.  Hoje à noite dormiremos na cidade de Gulfport , na costa do estado do Mississippi , mais ou menos na metade do caminho.  São cerca de 12 horas de viagem!  

 

Quanto à minha cunhada…

Sua vida e a de seus amigos,  têm material de sobra para eu  escrever um segundo “Copadrama”! Cada estória de revirar o estômago e arrepiar os cabelos.  Quer dizer, eu  , aqui sentada no banco do carona,  vou só escutando as enxurradas de desgraças e pegando alguns “subsídios”  para o meu próximo romance.   Podem aguardar.

 

Em todo caso,  acho que minha ideia de “contratá-la” para me levar até St. Augustine foi uma boa.  Ela vai passar alguns dias em uma linda cidade de praia no Sunshine State e ainda volta pra California ( onde mora) com um dinheirinho extra no bolso.  E eu,   posso simplesmente me sentar aqui e  update o meu blog ,  ou  adiantar a leitura do meu livro de “História do Brasil” , do Eduardo Bueno ( alias,  excelente!)

 

É claro que se eu estivesse na Europa,  estaria fazendo esta  viagem de trem – que é meu meio de transporte preferido.    Mas aqui nos E.U. ,  você só tem basicamente  duas opções para viajar pelo país:  ou dirige, ou vai de avião. 

No primeiro caso, apesar das estradas serem ótimas e seguras,  não dirijo sozinha.    No segundo… Como já  escrevi em  mais de um  post no Parada:   Você geralmente vai espremida entre dois gordos,  o avião fede à fast-food ( já que muita gente leva a própria “marmita” pra comer na viagem,), os voos costumam ter mais turbulência do que no hemisfério Sul e os  pilotos ( provavelmente com medo de algum processo no caso de alguém se machucar…) levam HORAS até desligar o aviso de “aperte os cintos” – o que faz com que você seja  obrigada a permanecer sentada  a maior parte da viagem,  não apenas espremida, mas também APERTADA.  Sheer hell

 

Pois é,  já  vai longe o tempo em que viajar de avião era uma coisa civilizada...