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Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

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"Billie Holliday", o show em Paris

Pâmelli, 18.05.13

Ontem fui assistir ao show "Billie Holliday" com minha amiga americana  e seu namorado  no teatro Rive Gauche.

Simplesmente fantástico!!

A cantora tem um nome esquisito : Viktor Laslo (o mesmo do personagem de Casablanca...) e incarnou a grande Billie de maneira impressionante.

Francesa,  canta em inglês,  com uma voz belíssima e praticamente sem sotaque.

O grupo,  que toca com ela, (incluindo  um sax, um piano, um baixo e bateria) também é excelente.  Adorei em especial o pianista!

O teatro,  pequeno e charmoso, fica  bem no centro do animado bairro de Montparnasse.

O espetáculo está em cartaz desde abril e já está perto de terminar , mas o sucesso tem sido tão grande que eles fizeram uma "prolongation" por mais alguns dias.

 

Então aí  vai a dica:  Se você estiver em Paris por estes dias e adora jazz,  este é simplesmente  imperdível!  Em "Billie Holliday" você vai poder ouvir todos os seus grandes sucessos, intercalados com bits and pieces de sua estória. 

 

Sugestão final:   Antes do show,  vá comer uma crêpe em uma das várias crêperies ao longo da rue de la gaité,  a mesma do teatro. 

 

P.S.  Este post é dedicado à D. Isolda, que teria AMADO o show e , com certeza, conhecia TODAS as músicas !! {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

1)

 Teatro Rive Gauche, pouco  antes do espetáculo.  SHOW!

 

2)

"Les Cormorans" - uma das várias crêperies ao longo da Rue de la gaité,  a poucos metros do teatro.

 

 

 

De volta ao Musée D'Orsay e Louvre

Pâmelli, 17.05.13

  Ontem  a programação foi ir ao Musée D’Orsay para assistir  a duas expos :  uma sobre o “romântico gótico -  de Goya à Max Ernst"  e a outra de uma coleção particular com quadros de Vuillard, Bonnard, Matisse e outros grandes do começo do Século XX. 

 

O Orsay é o museu que abriga a mais famosa coleção impressionista em Paris,  mas como tanto minha amiga (que mora na França metade do ano) quanto eu já conhecíamos seu acervo  permanente,  decidimos usar nosso tempo lá apenas para ver as duas exposições temporárias.   E é claro,  aproveitar o museu em si!  - que é , ao meu ver,  o  mais bonito e charmoso de Paris já que faz parte de uma antiga estação de trem da  Belle Époque parisiense.

 

À noite fui me encontrar com outra amiga que mora em Paris e que me levou para jantar em um restaurante especializado na comida da região central da França , o Auvergne.  Pra falar a verdade,  achei a coisa muito parecida com a comida alemã:  muita salsicha e com acompanhamento de batata.  Mas,  como estamos na França,  é claro que a salsicha estava ótima e a truffade ( espécie de puré de batata com queijo)  idem. 

 

  

Já hoje minha escapulida foi no Museu do Louvre , principalmente  para ver  a parte de arte da Grécia e Roma antiga.  (Como já conheço bem o acervo de pinturas do museu, desta vez me concentrei na parte da Antiguidade Clássica e o período Hellenístico,  que têm a ver com o curso que acabei de fazer na Universidade do Texas).

 

Finalmente , duas  coisas que tenho notado em especial desde que cheguei aqui:  1) Todo lugar em Paris , seja nas ruas, nos cafés, nos museus está INFESTADO de brasileiros!  Arre.  O que é isso??  Qualquer hora dessas eles vão bater os turistas japoneses em concentração por metro quadrado!

E, 2)  Como os garçons estão gentis e sorridentes em todos os restaurantes  e cafés da cidade!! lol Isso mesmo,  pasmem.   Aliás , as pessoas de um modo geral, (até aquelas que trabalham nos guichés das estações de metro e que costumam ser as mais insuportáveis...)  estão todas muito mais afáveis e até sorridentes!  É que parece que o governo francês anda fazendo uma campanha pedindo aos franceses para tratarem melhor os turistas and guess what... a ideia pegou! 

Então, se você é daquelas pessoas que diz que não gosta de vir à França porque os franceses são podres ( digo, de personalidade...) e tratam os turistas mal,   pense novamente.  {#emotions_dlg.smile} 

 

 

E agora,  algumas fotos que tirei nestes  dois últimos dias  na Ville des Lumières:

 

1)

O lindíssimo Musée D'Orsay visto de uma ponte sobre o rio Sena...

Coleção Impressionista impressionante em uma antiga estação de trem da Belle Époque.

 

2)

O restaurante Belle Epoque do museu.  (Recomendo este ao invés do outro ,  mais moderno - principalmente para aqueles com o espírito romântico, lol .

 

3)

 Vista de dentro do museu com o seu belo relógio...  Outra coisa boa do Orsay é que ele é bem menos tumultuado que o Louvre!

 

4)

As duas exposições temporárias que assistimos no Musée D'Orsay.

Desta vez não vimos nossos quadros impressionistas preferidos.

 

5)

Na estrada do Louvre, debaixo da pirâmide,  formigueiro total.  Tem gente DEMAIS neste planeta! {#emotions_dlg.barf}

 

6)

Gente saindo, entrando e cruzando por todos os lados. É preciso ter MUITA paciência e determinação para visitar o museu mais famoso do mundo.

 

7)

Estas moedas são da época de Alexandre o Grande e seu pai , Phillipe II.  Adorei por causa do meu recente curso na U.T. !

 

8)

 Esta amphore , da Grécia Antiga,  tem pelo menos 2500 anos.

 

9)

 A famosíssima Venus de Milo, descoberta em 1820 na ilha grega de Melos,  data de 120 A.C.  Pra variar,  formigeiro humano total em volta.  

 

10) 

Quando sai do Louvre estava começando a chover.  Então, aproveitei para entrar num café ao longo do Sena e tomar uma soupe à l'oignon ( a clássica sopa de cebolas francesa) .  Mas antes,  tirei esta foto da Pont Neuf com a Torre Eiffel ao fundo. {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Paris, a recompensa!

Pâmelli, 14.05.13

Ah,  Paris!

Afinal, após o término de meus cursos na U.T.  , eis que me encontro aqui na Ville des Lumières!  

Boa escapulida depois de tanto trabalho chato e penoso, principalmente naquele curso de latim.  Urgh, como eu penei!  Mas pelo menos acho que fiz bem nas provas finais...

 

Pois então.  Esta semana estou em Paris.  Vim sozinha, uma semana antes de meu marido,  já que ele teve que ficar trabalhando na Dell Hell, coitado.  

Cheguei ontem, morta e acabada, após um vôo de mais de nove horas em slum classNeedless to say,  dormi menos de 2 horas,  até porque 90% do tempo tivemos turbulência.  Mas tudo bem.  Agora a  recompensa está aqui e se chama: PARIS. {#emotions_dlg.smile}

  

Hoje,  meu  dia  foi só para matar a saudade, depois de 2 anos!

Foram 4 horas de caminhada praticamente ininterrupta pelo Quartier Latin,  passando pelos  Boulevards St. Germain,  St. Michel,  fazendo um pit-stop em  Notre-Dame e finalmente seguindo até o Jardin du Luxembourg onde está havendo uma  exposição do Chagall .  Ufa!

 

Agora estou aqui no meu apart-hotel em Montparnasse,  esticando as pernas após um almocinho de salade de mâches , baguette e queijo brie.  Tem coisa mais francesa?? lol

 

Enfim,  voilà algumas fotos que tirei hoje durante minha excursão a pé por um dos bairros mais charmosos de Paris:

 

1)

Vista de Notre-Dame à beira do Sena.  Imbatível!

O dia estava nublado e a temperatura por volta dos 15 C. , na verdade bem agradável...

 

2)

 Jardin du Luxembourg,  onde assisti à exposição de Marc  Chagall no Musée. 

 

3)

Este chamoso jardim fica bem ao lado de Notre-Dame.  Vejam como  as flores já estão chegando pois a primavera está logo ali!

 

4) 

 Ainda era cedo quando sai, então muitos lugares ainda estavam abrindo.  Mas vejam  que charme este "Salon de Thé" ( Casa de Chá) no meio do Quartier Latin. 

 

5)

Vista do Sena da Ponte dos Cadeados.  Não sei direito , mas parece que os turistas deixam os cadeados lá e fazem um pedido. Alguem sabe qual é a estória?  Há MILHARES deles, dos dois lados da ponte!!

 

6)

Meu quadro preferido na Expo do Chagall.  Como ele gostava de cabras!!( Isto é uma cabra??)  lol

 

7)

Como diz minha mãe... "Em Paris , até a banca de jornal é chique!" 

O pior é que é verdade.

 

 

 

Alto astral em dose dupla

Pâmelli, 05.12.12

Bem,  quem frequenta o Parada regularmente com certeza notou a mudança nas cores no cabeçalho do blog. 

Pois é.  Achei que já estava na hora de mudar o visual um pouquinho...

Mas que sufoco! 

Ok, eu confesso que em matéria de informática sou um zero à esquerda;  anarfa em último nível... Mas ainda assim, o Sapo bem que poderia fazer a parte da "configuração" e , em especial,  a de colocar fotos no blog mais simples!!

 

Anyway,  a foto antiga ( em tom de rosa  e com um pedaço de sol no horizonte...) foi tirada em Jericoacoara, no Ceará, já faz alguns anos.

 

Já o azul  da atual, mostra somente o céu de St. Augustine, após um lindo dia de sol.

 

    Voilà a foto original,  que eu intitulei de "Pôr-do-sol em Vilano Beach"     

                                                                            

Afinal,  o azul turquesa  e o verde esmeralda ( as cores do mar na Florida ) são minhas cores preferidas; a Florida o meu estado preferido e  St. Augustine minha cidade  preferida nos E.U. , lol! 

Sendo assim,  queira ou não,  a partir de hoje  ao entrar no Parada  você vai tambem estar dando uma paradinha em St. Aug!   {#emotions_dlg.smile}

 

 

E agora,  pra finalizar  ( este é pra galera que já passou dos 40...),  quem se lembra do The Hues Corporation e o seu mega disco hit  "Rock the Boat" , de 1974?  

 

Eu consigo me ver na praia de St. Augustine, dançando ao som desses caras , lol! 

Você não??

 

 
 
 
 

 

 

 

 

 

Explorando o Colorado

Pâmelli, 01.10.12

Categoria de post : turismo/viagem

 

( Já faz alguns dias que voltamos para casa, mas aqui vai o post que escrevi do carro,  na estrada,  voltando do Colorado para o Texas…)

 

   Nesta semana que passamos no Colorado,  como sempre,  ficamos hospedados na cidadezinha de Breckenridge - que é uma das mais antigas e históricas da região , além de conhecida estação de esqui no inverno.  (Para saber mais,  clique no tag  “Colorado” do Parada).  

Desta vez, ao invés de alugarmos bicicletas (nesta época do ano os passeios de bicicleta pela região  são muito populares…), resolvemos COMPRAR as nossas, lol.   Também já não era sem tempo:  as lá de  casa  estavam mais velhas que o Matusalém!

 

   O bom  aqui no Colorado ,  é que  as lojas compram  bicicletas novas no verão para  alugar para os turistas, e no outono,  se desfazem delas  praticamente novas.  Ou seja: você   pode fazer um bom negócio comprando uma  bicicleta  de ótima qualidade, semi-nova e a um  preço camarada. Daí que agora,  dirigindo de volta ao Texas,  seguimos  com elas penduradas no rack, atrás do carro, lol. 

 

   Mas voltando ao Colorado…

   As belas e imponentes “Rocky Mountains” são a  marca registrada do estado ,  e nesta época do ano ( o outono) muitas aspens ficam amarelas.( Como se chamam estas árvores em português?)   Aliás, vale lembrar que a estação de esqui mais famosa e badalada ( para não dizer metida…)  dos E.U.,   fica a apenas duas horas e pouco  de Breckenridge e se chama , precisamente,  ASPEN! ( A ver o  post que escrevi sobre o lugar no mesmo setor –tags- mencionado acima).  

 

   Anyway , no  dia seguinte da compra das bicicletas,  resolvemos explorar a área em volta  de  Vail,  que é a outra estação de esqui dos “ricos e famosos ”. Eu,  confesso que ,  como turista não-esquiadora,   não sou nada impressionada com  o lugar.  Afinal,  ao contrário de Breckenridge e outras cidadezinhas na região,  Vail não é,  nem nunca foi uma cidade.  Trata-se apenas de um ski resort( literalmente, uma “estação de esqui”) e , a meu ver, é uma  espécie de “Brasília do esqui”, já que foi  criada artificialmente em 1962,  no meio das Rocky Mountains.  ( Já para quem é esquiador “sério”, assim  como meu marido,  as pistas de esqui em Vail  são as melhores de todas as da região,  batendo inclusive as da famosa Aspen e as do luxuoso resort de Beaver Creek…).

   Mas,  como este blog é escrito por uma brasileira NÃO esquiadora, lol,    o que posso dizer de bom sobre Vail é que há várias ótimas trilhas  para se andar de bicicleta nos seus arredores ( apenas na primavera, verão ou começo do outono).   Nós, por exemplo,  descobrimos uma super agradável ,  no meio  de uma paisagem belíssima ,  que sai  do centrinho da “cidade”  (o Vail Village) e segue pelo Gore Valley Trail , passando ao lado do campo de golfe.  Realmente, um  percurso muito lindo, salpicado por algumas casas  ‘desbundantes’, lol ,  cercado de  aspens por todos os lados e o  melhor (pelo menos pra mim!):  com a trilha asfaltada e com poucas subidas íngremes. {#emotions_dlg.smile}

   Neste dia almoçamos no centro de Vail , em um restaurante italiano chamado “Vendeta’s “ , que para nossa surpresa, tinha até um sanduíche de Reuben muito bom  e uma pizza bem decente . O senão foi a  garçonete, que era  podre de antipática! ( Será isso o normal por ali??)  E não.  Caso estejam imaginando,  não estávamos mal vestidos , nem com cara de “pobres”, lol.  Aliás, aqui nos E.U. ,  não existe este “conceito” de alguém ser esnobado num lugar  “por estar mal vestido” -  até porque a maioria das pessoas – inclusive quem tem dinheiro!- se veste muito  mal. 

  WhateverSo much for Vail.

Mas o dia ainda não tinha terminado e como já estavamos naquela região, resolvemos seguir ( de carro) até Beaver Creek  ,   outro ski resort, aberto na década de 80 e  com a fama de ser ainda mais high classe e metido do que Vail.   

De fato,  as lojas em Beaver Creek são claramente mais upscale.  Havia, por exemplo,  uma bela galeria com esculturas em bronze de alguns célebres Americanos como Benjamin Franklin,  Thomas Jefferson e o antigo cowboy e ex-presidente Ronald Reagan. ( O cara era um babaca, mas até que era bonitão…)  Havia também uma loja de “cashemirs da Escócia”, cujo item mais ‘em conta’ ficava por volta dos $400! 

O fato é que Beaver Creek,  com toda a sua ‘perfeição artificial de reduto de milionários’ ( alí nem mesmo os passarinhos se atrevem a sujar as ruas!) ,  assim como Vail,  me deu aquela sensação esquisita   de estar visitando uma ‘bolha esterilizada , onde nada realmente sobrevive sem uma máscara de oxigênio.   

Apesar do resort estar completamente deserto nesta época do ano, não pude evitar de pensar que mesmo na alta temporada do esqui, quando o lugar fica cheio, Beaver Creek  é desprovido de ALMA . Falta  uma história.  Faltam bairros.  Falta uma população local  e até mesmo  cocô de passarinho nas ruas! Lol  É tudo ‘perfeitinho’ demais para ser real.   O que nos fez pensar:  Afinal,  onde moram as pessoas que TRABALHAM  alí ?? 

Com certeza, em alguma cidadezinha  da região.

--

 Antes de seguirmos de volta à Breckenridge,  ainda demos um pulo até  o vilarejo de Minturn, a poucos quilômetros dali, e que é TUDO o que  Vail e Beaver Creek não são :   simples e despretensioso. De fato, o  lugarzinho tem apenas uma rua principal , mas é  100 genuíno!    

 Há uns dois ou três restaurantes , uma ou outra lojinha e um pequeno hotel simpático.  Mas o local para se fazer um devido pit-stop em Minturn é um autêntico Saloon ( aquele tipo de bar bem “ faroesteano”, típico do final do Século 19…) – o único do local.

Trata-se de uma construção em madeira, de aparência  bem rústica por fora, mas muito charmoso por dentro.  O bar é cheio de posters e fotos de pessoas famosas que passaram por lá –todos assinados e dedicados ao dono.  A maioria  é de esquiadores , alguns pilotos de corrida ,  políticos famosos  e até mesmo um do  Clint Eastwood!  

  Pois é. Parece  que até  mesmo os “ricos e famosos” às vezes  se enchem  de tanto luxo e,  após passarem o dia esquiando em Vail ou Beaver Creek,   dão sua escapulida até a bucólica Minturn para uma cerveja  ou margarita em seu típico Saloon no estilo do Velho Oeste.  E a propósito: a única coisa que não é típica alí é a comida , que ao invés de ser Americana é Mexicana,  mas, que  surpreendentemente,  combina com  a rusticidade do  local.

--

Ok,  agora estamos de volta a estrada e hoje à noite já dormiremos em Amarillo, no Texas. ( Confesso que já estou com saudades do Colorado). 

And guess what… Justo agora,    acabei de ver algo de muito especial na estrada!  Uma visão quase anacrônica por estas bandas:  um pequeno grupo de búfalos pastando!  

Sim,  em 2012,   ainda restam uns poucos deles para contar a história… 

 

E ainda nesta viagem:

 

Visita a cidadezinha de Frisco - que não é estação de esqui, mas que fica bem perto de várias delas e tem o seu próprio charme e simpatia ...

 ( A Main Street, ou rua principal...)

 

e, last but not least,  uma parada especialmente interessante no Royal Gorge!

    

O Canyon tem cerca de 15 metros de largura em sua base, e 380 de altitude. 

Em baixo,  o rio Arkansas cortando através do granito das Rocky Mountains.

Isto , gente,  é o Colorado!  {#emotions_dlg.smile}

 

 

 

Novo México, porta de entrada para o faroeste americano

Pâmelli, 16.09.12

(Escrevendo do carro)

 

O estado do Novo México é vizinho ao Texas,  indo na direção oeste.  É a partir dali que começa o American Southwest, ou , como dizemos em português,  o faroeste Americano.

 

Este fim-de-semana estamos comemorando nosso aniversário de 9 anos de casamento, então estamos seguindo para o estado do Colorado, para passarmos a semana em Breckenridge. (Para saber mais sobre este belo estado americano, sua história e as estações de esqui na região,  clique nos tags do Parada intitulados de  "Colorado"...) 

 

Como sempre,  estamos fazendo nosso percurso de  carro (dois dias de viagem!) e hoje cruzamos o estado do Novo México, com sua paisagem bem de filme de faroeste.

 

São várias horas  dirigindo por esta espécie de  “deserto americano” , onde até o final do  Século XIX,  os índios e os búfalos ainda  habitavam a região. 

Hoje, apesar da cultura indígena ainda ser a marca do estado,  sobram poucos índios  e muitos moram em reservas – embora não sejam mais obrigados a fazê-lo, como foi o caso no passado. 

Já quantos aos milhares de  búfalos que habitaram  os Great Plains Americanos  - o homem branco acabou com quase todos, pois sabiam que deles dependiam os índios.   (Sim,  este é um dos momentos mais tristes e  vergonhosos da História Americana! ) 

 Hoje, existem apenas algumas poucas fazendas de búfalos na região, criando uma meia dúzia deles...{#emotions_dlg.sad}

--

 

O noroeste do estado do  Novo México  ( perto da fronteira com o Colorado)   é conhecido como o “Campo Vulcânico de Raton-Clayton”, e de fato, ali há vários vulcões extintos!  O mais interessante e bem preservado deles é o Capulin Volcano   , por onde passamos hoje, durante nossa viagem. 

( A vista do alto do vulcão)

 

O Capulin Volcano foi formado após uma erupção, cerca de  60 mil anos atrás,  e hoje é um monumento nacional. Tem cerca de 300 metros de altura e há uma estrada asfaltada para subirmos até o seu topo, de carro. A vista lá de cima, como vêem,  é algo  inspirador!  

Do alto de sua cratera ( foto) , podemos ver toda a região em volta e , para quem gosta de caminhar,  há várias trilhas a serem percorridas. 

Os geólogos não sabem bem como nem porque a vegetação cobriu boa parte do vulcão . O fato é que ,  hoje extinto,  ele abriga várias  espécies de árvores e animais, tais  como esquilos,  salamandras, coiotes, águias,  gatos selvagens, cobras  e até ursos negros! ( Estes últimos aparecem raramente por lá , mas quando chegam,  costumam catar comida no lixo - Igualzinho ao Zé Colmeia no Parque de Yellowstone! lol) .

 

 O  Capulin Volcano fica a uns 10 minutos da estrada principal e é impossível  passar despercebido, já que muito antes, podemos avistar  sua forma de cinder cone no horizonte. Uma vez chegando lá,  há um pequeno Visitor Center onde podemos comprar guias e livros da região , lindos postais com fotos dos animais locais, além de assistir a um video sobre a história do lugar e a formação do seu mais famoso vulcão.

 

 Quer dizer,  o estado do Novo México é, sem dúvida, um lugar bastante interessante de se visitar : rico em arqueologia, cultura indígena Americana e uma excelente porta de entrada para o  American Southwest.

 

 

( As "mesas" são estas montanhas em forma de mesa...{#emotions_dlg.smile} ) e na região encontram-se vários outros vulcões menores e menos preservados.

Aqui ,  um "shield volcano" - ou vulcão em forma de escudo- , que avistamos ao longo da estrada. 

 

 

E agora,   Colorado, aqui vamos nós! 

 

 

  

Washington- uma jóia neo-clássica nas Américas!

Pâmelli, 30.06.12

   Semana passada estivemos de volta à Costa Leste ( mais especificamente no estado de Maryland)   para  o casamento da filha de um grande amigo de meu marido.

Como sempre,  ficamos hospedados na casa de meu sogro , na cidade  de Columbia ,  a cerca de meia hora  de Baltimore.  ( Para saber mais sobre esta charmosa e antiga cidade nos E.U.,  dêem uma olhada no post de 20 de maio de 2011:  "Baltimore- exemplo ou inspiração para o Rio").

Eu sempre gosto de ir para a Costa Leste,  pois lá a América é muito mais “civilizada”  - que dizer,  as pessoas são muito mais sofisticadas e cultas  do que por aqui, pelas bandas do  “Velho Oeste” .  Pelo menos nos grandes centros .   Afinal foi na Costa Leste  onde ‘tudo começou’ :  as 13 colônias originais,   as primeiras cidades, Washington - a capital,  NYC… Além do que,   é a parte mais “europeia” dos E.U.

Sim,  ali, em alguns lugares,  você realmente sente que está em ‘New England’ ( a Nova Inglaterra).

 

   Nesta visita passamos apenas uma tarde em Baltimore e,  no dia do casamento , seguimos para a cidadezinha de Frederick onde estava marcada a cerimônia , que aconteceu  em uma  bela casa  de 1888.

 Mas o melhor mesmo foram os três dias que fugi pra Washington , lol -  ou simplesmente  como dizem os locais :  “D.C.”  {#emotions_dlg.smile}

 

 Ah, isto sim  é uma cidade!  Uma capital.  Um cartão de visita para o país.

 

   Nesta minha terceira  visita à capital Americana, finalmente pude ter uma boa noção  do que é realmente Washington.  Da primeira vez, alguns anos atrás, pude ter apenas uma ideia geral , percorrendo os principais pontos turísticos da cidade de bondinho;  da segunda ( dois anos atrás), passei o dia no Museu de História Natural ,  que eu sempre tive vontade de conhecer.  Já desta vez,   os três dias que passei ali,  finalmente puderam me mostrar  tudo o que a cidade tem a oferecer em termos de história,  cultura,  diversão e lazer.  

 

   O fato é que Washington é uma  SUPER cidade.   É linda,  classuda,  elegante,  cheia de monumentos imponentes, muita área verde, muitas delas com as suas reflecting pools ( seus lagos e "piscinas")  ,  e sobretudo,   muito, muito espaço aberto.  Em suma: uma maravilha de lugar, principalmente para claustrofóbicos como eu.  Lol 

 

  Sua arquitetura neo-clássica  lhe dá um aspecto muito europeu,  mas suas avenidas largas e todo o  imenso espaço aberto que se tem em volta,  são sua marca bem ‘americana’.   Ali,   ao contrário de Nova Iorque,  ( tirando o metrô em horário  de pico)  não há tumulto – nem mesmo nos seus pontos mais turísticos,  porque a cidade é realmente descongestionada de prédios !  Oh, sim,  eles estão ali,  principalmente na área do centro ( o Old Downtown) , mas sempre com muita área livre em volta.  Washington é a antítese de Copacabana!! lol   

Fora isso tudo, a capital americana ainda tem um  bônus : diferentemente de Miami e N.Y. , quase não tem turistas brasileiros!! lol  (Eu bem sei que tem muito brasileiro que detesta cruzar com outros brasileiros quando está no exterior...) 

 Já aqui  em  Austin, apesar de não ter turista brasileiro ( ou de qualquer outra nacionalidade...) ,   a comunidade de residentes tupiniquins  é considerável.

 

Enfim,  eis aqui alguns dos  highlights de minha visita de três dias em  Washington:

 

 

 O Washington Monument visto do Tidal Basin ( O "lago" em volta) .   Um dos símbolos da cidade.

 

 A National Gallery de Washington é um dos magníficos  museus do Smithsonian Institute.  Seu acervo é simplesmente fantástico!  Eis alguns poucos exemplos:

Este quadro do Da Vinci é supostamente o único do pintor nos Estados Unidos. 

Este quadro, do Murillo ( se me lembro bem...) foi um dos que mais gostei.

 

 E este Raphael... Simplesmente um "clássico". {#emotions_dlg.smile}

 

 E este Renoir,  que tal?

 

 O famoso prédio do FBI ,  na Pennsylvania Avenue  - que aparece no meu seriado favorito ,  "Bones". Será que o agente Booth estava lá, interrogando algum suspeito? lol

 

 O belíssimo prédio do Capitólio ,  a sede do Congresso americano.  Esta foi uma das visitas mais interessantes que fiz,  com direito a um  filme contando  a história do Congresso , além de um tour com uma guia excelente!  E,  como todos os  museus do Smithsonian Institute ,  a entrada ( acredite o não) é gratuita.

 Aqui,  um dos salões que visitamos dentro do Capitólio.

 

 O Ford's Theater, onde o Presidente Lincoln foi assassinado em 1865.  Hoje o teatro é aberto a visitação pública, mas continua tendo peças encenadas.  O Presidente morreu no prédio em frente - na época uma pensão-  e o local hoje virou igualmente  ponto turístico.

 

Um dos monumentos mais belos da cidade é o dedicado à Thomas Jefferson ( o Jefferson Memorial),  um dos autores da Declaração de Independência dos E.U. e o seu terceiro presidente.  O templo,  em estilo neo-clássico fica localizado no Tidal Basin , formado por um braço do rio Potomac. 

 

No último dia não resisti e tive de voltar ao Museu de História Natural, que estava com uma exposição especial sobre a Titanoboa - uma cobra prehistórica que viveu há 60 milhões de anos atrás e que tinha mais de 15 metros de comprimento! Era duas vezes maior do que a maior cobra que existe hoje em dia.

 

Voilà

Como vêem,  Washington D.C.  é SHOW!  {#emotions_dlg.smile}

 

 

Houston, Texas : a São Paulo do Primeiro Mundo

Pâmelli, 13.12.11

Categoria de Post:  turismo, arte,  cultura

 

Agora que estou de férias e relaxando aqui em Breckenridge ( Colorado) ,volto atrás uma semana para escrever sobre nossa visita sábado passado  ao Museum of Fine Arts de Houston.

Nossa curta escapulida até a maior cidade do Texas (e a quarta maior dos E.U.) se deu na sexta-feira.   Dirigimos 3 horas até lá, passamos a noite,  e no dia seguinte seguimos para o MFA , que é   o mais importante da cidade e o maior do Texas.

 

O que fomos ver lá?

 A exposição “Tutankhamun, the Golden King and the Great Pharaohs …”  ,  sobre o antigo Egito e o mais famoso de todos os seus faraós : Tutankhamun , cuja  tumba,  repleta de tesouros ,   foi  descoberta em 1922.

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O MFA de Houston fica em uma bela  área  da cidade chamada de Museum District .

Ao chegarmos à cidade, minha mãe ( que sempre vem pra cá nesta época do ano…) imediatamente  comentou :

-Puxa, como esta cidade lembra  São Paulo!

De fato,   Houston lembra muito S.P.  -  mas a parte RICA  da cidade !!  Aliás,  a área do Museum District é a cara dos Jardins.  O centro é cheio de belos prédios,  tudo muito moderno e  iluminado, com milhares de viadutos de vias expressas -  só que ao contrário dos de São Paulo, estes são   sem pichação ou gente  morando debaixo. 

As ruas de Houston são  largas ,  limpas e sem buracos e  não há  qualquer  sombra de mendigos  ou pivetes.  E quanto à favelas  … ( se em S.P., elas ficam principalmente na periferia da cidade - e não BEM DENTRO dela e ao lado dos melhores bairros , como é o caso do Rio de Janeiro…) , em Houston elas são simplesmente  inexistentes.

O  risco de alguém ser assaltado por lá?   

É o mesmo de um brasileiro sofrer um atentado terrorista em  plena Avenida Paulista! Ou seja:  Impossível não é. Mas é muito, muito pouco provável.

Pois é, caros amigos.  Este é o retrato da  América atual , que ‘ficou pobre e está em decadência…” ,  coitadinha.

 

Ok,  mas voltemos à múmia mais famosa da antiguidade…

A exposição do King Tut  vai estar no MFA de Houston até abril de 2012 , e além desta,  havia mais outras três exposições temporárias  igualmente interessantes :    uma sobre  o “Luxo do Barroco na França do  Século 18” ,   uma sobre as Arábias e a outra sobre os grandes Mestres holandeses!   Tá bom , ou quer mais?  

Infelizmente como estávamos com o tempo limitado, tivemos de nos contentar  em visitar somente a do King Tut ( alias, a razão de nossa viagem até Houston)  e dar uma  rápida passagem pelo acervo permanente de pinturas europeias do museu.

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Quer saber?   Eu tiro o chapéu para o MFA de Houston!    Quem dera que tivéssemos em Austin um museu deste porte.  A coisa melhor que temos por lá  ( em termos de museu…) é o Bob Bullock , especializado na História do Texas.  ( Este até é bastante interessante e fica em um belo prédio).  Já o tal do Blanton Museum,  que é o  ‘Museu oficial de arte da cidade’ ...  Arre égua!  Que pobreza.    Ok, o  prédio é até bonito, mas o acervo… *Suspiro*

 

Mas voltando ao King Tut…

O único senão da Expo do Egito é não podermos tirar fotos.   Uma pena,  pois logo na entrada  recriaram uma espécie de tumba, com um vídeo explicativo sobre o Egito Antigo .  Uma vez lá dentro,  são várias as estátuas  que podemos admirar dos  três Reinos do Egito  ( o Old, Middle e New Kingdoms), móveis e até uma latrina da antiguidade!  Lol  Já na parte da tumba do King Tut, podemos ver  jóias magníficas  que estavam sobre sua múmia , vários artefatos, estatuetas e até alguns coffinettes  ( espécie de  ‘tumbinhas’ do faraó,  lindamente decoradas em ouro, turquesa e outras  pedras preciosas,  e que era  onde se colocavam os órgãos do  morto –  o que fazia parte  do processo da mumificação… ). Tem  até  uma cópia idêntica à  múmia  do faraó ( já que a original se encontra no Egito e jamais saiu de lá ).

 

Bom,   se não pude tirar fotos dos tesouros do King Tut,  ao menos pude registrar o  prédio do museu , assim como algumas  das pinturas de seu acervo permanente.

 

Eis aqui alguns dos quadros que mais gostei nos setores do Século 19 e 20 de Arte Européia  . (  A coleção vai dos Séculos 14 ao 20, mas só tivemos tempo de  visitar os dois últimos ).

 

 

  Este Manet de pescadores foi o meu preferido...

  Um Picasso bem doidaço...

 

   

 Um charmoso Kandinsky, um Van Gogh e um Monet quase abstrato.

                                         (Estes são os que me lembro)

 

 Já estes de baixo eu tambem adorei, só que não me lembro dos nomes dos artistas.  Preciso ver no catálogo  que comprei na lojinha do museu e que ficou lá em casa , em Austin.  Imaginem,  um lindo catálogo da coleção europeia do MFAH,   por apenas 5 dólares!!

 

Les voilà:  ( Não são lindos?) 

 

    

 

 

 

 

Escrevendo do carro, no buraco do nada...

Pâmelli, 09.12.11

Categoria de post: diário,  viagem

 

Ontem,  Graças à Deus, terminei minha última prova do ano no Community College e  até o ano que vem estou livre dos estudos! {#emotions_dlg.smile}

 

Agora estamos aqui no meio do NADA , na estrada,  e acabando  de entrar no estado do Novo México.  Nosso destino é a pequena Breckenridge  (estação de esqui), no belíssimo  Colorado.  ( Já escrevi mais de um post sobre o lugar,  portanto se quiserem saber mais ,  é só procurar nos tags de ‘Colorado’ …)    Alí meu  hubby aproveita pra pôr o seu esqui em dia e eu a leitura – e por  que não,  o blog!  lol -  em meio  às magníficas Rocky Mountains .  Ah,  o Southwest tem algo de mágico...

 

A viagem de carro de Austin ( Texas) até Breckenridge  dura dois dias – cerca de 9 horas cada. 

Saímos ontem de tarde,  e depois de dirigirmos mais de 11 horas (parando pra dormir  na cidade de Amarillo), só agora conseguimos deixar o Texas !  Dá pra acreditar??   Esse estado  MONSTRO  parece que nunca acaba…

Mas enfim,  o trecho do Novo México  ( o qual estamos percorrendo agora ) será  curto e logo depois entraremos  no Colorado. 

Belo, belo estado americano!!  Esse sim,  com suas montanhas imponentes e lindos lagos ( nesta época do ano congelados).   Cá entre nós, o Colorado,  em matéria de beleza, dá de 1000 no Texas!

 

Mas por enquanto  ( no estado do Novo México) , esta é a paisagem que temos a nossa  volta.    E só.

 Mas ainda estamos muito perto do Texas.  Daqui a pouco vai ficar bem mais bonito , com cara de filme de cowboy– o verdadeiro Southwest Americano! {#emotions_dlg.smile}

As ‘cidadezinhas’ que nos aparecem a cada duas horas…. Arre égua!  Cada buraco mais deprimente que o outro ,  com meia dúzia de barracos ( não barracos no estilo ‘favela brasileira’ ,  mas no estilo ‘casebres à la Chernobyl’ ) com nomes de lojas,  restaurantes e até hotéis  onde nem mesmo o mais cansado e esfomeado dos turistas jamais pensaria em entrar.   Os lugares parecem mesmo com Chernobyl   depois da explosão nuclear.  Só sobraram três gatos pingados pra contar a estória.

Quanto a comida na estrada…  Com sorte você topa com  um Mac Donald’s.  Com mais sorte ainda, um Subway...

 

Ok,  pelo menos os postos de gasolina têm banheiros decentes  - afinal isto é a América. 

A estrada tambem,  é de mão única e em linha reta, com  o asfalto  liso e perfeito  como a pele da Claudia Raia.  O céu está  azul e límpido , apesar da temperatura de 2 graus negativos.  Contudo, muitos trechos têm limite de velocidade de 55 milhas ( muito devagar).  E claro que há policiais na moita, só esperando pra lhe dar uma multa. Pelo visto é assim que se ganha um dinheirinho e se revitaliza um pouco a economia  nesses buracos no meio do nada! lol

 

Agora a pouco avistamos um Correctional Facility ( um belo eufemismo pra PENITENCIÁRIA…)   não muito longe da estrada.  Aliás,  o lugar é  ideal para se construir um presídio ,  não é?    Nota:  Ao  longo da estrada vemos mais de uma placa  dizendo  :    “ Favor não dar carona à ninguem”.   (Principalmente se estiver  usando  um macacão alaranjado  , suponho eu…)

 

Afinal agora  a paisagem melhorou  bastante.   Estamos no meio do deserto do Novo México  e a impressão que se tem é de que a qualquer minuto um bando  de índios a cavalo vai surgir no meio deste descampado ou no alto de um dos morros. 

 

 Ah e vejam só, um vulcão !   Este,  se me lembro bem do curso de geologia,  é do tipo ‘composite’ .  Deve ter sido perigoso no passado mas agora está extinto.  Seu nome é Capulin.  Pena que não temos tempo pra explorar, já que  temos um longo caminho até chegarmos ao  alto da montanha na bucólica Breckenridge...

 

Mais depois.

 

P.S.  Este post acabou de ser publicado de um Mac Donald's com Wifi , em uma dessas cidadezinhas no meio do nada...

 

 

Retrato do Texas em preto e branco

Pâmelli, 09.07.11

 

O Texas,  definitivamente não é o estado mais bonito ou  o mais charmoso dos E.U. 

Ninguem nega que é  GRANDE.  Aliás,  o segundo maior  na América  ( superado apenas pelo Alasca).   ‘Bigger than France’ ( maior do que a França)  , é o que os texanos costumam dizer.    Como se tamanho fosse documento…

Mas a verdade é que para a maioria dos americanos , ‘tamannho É documento’ !   Aqui,  quanto maior a coisa , ‘melhor’ - seja a casa onde se mora,  o carro que se dirige, o cachorro que se tem, ou a poltrona onde se senta.     É uma coisa cultural.

  

‘Everything is bigger inTexas’ (Tudo é maior no Texas)  -  dizem os texanos orgulhosos.  ( E eu , cá comigo, penso:  É verdade.  A começar pelas  baratas que são quase do tamanho de um sapato de bebé!!)

Nos  E.U.  até  a versão em inglês da música ‘Garota de Ipanema’ diz que a moça era ‘ TALL and tan and young…’ ( Alta, dourada e jovem…) , enquanto que na versão original do Jobim e Vinícius,  ninguem nunca disse a moça além de ter ‘ o corpo dourado do sol de Ipanema  e um balançado mais que um poema…’  tambem era alta.  lol

A mania do americano com tudo o que é grande é tanta,  que no Starbucks o copo de café 'pequeno' se chama 'Tall'.  É sério.

 

 

Mas voltando ao Texas…

O fato é que ‘ charme e  sofisticação’ são duas coisas que aqui  passaram de raspão ; assim  como um meteoro que estivesse seguindo em direção à Terra e no ultimo minuto  resolveu se desviar para  Plutão. 

Ok,  pra quem gosta de natureza no meio do deserto , há o Parque Nacional do Big Bend.  

O lugar é interessante, mas  está longe  ( como os texanos adoram enfatizar) ‘de tirar o fôlego’.  Bem, só se fôr depois de uma longa e árdua caminhada debaixo do sol do deserto ...

 De fato,  pra mim,  a melhor coisa que vi e experimentei  na região do Big Bend  foi o nosso hotel Lajitas ! Lol  -   este sim,  confortável e pitoresco,  além de ter um excelente restaurante de comida de   'caça exotica'.   ( Sim , eu experimentei os croquetes de  carne de cascavel com molho picante ! )

 

Já quanto às cidades neste estado ‘maior do que a França’…   Oh , my.  *Suspiro*

 Saindo dos grandes centros   ( Houston, Dallas, San Antonio e Austin ),  e a medida  que você se embrenha no interior … Bem,  para usar a expressão de um nova iorquino  que veio passar  uns dias por aqui  ( e que eu achei simplesmente perfeita! ) :

  Everything looks so  horribly economically depressed! (Tudo parece horrivelmente economicamente deprimido!)  lol    

O pior é que é verdade.  

 

As principais cidades:

  A conhecida Dallas( conhecida , acho eu, por causa do antigo  seriado de T.V….) é   basicamente  rica e … INCRIVELMENTE  brega.    Sorry, but  so it is.   Dallas é a cara ( e o corpo )  da  Dolly Parton !  Urgh.

 

Houston,  a cidade do concreto e viadutos por todos os lados,  é o  que se  poderia  chamar ( com muita boa vontade)  do ‘centro cosmopolita do Texas’.   Quer dizer:  se alguma sombra de sofisticação puder ser encontrada no ‘Lone Star State’ ,  é ali mesmo.   Grandes empresas de petróleo,  consulados gerais, o segundo principal  aeroporto internacional no estado...

 Ok,  Houston não tem charme, mas tem alguma cultura, incluindo vários  bons  restaurantes e alguns museus bem decentes.  E  fica perto da costa e da ilha de  Galveston -  que pode não ser nehhuma ilha grega , mas tem lá  sua própria personalidade,  uma  história triste mas interessante ,  e last but not least,  uma longa costa  virada para o Golfo do México.   So much for Houston.

 

Depois  vem Austin , onde moramos,  e a capital  do estado (  o que nos E.U. não quer dizer grande coisa…). 

 Trata-se de uma cidade de porte médio ( 1 milhão de habitantes approx..) e sem pretensão de ser nem cosmopolita nem um grande centro de negócios.   Mas é simpática,  muito arborizada,  com vários bons restaurantes, boas escolas  e  todas as principais lojas de departamentos  e franquias nos E.U.   Em suma:   Uma boa cidade para se viver – principalmente se você não é uma pessoa sofisticada por natureza,  pretende formar uma família e não se importa de morar  longe do mar.  (  Então , como vêem,  não é exatamente a  MINHA ‘ praia’ - literalmente ! lol )  

  Austin é a Belo Horizonte dos E.U. : ninguem pega um avião e vai lá simplesmente para conhecê-la   (como fazem com o Rio, apesar de todas a suas mazelas e violência…) ou para realizar uma viagem de negócios ( como fazem com  São Paulo).  Mas,  quem  visita a cidade  ( seja  por que razão fôr…)  , sai achando que conheceu  um lugar legal e sabe que , se  por um lado não esteve em nenhuma Paris da vida...,  tambem não passou por nenhuma Varginha!   ( Só espero que nenhum mineiro interiorano, orgulhoso  e hipersensível esteja lendo  o ‘Parada’ hoje … )

 

O pequeno oásis no meio do nada:

 Os  texanos que me perdoem,   mas charme , história,  cultura (  ou na falta disso tudo, pelo menos uma BOA  praia! ) é fundamental.  E é justamente tudo isso o que falta no Texas.   

 Ah,  mas há uma exceção:  a cidade de San Antonio!

 Pois é, e foi para lá que  demos uma escapulida no  domingo passado , na véspera  do feriado do 4 de Julho.

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San Antonio é uma grande cidade , com um centro turístico bastante animado.   

Tem cerca de 1 milhão e meio de habitantes e em seu  downtown,   há  vários prédios imponentes  e com uma clara influência do colonial espanhol .    A parada obrigatória é no River Walk .  Ali,  ao longo do rio San Antonio,  tudo de repente fica muito colorido,  alegre, cheio de cafés, restaurantes , lojas  e hotéis.  O Hotel Hyatt,  em especial, tem um café( O JimCullum's Landing)  com música ao vivo ( jazz) virado para o rio , perfeito para um happy hour{#emotions_dlg.smile}

  Não há turistas internacionais em San Antonio, mas  há vários turistas americanos de outros estados nos E.U.

E certamente MUITOS  texanos - com certeza fugindo  , nem que seja  por um dia,  de suas cidades  ‘economically depressed’ ...

 

A ver algumas fotos:

 

1)

   Um dos vários cafés ao longo do River Walk ...

   Nesta época do ano o calor é na faixa dos 40 graus.  Portanto a melhor época para  se visitar S.A. é na primavera ou no começo do outono...  

 

 

2)

O passeio de barco no rio San Antonio é muito popular com os turistas...

 

3)

 As  frozen margaritas são um ótimo  drinque para se refrescar do calor intenso.

 

4)

 Bijuterias para todos os gostos nas barraquinhas ao longo do rio...

 

5)

Ou para quem quiser fazer compras 'de verdade',  o mall ( shopping center) do RiverCenter  é uma ótima opção ( construção ao fundo)

 

6)

A influência mexicana está por todos os lados em S.A.  - nas construções,  nos mosaicos...

 

7)

Este aqui,  logo na entrada do River Walk eu achei especialmente bonito...