A França romana e medieval...
Mas , deixando as mazelas cariocas pra trás , voltemos aos dias que passamos na França...
Após Sête, seguimos para Carcassonne , que eu sempre tive vontade de conhecer.
Descobrimos um hotelzinho ao pé do morro , bem próximo à entrada da cidadela.
Carcassonne é uma cidade para se passar ao menos um dia inteiro e noite.
Um verdadeiro cenário de conto de fadas, no seu auge, ( lá pelo Século 12) , foi governada pela família Trencavel, que construiu o castelo e a catedral da cidade.
Tudo foi divinamente restaurado pelo arquiteto francês Violet -le- Duc no Século 19.
Uma vez dentro da cidadela, visitamos o castelo ( foto) ( Chateau Comtal), a basílica de St. Nazaire ( em estilo românico e gótico) e passeamos por entre as várias lojinhas de suvenirs, cafés e restaurantes turísticos da cidade.
Fizemos um pit-stop em uma crêperie ( restaurante de crêpes) na hora do almoço e à noite comemos em uma brasserie chamada "Le Donjon" (o lugar parece um 'donjon' moderno e estilizado...:-)) , próxima à entrada do castelo.
( Nome muito apropriado aliás , já que donjon se refere à torre central dos castelos medievais -que frequentemente tinha uma prisão! - daí o nome dungeon em inglês...)
Em seguida ( já a caminho de Avignon, onde deixaríamos o carro no dia seguinte, antes de seguirmos de trem para Paris...) partimos para Narbonne , outra cidade fundada pelos romanos no sul da França.
Ao contrário de Arles , Narbonne hoje tem muito pouco do que restou daquela época .
Ainda assim, no centro antigo e medieval da cidade, pudemos visitar o Museu Arqueológico e da Pré-História ( que mostra boa parte da herança romana de Narbonne ) , descobrimos a 'ruína' de uma antiga rua ( via) romana ( na foto)
e visitamos o Horreum - um conjunto subterrâneo do Século 1 a.c. , que era usado como armazém , já que Narbonne era naquela época um importante porto e a capital da província romana na Gália.
Resolvemos então seguir para Nîmes ( afinal eu queria fazer o 'triângulo romano' :-)) - Arles, Nîmes e Narbonne) , já que a cidade fica bem próxima de Avignon, onde deveríamos chegar no dia seguinte.
(Eu havia estado em Nîmes igualmente no ano anterior e tido a oportunidade de conhecer o enorme anfiteatro , assim como o templo da Maison Carrée - ambos da época romana .)
Já passava das 8 da noite quando chegamos lá. Deixamos o carro no hotel e seguimos à pé até a área nos arredores do anfiteatro a procura de um restaurante.
No dia seguinte começariam as ferias ( os festivais e touradas) de Nîmes e a cidade já estava cheia de turistas .
Conseguimos o último quarto do hotel - o único que tinha sobrado e que era sem chuveiro no apartamento , apenas no corredor!!. Ainda assim demos sorte de encontrar um lugar pra ficar no centro turístico da cidade, já que não tínhamos feito qualquer reserva .
O passeio à noite pelo centro de Nîmes em direção ao restaurante que nossa recepcionista recomendou foi muito agradável e àquela hora da noite o anfiteatro romano me pareceu ainda mais impressionante. ( O de Nîmes é ainda maior e está mais bem preservado do que o de Arles...)
Nosso jantar aquela noite foi um dos melhores que tivemos na França :
O lugar se chamava "Le Cheval Blanc" ( Cavalo Branco) - afinal a Camargue não estava muito longe dalí. :-)) ... E tanto o gazpacho quanto o foie-gras estavam de tirar o chapéu!
Adorei especialmente os quadros nas paredes ( bem modernos, lembrando um pouco Picasso) . O ambiente é no estilo 'casual-elegant' ( chique sem frescura) e o lugar, apesar de bem animado , não deixa de ser romântico. O preço, contudo, é um pouquinho salgado - principalmente para quem ganha em dólar hoje em dia... :-( ( MANY THANKS George W. Bush for f*cking*&%up the economy!! )
Anyway, assim encerramos nosso tour pelo sul da França .
No dia seguinte pegaríamos o TGV ( o trem bala francês) rumo à Paris, onde ficaríamos apenas 3 dias , antes de retornarmos aos E.U...