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Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

Os 'retirement communities' na América

Pâmelli, 07.01.09

 

 

Então continuamos seguindo,  descendo a 'linguiça' da Flórida :-) , ao longo da costa oeste.

O lugar onde mora minha sogra se chama Spring Hill e nada mais é do que um conjunto  ( articifial, não uma cidade 'de verdade'...)  comercial , com as principais lojas e restaurantes da América  e , sobretudo ,  cheio de clínicas  de saúde ! lol . Tudo isto  ao longo de uma  única e principal estrada  que se chama  a  '19'.  Boring.

 

Pessoalmente,  preferia que minha sogra e seu segundo marido tivessem escolhido um lugar mais interessante para morarem na Flórida :-)  - Miami,  Orlando, Sarasota ou até mesmo Tampa...Mas ao invés disso ,  eles escolheram de  se mudar para  um 'retirement community' ( uma comunidade para aposentados) ao longo da 19 :  Timber Pines.

Foi lá que nós estacionamos durante dois dias,   de mala, cuia e cachorro !

 

Antes que alguem comece a ter pena de mim devo informar que , ao contrário de muitas mulheres,  sempre tive muita sorte com minhas sogras.  Tanto a primeira , que era alemã...Quanto a segunda , americana. 

Ambas sempre me trataram bem e nunca se intrometeram em minha vida -  ou na de seus filhos-   e quando deram alguma opinião sobre alguma coisa,  era sempre para nos apoiar ou concordar (  bingo!)  com o que estávamos fazendo.

(God bless their hearts !)

 Sim,  no campo das sogras,  eu posso dizer que tirei a loteria DUAS vezes!!

 

Mas voltando à Timber Pines...

Faz onze anos que meus sogros moram lá e a primeira vez que estive no lugar com meu marido foi em 2003. 

Desde então , voltamos para visitá-los ao menos uma vez por ano.

 

Timber Pines é como outras milhares de 'retirement communities' na América -  e em especial , na Flórida. 

São na verdade condomínios fechados ,  equipados com  todas as amenidades de um clube ou hotel 5 estrelas.  (Bem ,  alguns são mais simples , mas a idéia básica é a mesma:  um lugar onde pessoas  que já se aposentaram possam morar em comunidade ,  sossegadas e com todo o conforto e comodidade possível ...)

 

Para se mudar para Timber Pines é preciso ter ao menos 55 anos .  Crianças não são permitidas - apenas cachorros , lol.   As exceções são quando os moradores recebem visitas /hóspedes ( seus filhos, netos etc...) ou no caso de um morador /moradora  mais jovem , desde que seu  marido  ou sua mulher tenha  pelo menos  55  anos...

Mas como a Flórida não é o Brasil,  dificilmente encontraremos um casal com uma diferença de idade de mais do que alguns poucos anos.

 

O lugar é lindo ,  bem cuidadíssimo e mais parece um daqueles clubes de luxo e exclusivos no Brasil -  tipo Itanhangá ou Gávea Golf  na Barra ou São Conrado .  A diferença é que em Timber Pines as pessoas não apenas aproveitam o lugar nos fins-de-semana , mas RESIDEM  lá o ano inteiro! 

 

As residências  podem ser compradas ou alugadas   e tudo é mais acessível do que se imagina.

 Uma casa básica ,   ( de dois quartos, sala , cozinha etc...) hoje  pode ser adquirida por  cerca de 150.000 dólares e o aluguel gira por volta de 1500 .  A taxa  de condomínio (  que dá direito ao uso da piscina e academia de ginástica entre outras coisas...) é mais barata do que a de muitos prédios de terceira categoria em Copacabana -  cerca de 200 dólares  mensais ( menos de 500 reais).

Dentro do enorme complexo de cerca de 3000 casas, existe um teatro ,  um excelente restaurante,  salão  de jogos...Além de  várias  atividades e cursos oferecidos aos moradores por preços especiais. 

Em Timber Pines, contudo,  a maioria das pessoas gosta mesmo é de jogar GOLFE! 

( Pessoalmente sempre achei este esporte um porre  -  é  bem verdade que não entendo nada do assunto...- além de  um enorme desperdício de  lindo  e enorme gramado !  - que, obviamente,  não pode ser andado nem aproveitado por quem não esteja praticando o esporte...-((

Mas os velhinhos  nos campos de golfe são como crianças em um parque de diversões ! 

 Aliás,  dentro do  condomínio,  eles sequer se dão ao trabalho de pegar os próprios carros nas garagens.  Simplesmente  circulam em  todos os lugares- mesmo quando não estão jogando -  em seus  carrinhos de golfe!!

 

(Um dos moradores tem até um mini-Rolls Royce , lol) 

 

Nos dois dias que ficamos em T.P.  aproveitei para caminhar bastante com Lila (  que AMOU o lugar e principalmente os gramados bem tratadíssimos!) e tambem fomos à piscina do condomínio.  

 

 Uma noite saímos  para jantar em um restaurante local , na 19:  o ' Cody's' -um American roadhouse bastante rústico , famoso por seus 'anéis de cebola à milanesa...' e CHEIO  de amendoim por todos os lados  - inclusive no chão ! lol

 

 

 

Sim,  minha sogra escolheu muito bem o lugar onde passar sua velhice:  saiu do Texas e mudou-se para a Flórida.  Bravo!!

Apesar de sofrer de uma enfermidade  degenerativa e extremamente dolorosa ( artrite reumatóide) , ela raramente fala da própria doença, nunca se queixa de dor,  exprime suas opiniões  com  a voz firme  sem se preocupar com o que os outros vão pensar  e JOGA GOLFE TODA SEMANA!      Eu tiro o chapéu para  ela.

 

 

 

É meus amigos. 

Este é o efeito que a Flórida tem sobre as pessoas e é pra lá  que eu tambem,  quando ficar velha,  quero me mudar!  lol

 

 

                                                         

 'The  Sunshine State ' 

  Dirigindo pela '19' :     joie-de-vivre na terceira idade

 

 

 

 

 

A chegada

Pâmelli, 04.01.09

  

 
Nossa passagem pelo  Alabama foi bem rápida ,  uma vez que  cruzamos apenas um pequeno trecho  deste  estado , entre o  Mississippi e a Flórida.
 
Ao passarmos pela  cidade de Mobile,   pudemos ver ao longe,  o famoso navio  de guerra  'Alabama' , da Segunda Guerra  -  hoje um museu e atração turística  local.
 
Cerca de uma hora depois ,  estávamos entrando no   Sunshine State!
 
Já começava a anoitecer e o plano era seguirmos até o balneário de Destin, onde pretendíamos passar a noite. 
Fizemos , contudo, uma pequena parada na Praia de Pensacola - uma das primeiras cidades a serem fundadas na região   e localizada quase que na fronteira entre os estados da Flórida e Alabama.
 
Ah... Apesar do dia meio nublado e já ao cair da tarde, a cor do mar em Pensacola  era completamente diferente de Biloxi ... -  de um verde claro e límpido .  
Até o cheiro da água era diferente.  É sério !   
Mesmo em um dia frio, com vento e ameaça de chuvisco,  o Sunshine State  nunca me decepciona.
 A Flórida, é o Rio que deu certo!  
 
Pequena pausa para umas fotos.
 Logo seria noite e nós ainda tínhamos que andar um pequeno trecho até a próxima parada ( Destin)  - a do jantar e da dormida.
 
Nós agora estávamos seguindo pelo  Panhandle  (  o ' cabo da panela' ... ) ,  como os americanos costumam chamar aquela região da Flórida ao longo da costa do Golfo do México.
 
Já era noite quando chegamos  em Destin. 
 No dia seguinte aproveitaríamos a praia na parte da manhã,  antes de seguirmos caminho em direção à  região de Tampa.   Nosso destino final era o  retirement community   de Timber Pines , no povoado de Spring Hill. 
  (Timber Pines  é onde mora minha sogra e seu segundo marido.
   O lugar definitivamente vale um post  inteiro só para si ! lol  )
 
 E agora,  algumas cenas de Pensacola e Destin ( Flórida) ...
 
 1) Praia de Pensacola já ao anoitecer...
 
2) Felicidade -  afinal chegamos !
 
 
  3) Caminhada pela praia de Destin no dia seguinte.  Dia nublado mas com mormaço.
E o ratinho do deserto caminhando mais rápido do que nunca!   40 centímetros de comprimento e 3kg e meio de pura energia ... 
 
  
 4) Lila em seu crate , com  seu companheiro de viagem -  Rosildo.  lol
      No carro, durante a viagem ,  ela dormia relaxada dentro da 'gaiola'  -   assim como  quando saíamos  para  jantar fora.
      O Chiuaua não sofre de qualquer tipo de enjôo, claustrofobia ou ataques de solidão...:-)
     
 
 
 
 
 

Seguindo viagem...

Pâmelli, 03.01.09

 

Naquela noite o jeito foi dormirmos em um motelzinho de beira de estrada , logo na entrada do estado do Mississippi.
 
No dia seguinte continuamos seguindo em direção à Flórida , mas quando passamos pelo balneário de Biloxi, resolvemos dar uma parada e aproveitar um pouco a praia antes de seguirmos adiante. 
 
A água do mar em Biloxi é da mesma cor das praias do Texas - um misto de  cinza desenxabido e verde sujo  , mesmo quando o dia está ensolarado e o céu azul. 
Contudo, a areia é branquinha e macia e tem uma extensão ENORME! 
 Como o dia estava claro e a temperatura agradável ,  aproveitamos para pôr nossas roupas de banho e levamos Lila para caminhar na praia .   
A água, apesar da cor feia, era visivelmente limpa e quase sem ondas.
 
Biloxi não é a Flórida   ,  mas o resort é certamente simpático.
Além disso, no estado do  Mississippi os cassinos são permitidos  , hehe,  e o lugar está cheio de belos e grandes hotéis deste tipo todo ao longo da costa, lembrando uma mini Las Vegas.
 
 Aquele pit-stop no Golf Coast , seguido de uma boa caminhada pela areia fofa e banho de mar , era tudo o que precisávamos!
 
 
 
 Algumas cenas de Biloxi,  Mississippi ...
 
 
 O farol na Praia de Biloxi
 
Quilômetros e quilômetros de areia branca para se caminhar ao longo do mar...
( Lila caminhou conosco durante uma hora , sem parar. O Chiuaua bebe pouca água e tem uma resistência e rapidez para caminhar impressionantes!  Será que é originalmente um 'ratinho do deserto' ??  Afinal ele é bem comum no México,  que aliás,  tem o Deserto de Chihuahua...:-))
 
Um dos hotéis-cassino ( o Hard Rock)  em Biloxi ...
 
 Close-up da guitarra do Hard Rock...
 
Bela casa em estilo 'E o vento levou' ,  bem  comum na região.
Muitas delas datam da época da Guerra Civil Americana   ( 1861-1865)  e são  chamadas de antebellum plantation homes...
 
 

Voltando pra casa

Pâmelli, 02.01.09

 

 Diário de Viagem  - a  primeira ‘aventura’...
 
(Escrevendo do carro , ao deixar a praia de St. Petersburg  , Flórida)
 

Último dia do ano e estamos na Flórida há uma semana!
No dia 25 de dezembro deixamos Austin em direção ao leste dos Estados Unidos,  seguindo primeiro para o estado da Louisiana. A idéia era passarmos a primeira noite em New Orleans - já que  a cidade fica há cerca de 9 horas de Austin e este é o meu limite absoluto de ficar dentro de um carro a cada dia!  Nossos planos, contudo, sofreram um ‘pequeno imprevisto’ ... lol.
 
Acontece que resolvemos levar o chiuaua conosco ( deixamos o gato em casa , sob os cuidados de nossa petsitter...).
O problema é que a maioria dos hotéis não aceita cachorros e meu marido, como bom americano que é, ( afinal eu sou apenas uma gringa ‘recentemente convertida’ ...) não é o tipo  de pessoa que entra nos estabelecimentos, com o cachorro escondido dentro da bolsa...:-))
 
O fato é que já na estrada eu liguei para o Hotel Saint  Louis,  ( recomendado no meu excelente guia ‘Eyewitness’, ou o  da ‘Folha de São Paulo’... )    que fica bem no centro turístico de New Orleans - o French Quarter. 
Tudo estava arranjado : eu tinha explicado ao  funcionário que estávamos viajando com um chiuaua ‘que dormia em um crate...’   ( espécie de pequena jaula para animais) e desta forma obtido a  confirmação de que poderíamos nos hospedar lá naquela noite.
Ótimo. – pensei. Desde que o furacão Katrina devastou a região em 2005 , eu estava louca para voltar lá e ver em que pé andavam as coisas.
 Afinal N.O. é uma de minhas cidades preferidas nos E.U. - uma das mais interessantes, alegres e com personalidade própria. Além de gozar de  uma exótica influência francesa ( cajun) e africana ( creole) em sua cultura...
 
Nós já  tínhamos passado  um fim-de-semana lá , logo que cheguei à América  em 2003 -  apenas dois anos antes da catástrofe. Eu estava, portanto,  curiosíssima em  saber o que tinha acontecido com a cidade  desde então.
 
No estado vizinho do Texas, as estórias que ouvimos sobre New Orleans são ora animadoras, ora deprimentes.
Ao que parece, apenas 1/3 da população local retornou desde a tragédia do Katrina. 
As partes mais pobres e longe do centro , dizem,  continuam bastante devastadas.
Felizmente,  o French Quarter , por ser a parte mais elevada  da cidade, foi muito pouco afetado – mesmo durante o furacão.   At least that!
 
Anyway,  após quase nove horas de viagem e  lá pelas dez horas da noite, chegamos em   New Orleans e seguimos direto para o Hotel Saint Louis . 
Durante toda a viagem, Lila foi dormindo em seu crate ( devidamente amortecido com seu colchão e toalhas e equipado com suas cumbucas de água e comida...) e tudo parecia seguir as mil maravilhas.
Quando chegamos diante da construção , meu marido tentou estacionar o carro ao lado do hotel,  no que parecia ser uma garagem apenas para dois carros. Era somente o tempo de entrar para  fazer nosso checkin.
Foi então que um homem de meia idade se aproximou de nosso carro e fez sinal para eu baixar meu vidro. Eu obedeci , meio a contra-gosto - afinal , após quase dez horas passadas viajando de carro e já  aquela hora da noite, cansada e louca por um banho, eu estava me sentindo ‘muito pouco social’ , se é que me entendem...
Assim que eu baixei o vidro , ele  foi logo nos comunicando que era o gerente do hotel e que não podíamos parar alí. Quando tentei  explicar-lhe que meu marido estava justamente indo fazer o check-in , Lila ( que até então permanecera   dormindo calma e relaxadamente...) resolveu acordar e pôs-se a latir furiosamente para o estranho.
Entre latidos e ‘psius’ , o  homem me perguntou ríspidamente se tínhamos reserva. Eu lhe disse que tinha  ligado da estrada e que  tinha falado com alguem na recepção avisando que estaríamos chegando.
 O homem só me olhava ,  com a testa franzida e a expressão desconfiada.  Meu marido, sentado em silêncio atrás da direção, simplesmente aguardava o desenlace da situação.
Ao mesmo tempo,  Lila continuava se esgoelando lá atrás e o diálogo agora se tornara impossível.
 Por fim o gerente  fechou a cara de vez e disparou :
 
-Nós aqui NÃO aceitamos cachorros! 
 
 Posso bem imaginar o que ele deve ter pensado  de nós após :  1) examinar  nosso Honda ’98 , todo sujo da estrada ...lol  2) saber que não tínhamos feito propriamente a reserva  e 3)  ao se aproximar do carro, ser recebido em meio aos  latidos histéricos e estridentes de um chiuaua (que aquela hora da noite , visto de dentro de uma jaula no banco traseiro , mais devia estar parecendo um mini pitbull enraivecido !)  
 
Por um segundo ainda pensei em lhe dizer que o funcionário havia me dito que aceitavam cachorros,  sim. Contudo, em meio aos latidos ensurdecedores  de Lila e a visível  animosidade do gerente, desisti.
 
Que ótimo.
Nenhum dos outros hotéis no French Quarter aceitava cachorros - a única exceção era o Monteleone ( chiquérrimo e carésimo !) , que além da diária de quase 150 dólares, exigia mais 100 de depósito (não reembolsável...)   pela ‘estadia’ do cachorro.
 Resumo da ópera :  Nós estávamos, literalmente ,  no olho da rua!
 
Plan B - o único  jeito agora  era voltarmos à estrada e sairmos da cidade a procura de um motel no meio do nada, entre os estados da Louisiana e do Mississippi.  
E eu que queria tanto ter passado a noite em New Orleans!
 
Apesar de tudo,  eu estava determinada a não deixar a cidade  sem antes dar,  nem que fosse , uma pequena caminhada pelo French Quarter e ver em que pé andavam  as coisas por lá .
 
Então, após uma rápida saída com Lila , deixamos a pequena  party pooper dormindo no carro  e seguimos a pé para a Bourbon Street   – a rua mais ‘louca’ e animada da cidade.
 O plano era caminharmos ao menos durante uma hora pelo French Quarter antes de pegarmos o carro e a estrada novamente.
 
Apesar de ser o dia 25 de dezembro , o lugar estava bem animado e  cheio de gente local e turistas. 
Ao passarmos diante de um ‘nightclub’ , uma moça na porta,  de biquíni ( apesar da noite fria) ,  nos convidou para entrar e conhecer o lugar .
 Não, muito obrigada.  Aquela hora da noite e depois de nossa ‘aventura’ no Saint Louis, nem  que fosse o Rodrigo Santoro de sunguinha ! 
Aliás, vestidos como estávamos –  eu de jogging suit ele de jeans e camiseta velha  ... - pensamos que o melhor mesmo seria  seguir para um pizza joint na famosa rua .
 Era melhor estar com o ‘bucho cheio’  antes de decidirmos o que fazer...
 
  No balcão , os nomes dos drinques locais eram bem ao estilo New Orleans , lol :   ‘Sex on the beach’ , ‘Blow job’ e assim por diante...
Infelizmente , já sabendo de antemão que estávamos homeless e que teríamos que voltar a estrada , acabamos optando por uma Coca-Cola, esperando que a cafeína nos mantivesse acordados.
 
Na classuda Royal Street os  antiquários já estavam todos  fechados  ,  mas os cafés , os  hotéis e restaurantes estavam todos abertos, iluminados e cheios de gente .
Sim, o French Quarter está alive and well
Se nos bairros mais pobres e de periferia ainda há muitas marcas da destruição causada pelo Katrina, na parte turística ,  pelo menos, não há o menor sinal de sua passagem por lá.    As ruas e calçadas estão , aliás, mais limpas e bem cuidadas do que antes  ( Provavelmente devido a uma SUPER  limpeza que a prefeitura da cidade providenciou após a tragédia...)
 No coração da cidade  vê-se  menos gente circulando do que antigamente. Não sei dizer se  isto foi devido ao fato de se tratar do dia 25 /12 ,  ou porque hoje a cidade só conta com 1/3 de sua população original.
Seja como fôr,   o fato é que N. O.   renasceu das cinzas e está mais viva do que nunca - e eu fiquei muito satisfeita ao ver isto com meus próprios olhos!
  
 O berço e a capital do Jazz ,  a Paris do Golfo do México,  com sua culinária exótica e picante, seus lindos prédios com balcões em ferro trabalhado, seus elegantes cafés e hotéis em estilo Louis XV,   sua sensualidade e alegria  latente ...Apesar do descaso e indiferença do governo Bush durante e após o desastre,    parece realmente ter conseguido se reerguer .
( A verdade é que  aquele lugar e aquela gente (   escura, hedonista  e sensual demais !! - sem falar no seu forte vínculo histórico com a França.. )   nunca representou o eleitorado clássico republicano!)
 
 O Golfo do México é uma região muito propensa aos furacões.
Este é  um mal previsível  mas  inevitável e a chegada do próximo é só uma questão de tempo.
Eu, só espero que no futuro as autoridades locais estejam mais bem preparadas para enfrentar a fúria da natureza  e  que todos os santos e orixás protejam New Orleans,    mais do que qualquer outra cidade da costa!
 
Já quanto à nós...Precisamos voltar novamente com mais calma e , principalmente,   sem o cachorro!   lol
 
E agora,  algumas cenas de N.O ...
 
 
 1) Canal Street - uma das principais avenidas no  French Quarter                                            ..
 
2) Animacão no Café Desiree , na Bourbon Street
 
3) O elegante hotel Monteleone na  Royal Street... 
 
4) Casa com balcão iluminado no French Quarter...
 
 
P.S.  A aguardar as cenas das  próximas etapas da viagem...
 
 
 
 

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