Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

Parada Essencial

Benvindos ao "Diário politicamente incorreto da Pâmelli" - uma brasileira/americana childfree, residente nos E.U.A. desde 2003 Viagens, cultura, desabafos e muito mais!

Você no Parada

Pâmelli, 25.04.12

 

Hoje,  por acaso,  acabei reativando meu e-mail do Sapo.

Ao que parece,  depois de NÃO ser usado por mais de três meses,  ele é  “desativado” -  quer dizer,  todas a suas antigas mensagens são automaticamente apagadas.

Então hoje quando voltei lá (depois de mais de um ano sem dar as caras, Lol) ,  percebi, para a minha agradável surpresa,  que minha caixa de mensagens estava totalmente vazia! {#emotions_dlg.smile}  Ou seja,  fizeram uma SUPER limpeza no monte de lixo que havia por lá - desde que o Parada abriu suas portas virtuais  em Abril de 2008. 

Então pensei:  Opa, já que este mês o Parada faz quatro anos,  vou aproveitar para reestrear esta nova caixa de mensagens enquanto ela ainda não fica  entupida de spams,  anúncios idiotas ( Não, obrigada. Eu  não estou interessada em nenhuma  aumentação do meu pênis inexistente…)  e hate-mails  de leitores que ficam  indignados com algo de  politicamente incorreto ou desagradavelmente verdadeiro  que leram no Parada. 

 

Eis a minha ideia:   Fazer um segundo  “Experimento Antropológico” ( o primeiro aconteceu faz tempo!)   aqui no blog,  e assim,  poder saber um pouco mais sobre aquelas pessoas que o frequentam , seja com certa assiduidade,  seja de maneira esporádica.

 

Você é leitor do Parada?  Costuma passar por aqui de vez em quando?  O que o trouxe aqui pela primeira vez?  O que o fez ficar?  Onde você está?  Em que cidade,  em que país?  Conte-nos alguma coisa sobre onde vive e como é a vida por lá.  

 

Observando  o meu flag counter,  percebo que tenho pelo menos umas 40 pessoas que frequentam o Parada regularmente.   Provavelmente umas 50 ou 60,  se contarmos aquelas que pipocam aqui uma vez a cada 2 ou 3 meses.  

 

Você está em Moçambique?  Na Holanda?  Na Itália?  Na Suécia ou Japão?  De que cidade do Brasil está  nos espiando?  É português,  argentino, brasileiro , espanhol , francês? ( Segundo o flag counter, a  maioria dos frequentadores é formada por brasileiros).

   

É estranho  o fato de algumas pessoas se interessarem em ler o "diário politicamente incorreto"  de uma desconhecida.  Mas assim é a blogosfera e tem gosto pra tudo. Eu mesma costumo seguir alguns blogs childfree com certa regularidade.   

Às vezes gostamos da pessoa e suas ideias.  Às vezes gostamos de sua vida.  Às vezes gostamos do lugar onde ela mora e queremos saber  ‘como é que  anda a vida por lá’ …

 

Seja qual for o seu caso,  deixe o seu recado aqui.    Conte-nos o que quiser – ou simplesmente pare e dê um ALÔ. (Se não quiser dar seu nome verdadeiro,  invente um!)  Você poderá fazer isso comentando  no próprio blog (  logo abaixo dos posts onde está escrito “comentários”)  ,  ou mandando o seu e-mail para a mais nova ,  limpa e desentulhada caixa de mensagens do Sapo :   pamelli@sapo.pt   

Nos  próximos dias recolherei  o material que chegar e colocarei  alguns trechos  no Parada em um post intitulado, "A Voz dos Leitores”. 

 

E depois,  quando a caixa estiver novamente entulhada de spams,  anúncios idiotas e  hate-mails  dos "politicamente corretos",  eu darei uma nova sumida por  três  meses e deixo o Sapo fazer uma nova faxina nela , hehe.  {#emotions_dlg.pimp} 

 

 

Nos bastidores nada glamorosos da arqueologia

Pâmelli, 24.04.12

 Categoria de Post:  desabafo

 

Hoje é terça-feira – quer dizer,  o dia daquele programa HORROROSO  ,  a tortura-texana do curso de “Field Methods in Archaeology” . 

Pois é.  Hoje é dia de catar minhoca, cacos de vidro e PEGAR PULGAS  das milhares de galinhas  que infestam a fazenda de Boggy Creek, já que a dona ( uma típica bicho-grilo de arrepiar os cabelos de qualquer super-herói) não tem sequer a consideração de prender os galináceos enquanto trabalhamos no seu terreno.  

 

É sério.  Semana passada chegamos em casa com pulgas!!

É mole? ( E olha que temos um gato e cachorro  e nunca tivemos isso aqui antes…). Meu braço está cheio de mini-dentadas.

 

Ontem à noite eu disse ao meu marido:  Que tal matarmos a “aula” de amanhã?

Afinal, sou uma das poucas alunas que ainda não matou nenhum dia de aula naquele curso;  a única que tem entregue os  trabalhos de casa TODA semana. ( E a professora sequer se dá ao trabalho de nos entregar o dever de volta, para sabermos o que fizemos de bom ou ruim nele…  O negócio dela é simplesmente botar a gente agachado no mato, catando os pseudo-artefatos na maldita fazenda!).

 

 Mas meu hubby respondeu que devíamos ir.  ( Esse é o seu lado estóico e ‘americano certinho’;  o que recolhe o cocô do cachorro no jardim do vizinho - mesmo que o "delinquente"  tenha sido o nosso chiuaua , que faz um cocô do tamanho de um amendoim…-   e sai carregando o troço num saquinho  plástico durante dez quarteirões,  até finalmente encontrar uma lixeira!)

   

Resumo da Ópera ( ou melhor,  da tragédia):   Não vejo a hora de terminar esse semestre e nunca mais voltar naquele pulgueiro.

Literalmente!  

 

Agora já sei porque tudo quanto é arqueólogo  tem sempre um aspecto  tão “acabado” e maltrapilho.  É de viver no meio do mato e deserto por aí afora,  fazendo field work  debaixo do sol rachante, e atraindo para si  tudo quanto é tipo de parasita e inseto grotesco que a natureza já  produziu.  Arrreee.

 

 

Massacrando o português

Pâmelli, 19.04.12
 

 

( A Mônica ainda existe??   Faz tempo que estou fora do Brasil e já nem me lembrava mais...lol)

 

Volta e meia um amigo no Rio  me envia um texto que eu simplesmente tenho de colocar no Parada!  

Voilà o último que recebi {#emotions_dlg.smile}:

 

"SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTA DILMA"

 

O Diário Oficial da União adotou o vocábulo  “presidenta”  nos atos
e despachos iniciais de Dilma Rousseff.
As feministas do governo gostam de “ presidenta” e as conservadoras
(maioria) preferem presidente, já adotado por jornais, revistas e
emissoras de rádio e televisão ( afinal os veículos de comunicação têm a
ética de escrever e falar certo).

Na verdade, a ordem partiu diretamente de Dilma.  Ela  quer ser chamada
de Presidenta e  ponto final.

Por oportuno, vou dar conhecimento a vocês de um texto sobre este
assunto e que foi enviado pelo leitor Hélio Fontes, de Santa Catarina,
intitulado “Olha a Vernácula".

Vejam:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é
pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de
mendicar é mendicante.

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é
ente.
Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a
ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os
sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é
PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz a estudante, e
não "estudanta"; se diz a adolescente, e não "adolescenta"; se diz a
paciente, e não "pacienta".

Quer dizer,

 
"A presidenta se comporta como uma adolescenta pouco
pacienta  e nada eleganta.  Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela
ardenta, pois esta dirigenta política, com suas ideias  barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre
português, apenas  para ficar contenta e parecer mais  inteligenta e menos jumenta.”

 

P.S.   Sorry  se isto ofende a "sensibilidade" de alguns petistas, but for my part,  it made my day!! lol

 
  


--

 

Blog Update

Pâmelli, 16.04.12

Ok,  o Parada anda bem parado ultimamente, mas  também não tenho tido nada de tão excitante pra contar neste ultimo mês.

 

No curso de Regional Geography tivemos duas excursões aqui por perto , nos arredores de Austin:  uma até a formação rochosa de Enchanted Rock  e a outra nas "cachoeiras" ou "quedas"  no Parque estadual de Pedernales Falls. 

 A subida até o topo da rocha até que foi legal (mais ou menos uma meia hora de caminhada moderada).    

Nota:   Esta  rocha  , em forma de cogumelo,  ficava na metade do caminho, lol.

 

 Já  a tal   "cachoeira" ou as  "quedas" no Parque de Pedernales Falls…   Arre, que coisa mais pobre !!

 Ainda assim,  era proibido nadar no local, supostamente porque não havia qualquer salva-vidas por perto... ( Sinceramente,  mais fácil seria alguem se afogar na banheira da  própria  casa!) 

 

Ok,  eu não estava esperando nenhuma Catarata do Iguaçú ou Niagara Falls,  mas ISSO!  

    

( Quem não achou nada ruim for a Lila , que adora qualquer pretexto pra sair de casa...  E sim,  estas são as 'cachoeiras' de Pedernales Falls!! )

 

Mas os dois passeios organizados por Professor J.  até que foram divertidos. 

Programa de Índio mesmo está sendo a tal  "excavação"na  fazenda de Boggy Creek, aqui nos arredores de Austin,  e  que faz parte obrigatória do nosso curso de Field Methods in Archaeology.

 Já faz duas semanas que seguimos pra lá nas terças-feiras no final da tarde  {#emotions_dlg.confused} - o dia de nossa aula.

No primeiro dia  choveu -  e eu dei Graças à Deus!  Lol

Já na semana passada fez tempo bom {#emotions_dlg.sidemouth} - então tivemos mesmo que colocar a mão na pá, na terra e no balde! Sem falar nas  telas gigantes onde fazemos a seleção dos materiais  "altamente arqueológicos’ que encontramos no solo da tal fazenda. (Cacos de vidros, cotocos de árvores, minhocas e ocasionalmente algum pedaço de brinquedo…) E detalhe:  o local é CHEIO de galinhas ciscando em volta da gente.  Mais de 50.  ENORMES , assim como tudo o mais no Texas.  Tudo.  Tudo que eu sempre sonhei!

 

Naturalmente a pseudo-arqueóloga aqui vai  se arrastando na "Operação Indiana Jones"  e fingindo que está  contribuindo.  Fazer o quê? O curso é obrigatório para o meu degreeBut, let's get something straight here:  Estou seguindo o curso de Antropologia, mas minha ideia é , algum dia,  num futuro não muito remoto,  passar a trabalhar em algum museu ou cidade histórica ( naturalmente na beira do mar…) - como guia.  Deus me livre de sair por aí,  me metendo no meio do mato , do deserto e sei lá mais aonde,  cavoucando na terra a procura de  "artefatos arqueológicos"!  Não, muito obrigada.  Prefiro falar sobre eles uma vez que já estiverem limpos, devidamente analisados e dispostos em alguma prateleira de museu ( de preferência com ar-condicionado e um belo café...lol).

 

Enfim,  pelo menos meu marido resolveu se juntar ao grupo  - minha professora achou ótimo ter mais um ‘voluntário’  nesse baita  programa de índio…- o que pra mim é duplamente bom:  tenho carona pra ir na tal fazenda ( que fica meio afastada do centro da cidade…) e companhia no sufoco!  lol   Alem do mais,  resolvemos que nas terças à noite,  após o trabalho em Boggy Creek,   paramos pra jantar em um café argentino que fica naqueles arredores e cujas empanadas  (deliciosas!)  são uma boa ‘recompensa’ depois da tortura. ( Já no carro,  damos umas espanadas na poeira , trocamos de roupa e disfarçamos um pouco a aparência texano-selvagem antes de seguirmos para o Buenos Aires Café ).  

Afinal, minha política é a seguinte:  Sempre que tenho de fazer algo de chato ou desagradável, pelo menos tento 'enfeitar' a desgraça de alguma forma! 

 

Thank God,   faltam apenas mais dois meses para terminar o  curso e então estou livre! 

Saudade deste semestre no Community College só vou ter mesmo do curso de Regional Geography do Professor J.   Nesse,  pelo menos,  o meu  A  já está garantido. {#emotions_dlg.smile}